A Diocese de Santo André deu início ao Jubileu Ordinário de 2025 na manhã do dia 29 de dezembro, unindo-se à Igreja em todo o mundo para celebrar este tempo de graça e reconciliação. A abertura, marcada pela solenidade da Sagrada Família, reuniu uma multidão de fiéis, seminaristas, religiosos e membros do clero em frente à Paróquia Santo André Apóstolo, matriz rosa da cidade de Santo André. O vigário geral, padre Joel Nery, e o vigário episcopal para a pastoral, padre EVerton Gonçalves Costa, estiveram ao lado do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, e conduziram o momento inicial, e durante a caminhada pelas ruas da cidade, que incluiu cânticos e orações, partiram em peregrinação até a Catedral Nossa Senhora do Carmo, casa mãe da diocese.
Com o tema “Peregrinos de Esperança”, o Ano Jubilar busca inspirar os cristãos a viverem a fé com intensidade, renovando o compromisso com Deus e com o próximo. Durante a Missa Solene na catedral, o bispo diocesano refletiu sobre o papel da Sagrada Família como imagem do amor de Deus e lembrou que o Jubileu é um convite à conversão.
“Celebramos hoje a Sagrada Família, modelo de união e amor em meio às dificuldades. Jesus escolheu nascer em uma família, santificando este vínculo que reflete a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Neste Ano Jubilar, somos chamados a amar como Ele nos amou, perdoando, acolhendo e sendo instrumentos de esperança em um mundo dividido.”
Ele também destacou que o Jubileu é uma oportunidade para os fiéis redescobrirem a beleza da vida cristã:
“Este é o tempo favorável para limpar o coração de rancores, abrir espaço para a graça de Deus e renovar nossa caminhada, com fé e confiança em Sua misericórdia.”
O bispo refletiu ainda sobre o papel das famílias na Igreja e na sociedade:
“A família é o primeiro espaço onde aprendemos a viver o amor de Deus. Mesmo em meio às dificuldades, a convivência familiar nos ensina a superar desafios, perdoar e servir uns aos outros. A Sagrada Família de Nazaré nos inspira a viver com humildade, fidelidade e confiança na providência divina.”
Por fim, ele reforçou a ligação entre o Jubileu e a esperança cristã:
“Em um mundo que muitas vezes parece perdido em conflitos e desesperança, somos chamados a ser testemunhas da misericórdia de Deus. Este Ano Santo é um convite para nos aproximarmos ainda mais de Cristo, renovarmos nossa fé e espalharmos esperança onde quer que estejamos.”
Ao longo do Ano Jubilar, a Diocese de Santo André tem cinco lugares santos de peregrinação: Catedral Nossa Senhora do Carmo, Basílica Nossa Senhora da Boa Viagem, Santuário Nossa Senhora Aparecida, Santuário Imaculada Conceição de Mauá e Santuário Nosso Senhor do Bonfim. Os fiéis que visitarem esses locais poderão receber indulgências plenárias ao cumprirem as condições indicadas pela Igreja, como confissão, oração e participação em celebrações litúrgicas.
Uma novidade apresentada foi o “Passaporte do Peregrino”, que será entregue aos participantes nas peregrinações. Completando as visitas aos cinco locais, os fiéis receberão um certificado como recordação de sua caminhada nesse jubileu.
Como parte das iniciativas jubilares, o bispo incentivou a recitação do Angelus, uma oração profunda que pode ser feita ao meio-dia ou às 18h, em casa ou no trabalho. Esta devoção busca unir os fiéis na meditação do mistério da Encarnação e na intercessão de Nossa Senhora.
Padre Everton, ao final da celebração, reforçou a importância de viver o Jubileu com espírito comunitário:
“Hoje, na Festa da Sagrada Família, temos a alegria de ver as 106 paróquias da nossa diocese representadas. O Angelus será um elo de fé e unidade ao longo deste ano. Vamos levá-lo às nossas comunidades e rezá-lo diariamente, fortalecendo nossa esperança e confiança em Deus.”
O Ano Jubilar Ordinário de 2025 é o 28º da história da Igreja e ocorre a cada 25 anos, sendo um tempo de renovação espiritual, reconciliação e obras de caridade. Na Diocese de Santo André, será concluído em 28 de dezembro de 2025, após um ano repleto de celebrações, peregrinações e gestos concretos de fé.
Que todos possam abraçar este tempo como “peregrinos de esperança”, caminhando com Cristo e renovando a confiança em Sua providência, Como afirmou Dom Pedro: “A esperança não decepciona, porque Jesus caminha conosco.”