No sábado, 22 de fevereiro, o Setor Inclusão da Diocese de Santo André se reuniu presencialmente pela primeira vez. A manhã começou com uma oração na capela. Em seguida, foi proposta uma dinâmica na qual os participantes vivenciaram, de forma simbólica, algumas das dificuldades encontradas por quem tem deficiências física, visual e auditiva. Grupos de três pessoas foram formados: uma usou vendas nos olhos, outra ficou sem falar e a terceira manteve os braços imóveis. Depois dessa experiência, todos subiram para o espaço de convivência para saborear um café em conjunto, aprofundando a reflexão sobre cooperação e empatia.
Logo após, o grupo retornou à sala de encontro sem as limitações simbólicas, para partilhar sobre o significado de um presente e como ele pode ser experimentado na vida comunitária. As mães atípicas Dagmar e Cibele lembraram que é fundamental olhar para toda a família, não apenas para quem possui alguma deficiência. Apontaram que esse cuidado integral reforça o acolhimento de todos.
Uma das coordenadoras do Setor Inclusão, Mariana Bonotto, salientou que esses momentos são essenciais para compreender as demandas das diferentes paróquias que buscam apoio e para apresentar o trabalho desenvolvido. Ela mencionou que o Setor não se resume a uma “estrutura”, mas a pessoas com deficiência que participam ativamente na Igreja, com o apoio de fiéis que desejam construir um ambiente cada vez mais acolhedor.
Na etapa de sugestões, os participantes enfatizaram que cada paróquia precisa conhecer bem sua realidade e promover adaptações adequadas, contando com orientações corretas sobre como implementá-las. Foi reforçada a importância de um acolhimento paroquial verdadeiro, tanto nas igrejas matriz quanto nas capelas, pois muitas ainda carecem de ações de inclusão. Entre as medidas simples, citou-se a audiodescrição do altar antes das missas.
Também se abordou o papel do Setor de Acolhida como a porta de entrada para a Igreja e a vida comunitária. A coordenadora Luiza Jardim observou que muitos membros da Igreja desconhecem o real sentido da inclusão e que, ao vivenciá-la com o coração de Deus, descobrem que a Igreja, em sua essência, já é inclusiva.
Por fim, as coordenadoras indicaram que quem deseja participar do Setor Inclusão pode entrar em contato com o Centro de Pastoral, que fará o encaminhamento para a equipe de coordenação. Antes do encerramento, foi apresentado o calendário anual de atividades, com destaque para o encontro do dia 24/05, às 13h30, destinado especialmente às mães atípicas.


