“Cristo não é uma ideia, mas uma pessoa viva. E a missão do catequista é mostrar esse Cristo vivo.” Foi com essa afirmação que Dom Pedro Carlos Cipollini deu início à tarde de espiritualidade com os catequistas da Diocese de Santo André, que se preparam para receber os ministérios instituídos.
A tarde aconteceu no domingo, 29 de junho, no Externato Santo Antônio, em São Caetano do Sul, e foi promovido pela Comissão Bíblico-Catequética da Diocese de Santo André, e contou com a presença do coordenador diocesano, Padre Eduardo Calandro, e dos demais membros da comissão.
Ao longo do encontro, marcado pela escuta, silêncio e meditação, Dom Pedro conduziu dois momentos formativos, inspirados na Solenidade de São Pedro e São Paulo. A primeira reflexão foi dedicada à figura de Pedro. O bispo falou sobre o caminho de amadurecimento vivido pelo apóstolo, ressaltando que “Pedro foi formado pelo olhar amoroso de Jesus”. E completou: “Ele caiu, errou, teve medo, mas foi esse amor insistente por Cristo que o sustentou e o fez compreender a missão que recebeu.”
Já na segunda parte, Dom Pedro abordou a vida e o zelo missionário de São Paulo. Segundo o bispo, Paulo representa o anúncio corajoso e a consciência de que a fé não pode ficar guardada: “Paulo entendeu que o Evangelho não é propriedade nossa, mas um dom a ser partilhado. E todo catequista deve ser como ele: alguém movido pelo desejo de que Cristo seja conhecido e amado.”
Durante a tarde, o bispo também falou com profundidade sobre o que significa ser catequista. “A missão do catequista é ministerial, e isso quer dizer: é um serviço à Igreja. Não é apenas ensinar conteúdos ou preparar para sacramentos, mas ser presença de fé viva. Ser catequista é deixar transparecer, na própria vida, a beleza da fé que se transmite.”
Dom Pedro também convidou os presentes a se questionarem: “O que a pessoa encontra quando olha para mim e sabe que sou catequista? Que imagem de Deus eu passo ao outro? O que sai de mim: amor, julgamento ou misericórdia?” E finalizou esse momento com uma exortação firme: “O catequista deve ser alguém de oração, que se alimenta da Palavra, que vive os sacramentos e que ama a Igreja. Caso contrário, a catequese se torna vazia.”
Ao fim da tarde, todos entoaram juntos o Hino Cristológico da Carta aos Filipenses (2,5-11), proclamando com reverência o mistério de Cristo que, sendo Deus, assumiu a humildade da condição humana e obedeceu até a morte, sendo por isso exaltado pelo Pai. Um gesto que reforça a missão do catequista: anunciar, com a vida, o Cristo que se fez pequeno para salvar.
Esta foi a primeira das duas tardes de espiritualidade voltadas aos catequistas que serão instituídos nos ministérios. O segundo encontro com a outra parte dos catequistas, ocorrerá no dia 20 de julho, no Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André.
A preparação espiritual, unida à formação catequética, tem sido o coração dessa caminhada, que busca fortalecer a identidade, o serviço e o testemunho dos futuros catequistas instituídos,na Diocese.

















