A Paróquia São Camilo de Léllis, em Camilópolis, viveu um momento marcante de sua história na noite de sábado, 11 de outubro, com a celebração da Santa Missa de dedicação da igreja e do altar, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini. A celebração reuniu o clero, as pastorais e os fiéis da comunidade, encerrando um tempo de obras e de preparação para consagrar o templo ao Senhor.
A celebração teve início na praça em frente à igreja. Das mãos dos paroquianos mais antigos, Dom Pedro recebeu a chave da igreja e o Livro Dourado, que reúne a memória da comunidade desde os tempos da primeira capelinha. Em seguida, o bispo realizou o rito da abertura da porta, conduzindo os fiéis para o interior da igreja, onde prosseguiu a celebração.
Após a procissão de entrada, o bispo realizou a bênção da água e aspergiu o povo, as paredes e o altar, em sinal de purificação e lembrança do batismo. Seguiram-se o Hino de Louvor e a Liturgia da Palavra, proclamada com solenidade e acompanhada por um coral formado pela união dos ministérios de música da paróquia, que deu à celebração um tom de unidade e comunhão.
Durante a homilia, Dom Pedro explicou o significado litúrgico e espiritual da dedicação. “Esta celebração é uma Santa Missa, mas uma Missa na qual os ritos da dedicação vão sendo encaixados. Ela se desenvolve na penumbra, e na hora em que a luz se acende, revela-se todo o simbolismo”, disse. O bispo recordou que, assim como o povo de Israel voltou à sua terra e reconstruíu o templo, também a comunidade de São Camilo, ao longo das décadas, manteve viva a fé e a perseverança. “Deus sempre esteve presente, amparando e inspirando aqueles que tiveram a coragem de iniciar e de continuar esta obra.”
Dom Pedro também ressaltou que o templo material é um sinal do verdadeiro templo de Deus, que é o povo. “O mais importante é a Igreja de pedras vivas, que é o povo de Deus. A pia batismal colocada aqui no presbitério simboliza o útero da Mãe Igreja, onde nascem os cristãos. Todos nascemos, no dia do batismo, para a vida eterna, tornando-nos seguidores de Cristo, membros da Igreja, pedras vivas da construção de Deus.”
Encerrando a homilia, o bispo destacou o convite de Jesus a cada discípulo: “Quem é Jesus para você? Mostramos quem é Jesus não apenas com palavras, mas com o modo como vivemos. Quando seguimos seus ensinamentos, nossa vida se torna uma casa construída sobre a rocha firme que é o próprio Cristo.”
Em seguida, tiveram início os ritos próprios da dedicação. A Ladainha de Todos os Santos foi entoada e, logo após, Dom Pedro depositou sob o altar as relíquias de São Camilo de Léllis, São Clemente de Roma, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão e São Luís Scrosoppi, recordando o testemunho daqueles que deram a vida pela fé. O bispo proferiu então a oração de dedicação, consagrando o templo como casa de oração e encontro com Deus.
O rito prosseguiu com a unção do altar e das paredes da igreja com o Óleo do Crisma, seguida pela incensação, símbolo da oração do povo que se eleva a Deus. Por fim, o altar foi revestido com a toalha branca, recebeu os castiçais e as velas foram acesas, marcando o momento em que o templo passou a ser oficialmente dedicado ao Senhor.
Após o rito da Eucaristia, o pároco, Padre Marcos Vinicius Wanderlei, fez seus agradecimentos. Agradeceu a Dom Pedro pela confiança e à comunidade pelo empenho nas obras e nas atividades pastorais. “Agradeço a Dom Pedro por ter me dado a oportunidade de ser pároco desta comunidade, que realmente ama a Jesus Cristo e à Igreja. Aqui encontrei um povo disposto a se empenhar em tudo o que for para a honra e glória do Senhor.”
O sacerdote também agradeceu aos colaboradores, empresas e voluntários que contribuíram para a execução da reforma e destacou a união das pastorais em todas as etapas do processo. Dirigindo-se ao bispo, acrescentou: “Todo padre que o senhor mandar para cá será um padre feliz com essa comunidade. Tenho gratidão pelo seu ministério e pela sua paternidade espiritual.”
Antes da bênção final, a comunidade homenageou Dom Pedro, que completaria no dia seguinte 15 anos de ordenação episcopal, com a entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida no novo nicho da igreja, acompanhada pela oração da Ave-Maria.


















