Diocese de Santo André

Pe. Ângelo Belloso: gratidão no coração e luta por uma sociedade justa

Dedicação e compromisso com a Igreja e com o povo de Deus! Pe. Ângelo Belloso Pena, 75 anos, cumpriu a missão na Diocese de Santo André, após quarenta anos dedicados ao trabalho de evangelização e em prol da justiça social no Grande ABC. Ele retornou para a Espanha, sua terra natal, no dia 18 de julho de 2020, após se tornar padre emérito.

E da capital espanhola, Madrid, o sacerdote do Instituto Espanhol das Missões Estrangeiras conversou por telefone com a reportagem da Diocese de Santo André no último sábado (1º/08). No bate-papo, Pe. Ângelo recordou sua trajetória diocesana, a atuação nas paróquias, as amizades construídas e, sobretudo, o legado pela justiça social.

“Em primeiro lugar, gostei muito de trabalhar nesta Diocese comprometida e bastante envolvida com as lutas sociais e populares. Uma atuação conhecida em todo o Brasil.  Trabalhei em regiões periféricas. Um grande aprendizado. Em segundo lugar, as amizades que permanecem para a posteridade. Nunca estive sozinho. Sempre trabalhamos em conjunto com pessoas que acreditam na proposta de Jesus Cristo, de um reino de paz e justiça”, avalia Pe. Ângelo, que aguarda a chegada do padre coordenador do IEME para saber qual trabalho desempenhará em terras espanholas.  “Somos missionários e ficamos à disposição”, salienta.

50 anos de sacerdócio

Pe. Ângelo Belloso Pena nasceu na cidade de Huesca (Espanha), no dia 5 de março de 1945. Ingressou no Seminário Nacional das Missões, em Burgos, no dia 5 de outubro de 1961. Foi ordenado sacerdote no dia 31 de maio de 1970, ou seja, completou o jubileu de ouro presbiteral. Sua ordenação aconteceu na cidade de Burgos (Espanha). “Completei 50 anos como padre durante a pandemia”, frisa.

Um ano depois, desembarcou no Brasil pelo Instituto Espanhol das Missões Estrangeiras. Chegou em plena ditadura militar. “Durante a década de 1970 fiquei numa paróquia em Americanópolis, na zona sul de São Paulo”, revela.

Início na Diocese

Ainda na época da ditadura militar, no início dos anos 80, por intermédio de Dom Cláudio Hummes, bispo diocesano à época, Pe. Ângelo chegou à Diocese de Santo André para atuar como vigário e pároco em paróquias de Mauá (São Felipe Apóstolo, no Parque das Américas; e São Paulo Apóstolo, no Jardim Zaíra), onde conhece Pe. José Mahon (Congregação dos Filhos da Caridade) e inicia uma grande amizade. “Foi marcante. Tinha uma grande mobilização do povo e da igreja pela reabertura democrática”, constata. O sacerdote espanhol também foi formador de seminaristas.

Durante a década, retornaria duas vezes para a Espanha: uma delas para ficar perto e cuidar da mãe que estava doente e permanecendo numa paróquia da Catalunha, na diocese de origem, em Barcelona.

Missão e retorno

Quando volta ao Brasil nos anos 90, atua em mais duas paróquias da cidade de Mauá (São João Batista, no Jardim Maringá, que ajudou a construí-la; e São Pedro Apóstolo, na Vila Guarani). “No início dos anos 2000, estávamos com três padres do IEME. Eu, o Martin e o Vidal”, conta, antes do envio missionário para Cuba solicitado pelo instituto. “Na época era o bispo Dom Décio Pereira e teve uma solenidade na Paróquia São Pedro. Fiquei no país cubano entre 2002 e 2004”, relembra.

Após a experiência missionária na ilha do Caribe, na América Central, retorna ao Grande ABC, já sob o episcopado de Dom Nelson Westrupp, onde permanece durante sete anos como pároco da Paróquia São Jorge, em Santo André. No segundo semestre de 2012, assume a Paróquia São Geraldo Magella, em São Bernardo, onde atuou até o primeiro semestre de 2020.

Trabalhos e despedida

Nesse meio tempo, entre 2014 e 2016, colaborou como ilustrador no ABC Litúrgico. “Gostava de fazer os desenhos. Foi um período bastante enriquecedor”, destaca. Com a chegada de Dom Pedro Carlos Cipollini, Pe. Ângelo assume a assessoria diocesana das Cebs (Comunidades Eclesiais de Base), exercendo a função de 2016 a 2020. Também foi coordenador da Região Pastoral São Bernardo – Centro.

“Posso dizer que estou contente por ter participado da vida desta Diocese, ter feito muitas amizades e aprendido muito, por exemplo com o Pe. Mahon, o Frei Luiz Favaron, os franciscanos, nessa luta por uma sociedade mais justa. De lutar para que os pobres tenham dignidade e ascensão social. O protagonismo da Igreja. Fica uma ótima lembrança, de um lugar especial que trabalhei e fiz amizades para a vida toda. Percebemos como o povo é amigo quando sente a nossa partida para outra missão”, finaliza.

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