“Rezemos de forma especial pela vocação dos catequistas, uma vocação bonita, importante e necessária na Igreja. Que todos os catequistas não desanimem diante dos desafios enfrentados neste tempo de pandemia, mas se sintam abençoados por Deus e fortificados na missão.”
No Dia Nacional do Catequista, as palavras iniciais do bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, durante o encerramento do Tríduo Catequético Diocesano na Santa Missa do 22º Domingo do Tempo Comum (30/08), enalteceram o trabalho daqueles que assumem o compromisso com Jesus Cristo, por meio do amor que liberta e evangeliza o povo de Deus.
Assista a homenagem aos catequistas
“O caminho da libertação é o caminho da cruz. Medidas econômicas, caritativas, sociais para acabar com as injustiças devem existir e ajudam, realmente. São sempre, porém, libertações parciais. A libertação que Jesus traz é radical e decisiva. Quem se aproxima de Jesus e aceita a sua palavra, se liberta para sempre. E ajuda a libertar os outros”, reflete Dom Pedro. Como acontece nas manhãs de domingo, desde a reabertura da Catedral Nossa Senhora do Carmo para missas presenciais em julho deste ano, a celebração foi presidida por Dom Pedro e concelebrada pelos padres Joel Nery (pároco da Catedral) e Camilo Gonçalves de Lima (secretário episcopal).
Oração pelas vocações
O encerramento do Mês Vocacional também aconteceu na missa deste domingo, ao intensificar as orações para que a vocação laical seja fortalecida e sustentada pelo amor; que os seminaristas e vocacionados continuem perseverantes; que os diáconos e religiosos sejam persistentes como anunciadores e evangelizadores; e que os sacerdotes sejam fiéis pastores, segundo a vontade de Deus.
Libertação radical
“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. As palavras de Jesus aos discípulos recordadas durante a meditação do Evangelho de Mateus (16,21-27) propõe uma libertação radical, que visa arrancar o pecado pela raiz e acabar com toda servidão social e política que brota do coração humano corrompido no seu próprio ser.
“O caminho de Jesus por isso tinha que ser radical, também, já que Ele propõe uma libertação radical. Cravar a cruz no coração do mal para destruí-lo. Só a cruz de Jesus destrói o pecado pela raiz”, explica Dom Pedro.
No entanto, os apóstolos questionam os motivos para Jesus, que tanto ama, sofrer com o poder que lhe fora concedido pelo Seu Pai. “É muito simples. Porque Ele ama. Quem ama sofre e ensina a amar. Dar a vida por amor. Essa é a lógica de Deus para salvar o mundo”, reitera o bispo, ao citar o profeta Jeremias, na primeira leitura (Jr 20, 7-9), que fala do amor de Deus pela humanidade, um amor muitas vezes rejeitado.
Salvação pela cruz
Segundo Dom Pedro, a humanidade não quer a lógica do amor. Em vez disso, quer a lógica do poder da dominação, da vaidade competitiva e da ganância.
“Deus não obriga ninguém a amá-lo. Tem que ser espontâneo. Deus tem paciência, deixa crescer o joio e o trigo. O cristão autêntico não pode se conformar com a mentalidade do mundo dominado pelo pecado e pela lógica contrária de Deus, que é o amor”, enfatiza Dom Pedro, ao comentar passagem da Segunda Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 12,1-2).
“Na cruz, na entrega da vida por amor está a salvação e a vida plena. É pela cruz que se chega a luz transformadora da graça e a gloriosa vitória final, onde receberemos do Senhor, o prêmio conforme nossas obras que levam o selo da cruz”, finaliza.