A Pastoral da Acolhida da Diocese de Santo André apresentou uma pesquisa diocesana nesta primeira quinzena de novembro e os próximos desafios para o ano de 2021.
Realizada durante o mês de setembro, o levantamento contou com a participação de mais de 120 pessoas que responderam o questionário de 19 perguntas, alcançando 87 das 106 paróquias das dez regiões pastorais (Santo André – Utinga e Diadema, ambas possuem a Pastoral da Acolhida em todas as paróquias).
Em relação ao número de acolhedores em cada paróquia, 25 paróquias responderam que a pastoral registra entre 11 a 20 voluntários; sobre o conhecimento da campanha “Acolhendo Corações”, 66 paróquias disseram que ficaram sabendo da iniciativa; sobre a realização dessa proposta, 37 paróquias disseram que não realizaram; 37 paróquias afirmaram que alguns assumiram o compromisso e 13 paróquias reiteraram que a maioria colocou em prática.
Na questão referente às duas transmissões ao vivo da Pastoral da Acolhida (em maio e setembro pelas mídias diocesanas), 45 das 87 ficaram sabendo e participaram das lives, registrando mais de 1,8 mil visualizações.
Assista a apresentação da pesquisa na, íntegra.
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Acolhendo corações
O levantamento também aprofundou questões qualitativas sobre como ficar distante da comunidade durante a pandemia, quando as igrejas ficaram fechadas para evitar a proliferação da Covid-19. As palavras mais mencionadas foram ‘reflexão’, ‘difícil’, ‘dolorido’, ‘tristeza’, ‘angústia’. Daí a importância da campanha “Acolhendo Corações”, que traz uma proposta em que convida todos os fiéis a serem multiplicadores da fé e esperança, reaproximando as pessoas que muitas vezes estão sem apoio emocional e incentivá-las a permanecerem em oração (saiba mais).
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Retomada gradual nas igrejas
Sobre o decreto diocesano veiculado no dia 30 de maio de 2020 para a reabertura gradual das igrejas, a resposta foi unânime: todas as paróquias tiveram conhecimento e leram o documento com as normas e orientações. Até o dia 30 de setembro, apenas 3 das 87 paróquias ainda não haviam retomado as celebrações. 50 paróquias afirmaram que o retorno está sendo tranquilo e apenas 10 com algumas dificuldades. Na resposta qualitativa se a retomada possuiria alguma dificuldade, as palavras mais mencionadas foram ‘poucos acolhedores’ e ‘não possui dificuldades’.
Os participantes da pesquisa também responderam se outro grupo foi montado para a preparação da comunidade nesta retomada ou se a tarefa ficou a cargo da Pastoral da Acolhida: 55 paróquias responderam que estão montando outras equipes e 32 disseram que o trabalho está sob responsabilidade da pastoral. Em relação a Acolhida solicitar suporte de outras pessoas da comunidade, uma vez que muitas pessoas pertencem ao grupo de risco, 65 paróquias relataram que jovens e adultos integraram o serviço durante a pandemia e apenas 22 confirmaram que os acolhedores deram conta das atribuições.
Questionados se os acolhedores se sentem seguros para servir nestes tempos de distanciamento social, 57 paróquias afirmaram que sim, 23 paróquias disseram que a minoria, e apenas 10 paróquias atestaram que os agentes pastorais não se sentiam seguros.
Na pergunta sobre pessoas do grupo de risco cumprirem a escala, 60 paróquias disseram que não estão servindo durante a pandemia, 25 paróquias disseram que os voluntários estão participando por livre vontade e apenas 2 paróquias afirmaram que convidaram os agentes.
Em mais uma questão qualitativa, as paróquias responderam sobre como a coordenação diocesana poderia ajudar a acolhida nestes tempos de pandemia. As palavras mais citadas foram: ‘formação’, ‘encontros’, ‘reuniões’, ‘comunicação’, ‘motivação’, ‘espiritualidade’ e ‘lives’.
A atual coordenadora diocesana é Rizomar Lopes de Matos Silva; o assessor diocesano é Pe. Vanderlei Nunes e o assessor seminarista é Jorge Luis Bonfim; bem como coordenadores de cada uma das dez regiões pastorais onde a Pastoral da Acolhida está presente.
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Próximos desafios
A Pastoral da Acolhida também projetou iniciativas para 2021 baseadas em três pilares: o primeiro é auxiliar as paróquias que manifestarem o desejo de implantar a Pastoral da Acolhida e também contribuir com o Projeto Samaritanos; o segundo é articular a Pastoral da Acolhida como uma expressão de conjunto, potencializando atividades já existentes nas comunidades; e o terceiro é a realização de momentos de formação nas regiões pastorais, trabalhando o tema da espiritualidade e da cultura do acolhimento.
Também está sendo estudada a proposta de um retiro diocesano com os coordenadores paroquiais e uma nova Missa Diocesana de Envio, na conclusão do ano de 2022.