Diocese de Santo André

Psicologia e fé: a linha de frente que resgata e salva vidas

Às vésperas do Dia Mundial da Saúde (7 de abril) e no Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril), a qualidade de vida se tornou mais que necessária para enfrentar a pandemia da Covid-19. Sistema imunológico forte, exercícios diários e uma boa alimentação são fundamentais num período em que a recomendação é para ficar em casa, a fim de evitar o aumento nos números de infectados e, consequentemente, de óbitos. Paralelamente a isso, a atuação dos profissionais da linha de frente na área da Saúde tem adquirido cada vez mais relevância na prática de dois princípios fundamentais para resgatar e salvar vidas: a fé e a psicologia.

Trabalhar na recuperação dos pacientes, transmitir confiança, conhecer os limites e, sobretudo, incentivar a espiritualidade de cada um, pode não ser uma das tarefas mais fáceis neste momento em que a pandemia acabou de completar um ano, em março último. Exige muita superação diante do cansaço físico e mental que parece não ter fim. “Estamos em um momento impensável para nós! Quando existia um pouco de normalidade em vidas rotineiras, vidas que tinham que lutar para sobreviver, quando nós perguntávamos: qual a pior coisa que pode acontecer a você? Não tenho dúvida que sua resposta não seria uma pandemia!”, relata a psicóloga Joyce Caroline Mathias Franco, 35 anos, que trabalha no hospital de campanha do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, em Santo André.

“Acho que nem sabíamos o tamanho do significado da palavra pandemia! Não sabíamos também como era importante a premissa da criação de Deus quando Ele criou o ser humano, a liberdade! Penso que toda essa pandemia tem pesado e muito, pois nos tirou um direito adquirido na nossa criação. Ela tirou a nossa liberdade!”, analisa a profissional da linha de frente.
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Assim como Cristo, se doar ao próximo

Passada a Semana Santa, Joyce avalia que estamos vivenciando o próprio Calvário de Cristo, não apenas no sentido do sofrimento, mas principalmente na doação da vida ao próximo. “Nesse momento estamos vivendo o chamado ao amor ágape! Ao amor que abre mão de si em prol do outro! Hoje amar significa abrir mão de suas vontades, em prol da saúde e da vida de alguém!”, exemplifica.

Viver esse calvário não é fácil. Como profissional da linha de frente, ela precisa carregar essa “cruz” a todo momento. “Digo aos pacientes do hospital de campanha, ao qual trabalho desde agosto do ano passado, que estar ali nos modifica! Mas não poderia ser diferente”, revela.

“Quando pensamos no impensável, lembramos das pragas do Egito, as pragas que hoje também vivemos e ao passar pelo deserto, por 40 anos o povo teve a oportunidade de mudança, porém o que eles faziam era murmurar, desta forma muitos não entraram na terra prometida!”, conta.
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Mais coletividade, menos individualidade

A psicóloga acredita que essa situação adversa, que traz inúmeras dificuldades econômicas, sociais e sequelas em várias famílias, precisa provocar uma transformação no modo de agir: mais coletividade em detrimento de individualismos. Do contrário, nada adiantará esse período desafiador da nossa história para crescermos enquanto sociedade.

“Mesmo na dificuldade, o meu desejo a cada um de vocês como profissional da área da saúde mental, é que a esperança de mudança pessoal, a esperança de mudança no mundo esteja acima das nossas murmurações! Desejo que nosso amor para com nosso irmão seja maior do que nossa reclamação por não podermos ir para onde queremos, da forma como queremos!”, reflete.

Assim estaremos vivenciando de fato nossa Páscoa. Nela tem um longo processo de calvário. São 40 dias de dor, de humilhação, de desfiguração, de ter a perda da nossa humanidade. Mas no fim, quando a cruz estava erguida, após o terceiro dia, chegou a ressurreição.

“Vamos esperar e viver a ressurreição como o próprio Deus, na certeza que Ele nos ama e prepara para nós o melhor”, projeta Joyce.
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Iniciativa online na paróquia

Um grupo de psicólogos da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Região Santo André – Leste), na Vila Luzita, que cresceram na igreja e nas comunidades vizinhas, a pedido do Pe. Guilherme Melo Sanches (que atuou como vigário paroquial no segundo semestre de 2020), se reuniram para pensar em estratégias de atendimento aos fiéis durante o período de distanciamento social.

“Na pandemia optamos junto com o Pe. Cícero (Soares da Silva Neto, pároco), por falar sobre temas que angustiam as pessoas da nossa comunidade, através de transmissões online”, recorda Joyce, que participa da Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Vila Suíça) desde os 12 anos.

As lives acontecem sempre às sextas-feiras, às 19h30, pelo Facebook, Instagram e YouTube da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Participe!

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