Diocese de Santo André

Santa Dulce dos Pobres: referência de caridade e inspiração para vocações

Neste dia 13 de outubro de 2020 se completa um ano da canonização de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes. Sabe quem foi ela? Sim, a própria Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres (1914-1992), a primeira santa brasileira.

O merecido reconhecimento ao anjo bom da Bahia por sua trajetória de caridade e amor ao próximo durante toda a sua vida ocorreu em virtude dos dois milagres aprovados pelo Vaticano:

O primeiro milagre reconhecido em 2010, referente ao processo de beatificação, ocorreu na cidade de Itabaiana, em Sergipe, no ano de 2001, quando, após dar à luz a seu segundo filho, Gabriel, Claudia Cristina dos Santos sofreu uma forte hemorragia durante 18 horas, e após iniciativa do padre José Almí, que iniciou uma mobilização por orações e deu a ela uma pequena relíquia da Bem-Aventurada,  a hemorragia cessou subitamente. Já o segundo milagre, reconhecido em 2019, recorda a história do maestro José Maurício Moreira, natural de Salvador, que aos 22 anos, teve o diagnóstico de um glaucoma muito sério, descoberto tardiamente e já em estado avançado, mas que durante as preces pela intercessão de Irmã Dulce, voltou a enxergar no ano de 2014, após 14 anos de cegueira. Atualmente, o maestro tem 52 anos.

Símbolo de caridade

E na Diocese de Santo André, Santa Dulce dos Pobres é uma grande referência para o Vicariato Episcopal para a Caridade Social e uma profunda inspiração para vocações consolidadas e novas vocações neste Ano Vocacional Diocesano.

Vigário episcopal para a Caridade Social, Pe. Ryan Holke, recorda que Santa Dulce dos Pobres demonstrou com sua vida o significado de amar o próximo como a si mesmo. “Continua sendo para nós, uma grande referência, e também uma grande inspiração. Para Irmã Dulce, fazer a caridade, ou melhor dizendo, viver a caridade era uma questão de fé”, constata. Segundo o sacerdote, a caridade nada mais é do que ver, se aproximar, ter compaixão e cuidar do outro. “E foi isso que ela fez. E vendo a situação, não se contentou em fazer essa ação de maneira solitária. Mas ela organizou uma verdadeira rede de caridade, para que muitas pessoas descobrissem também essa vocação de servir ao próximo, através de muitas profissões, de maneira muito especial, a obra do hospital (Santo Antônio, em Salvador), que atende aos mais pobres até os dias de hoje”, aponta.

Buscando inspiração no legado de Santa Dulce dos Pobres, o Vicariato para a Caridade quer ser espaço onde muitos católicos possam descobrir sua vocação, ou seja, o chamado de Deus em suas vidas para servir ao próximo. “Nós temos grupos, movimentos, pastorais em toda diocese, onde diariamente nossos irmãos e nossas irmãs se empenham para servir aqueles que estão em situação de rua, as famílias em situação de vulnerabilidade, os mais pobres e excluídos. E essa ação vem justamente dessa fé em Jesus, que foi o primeiro a proclamar a dignidade de cada filho e cada filha de Deus”, relata Pe. Ryan.

Modelo para as vocações

Devoto de Santa Dulce dos Pobres, o seminarista de Teologia na Diocese de Santo André, Jorge Luis Gomes Bonfim, explica que vocacionalmente falando quando olhamos para o anjo bom da Bahia, nos recordamos de uma figura feminina da Igreja que traz toda sua docilidade e humanidade para  entendermos a realidade da qual ela está inserida. “Podemos recordar que, assim como São Francisco e Santa Lídia, Santa Dulce dos Pobres vem de uma família com uma estrutura financeira razoável, olhando para a realidade de sua época, e ela abre mão de tudo isso para estar ao lado dos pobres. Ela oferta a própria vida como um sinal vocacional, no sentido de oferta a Deus, abraçando o projeto de amor que o Senhor revelou para a humanidade”, salienta.

De acordo com Jorge, a partir do ‘sim’ de Santa Dulce, muitas pessoas são tocadas até hoje a assumirem o compromisso com o projeto de Deus, por meios das missões nas comunidades, através das vocações e das atitudes concretas de serviço ao próximo. “Quando um jovem escolhe o chamado para o Senhor, assim como Dulce dos Pobres, é uma resposta de transformação. Ninguém responde ao chamado do Senhor parado, acomodado ou sentado no sofá como nos alerta o próprio Papa Francisco. Quando dizemos sim a Deus, ao trabalho na comunidade, ao serviço aos irmãos, nós estamos dando sim a transformação da própria vida, em doação, em oferta, em sacrifício aos outros que mais precisam”, explica o seminarista, ao se referir a Santa Dulce dos Pobres como uma grande marca para nós. “Então, ela inspira muito a vida religiosa, especialmente as religiosas, as vocações femininas, mas sem dúvida alguma também serve de modelo para nossa juventude e para todos os membros batizados de nossa Igreja”, complementa.

Que o anjo bom da Bahia interceda pela nossa diocese, nos impulsionando a não somente ouvirmos a palavra, mas colocá-la em prática para que todos tenham vida e vida em abundância.

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