Diocese de Santo André

Solenidade de Corpus Christi em Mauá simboliza clamor pela paz e justiça social

Cerca de seis mil pessoas prestigiaram na manhã desta quinta-feira (31/05), a Festa que celebra o Corpo e Sangue de Cristo e a importância da eucaristia para uma vida mais solidária e de amor ao próximo.

Com o tema “O Pão é a vida do pobre” (Eclo, 34:25), a comemoração de Corpus Christi em 2018 alertou para a necessidade de lutar por uma sociedade mais justa e fraterna. Discursos pela união do povo, igualdade de direitos e clamor pela justiça social. A Avenida Portugal, como acontece tradicionalmente todo ano, mais uma vez foi palco do encontro de centenas de fiéis das 13 paróquias da Região Pastoral Mauá da Diocese de Santo André, que partiram em procissão de seus respectivos bairros para acompanhar a solenidade que acontece sessenta dias após a Páscoa, ou seja, a comunhão com Cristo e orações para reparação dos pecados.  

Mesmo debaixo de sol forte, o público não conteve a emoção com a passagem do Santíssimo Sacramento pelo corredor dos tapetes confeccionados pelos jovens da cidade, desde as primeiras horas do dia. E a figura de Jesus Eucarístico foi muito valorizada durante a celebração, como forma de promover esperança e acumular forças para vencer os desafios impostos pela atual sociedade.  

“O que nós temos que fazer como cristãos? No que acreditamos? Na presença de Deus na história. O Espírito Santo de Deus age dentro da história. Isso serve de lição para nós. Então, vamos rezar pela nossa cidade. Para o crime tem castigo, para a doença tem médico e para o pecado tem perdão. Vamos rezar uns pelos outros”, resumiu o coordenador regional José Ferreira, o Padre Zezão (Paróquia São Paulo Apóstolo – Jardim Zaíra), que se utilizou do bom humor peculiar para abordar a greve dos caminhoneiros ocorrida nos últimos dias. 

“Tem muita gente que está com o tanque vazio, não tá? Levanta a mão quem está sem gasolina! Que maravilha! Agora, tenho a certeza que todo mundo está cheio da graça de Deus”, arrancando risos e aplausos dos fiéis. 

 

Presença de Cristo

Com a participação de diversos sacerdotes, Padre Hamilton Gomes do Nascimento (Paróquia São Felipe Apóstolo – Parque das Américas) presidiu a celebração e ressaltou a importância de viver a eucaristia no mundo atual. “Que essa celebração seja um grito de união do povo pela justiça social e solidariedade ao próximo. Que o povo de Deus seja sempre abençoado para praticar o bem e promover a paz”, proclama.

Com a animação do Padre André (Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Jardim Sônia Maria), a responsabilidade pela homilia ficou a cargo do Padre Manoel Ferreira de Miranda Neto (Paróquia São Pedro Apóstolo – Vila Guarani). “(A Festa de Corpus Christi) não é feriado. É dia santo, de guarda. O principal objetivo é rezar!“, disse, para em seguida ao relembrar três aspectos da fé católica: 

1 – O Cristo como mediador de uma nova aliança! “Nós não podemos nos salvar sem aliança. E quem fez a aliança para nós? Foi Jesus. Nós assumimos essa aliança em nosso batismo e nos comprometemos a viver a Palavra de Deus“. 

2 – Cristo como sumo sacerdote que expia os nossos pecados e nos salva. “Todos queremos a salvação. Não vale a pena ter fé só para viver nesse mundo. Queremos entrar no Reino dos Céus”. 

3 –  Cristo como Pão Vivo que desce do céu, como alimento e salvação para nós. “Quem institui a Eucaristia foi Jesus. Ele disse que está presente!” 

Representatividade

Também compuseram o presbitério, os padres Cláudio Tafarelo (Matriz Imaculada Conceição – Centro), Antônio Borges Mesquita e Sergio Cordeiro Nunes (Paróquia São Luiz Gonzaga – Jardim Paranavaí), Frei Geraldo dos Santos (Paróquia Nossa Senhora das Vitórias – Vila Vitória), George Rodrigues (Paróquia São João Batista – Bairro São João), Francisco Simplício Pires (Paróquia São José – Vila Assis Brasil), Benedito Donizetti Vieira (Paróquia São Pedro Apóstolo – Vila Guarani), William Mariotto Torres (Paróquia São Vicente de Paulo – Parque São Vicente), José Soares Rodrigues, o Zezé (Paróquia São José Operário – Jardim Itapeva), João José de Souza, o Joãozinho (Paróquia Jesus Bom Pastor – Jardim Jaguari) e o Diácono José Roberto Storniolo (Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Jardim Zaíra). 

Ao final da solenidade, os padres percorreram o corredor central dos tapetes de Corpus Christi, com o Santíssimo Sacramento sendo saudado pelos seis mil fiéis, tendo a certeza de que as bênçãos de Jesus, por meio do Corpo e do Sangue, serão permanentes para todos e todas. 

Como o Padre Manoel relembrou uma passagem de Santa Terezinha do Menino Jesus: “Jesus prefere estar no corpo dos seus filhos do que estar numa âmbula dourada”.

Origem 

A celebração de Corpus Christi – em latim, “Corpo de Cristo” – foi instituída em 1264 pelo Papa Urbano IV, quando este publicou uma bula papal sobre o tema, chamada de “Transiturus“, instituindo a data e concedendo indulgências às pessoas que fossem à missa neste dia. 

Como o Papa faleceu antes de instituir Festa, a adoção do Corpus Christi viria acontecer apenas décadas mais tarde, quando a data foi oficializada pelo Concílio de Viena, no ano de 1311.  

É uma Festa da Igreja Católica celebrada sempre 60 dias depois do domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A tradição diz que Jesus Cristo instituiu o sacramento da eucaristia neste dia. 

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sintetiza que a solenidade de Corpus Christi é a “presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho”. 

 

Clique aqui e veja as fotos.

Reportagem: Fábio Sales 

Fotos: Amanda Silva 

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