Diocese de Santo André

Formação aprofunda proposta do Papa Francisco para uma vida de santidade

“Sobre o chamado à santidade no mundo atual”. Essa é a proposta do estudo sobre a Exortação Apostólica do Papa Francisco “Gaudete et Exsultate” (Alegrai-vos e Exultai) apresentada durante Encontro de Formação na Região Santo André – Utinga, que teve a abertura na noite de terça-feira (21/05), no espaço de eventos do Santuário Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, no município andreense. As palestras prosseguem nesta quarta (22/05) e encerram-se na quinta-feira (23/05), sempre às 20h. A atividade é gratuita e aberta para todos.

A palestra inaugural contou com o filósofo e educador, Jerry Adriano Villanova Chacon, que protagonizou uma reflexão sobre a introdução do documento – O chamado à santidade, do documento elaborado e divulgado pelo papa, em 2018 -, num formato dinâmico, com vídeos, fotos e pequenos textos apresentados ao público das paróquias da região.
“Neste capítulo inicial, o Papa Francisco vai apresentar a santidade como algo a ser vivido na prática, no cotidiano e nas pequenas coisas. Na atenção ao próximo, no amor, na fraternidade, sendo assim, portanto, a expressão da alegria. O imperativo da santidade  é ser alegre”, comenta Jerry.

De acordo com o educador, a reflexão do Papa nos convida a sermos santos ao pé da porta, ou seja, nas ruas, no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar, expressar para o mundo a face de santidade da igreja, tanto quem faz parte do clero, religiosos e religiosas, como os leigos e as leigas serem santos do cotidiano.

Neste sentido, a prática das prioridades do 8º Plano Diocesano de Pastoral – Acolhida e Ação Missionária – frutos dos debates do Sínodo da Diocese de Santo André, também são fundamentais para o êxito desta vida de santidade, em sintonia com a alegria do evangelho para uma Igreja em Saída.
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Mais pontes, menos muros

O palestrante prosseguiu com a exposição transmitindo aos participantes a síntese do que o Santo Padre quer dizer com uma vida de santidade nos tempos atuais, abordando alguns desafios, como criarmos pontes ao invés de muros, e sinalizarmos gestos de simplicidade, como nos inclinarmos diante de algumas situações – citando exemplos como o São João Paulo II beijava o chão de cada país que visitava e o Papa Francisco beija os pés dos pobres –  e veiculando o curta animação “A Ponte”: (disponível em  https://www.youtube.com/watch?v=0rzP9AXruE0) sobre relacionamento, humildade e flexibilidade.

“Ser santo é simples. A santidade é ser ponte, é se inclinar. Então não é condição apenas de alguns, mas é aquilo que todo cristão deve ser e que cada um vai viver, a santidade de acordo com as suas possibilidades. Papa Francisco frisa isso, que cada um na sua vida vai viver a santidade de acordo com os propósitos que Deus coloca e que nós podemos nos inspirar em outros santos, mas não querer ser como eles. Particularmente, cada um vai ter a sua vida de santidade”, explica.

Ao final da apresentação, Jerry Adriano deixou uma reflexão, por meio do poema ‘Das Utopias’, do livro Espelho Mágico, do poeta Mário Quintana (1906-1994). “Se as coisas são inatingíveis… ora! / Não é motivo para não querê-las… / Que triste os caminhos, se não fora / A presença distante das estrelas!”.
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História verídica

Paroquiana por mais de duas décadas do Santuário Senhor do Bonfim, Cândida da Conceição Pires Formares, 76 anos, sempre atuou nas pastorais sociais, como da Criança. Ela recorda um acontecimento ocorrido durante a sua vida que demonstra um pouco da santidade pedida pelo Papa Francisco.

“Eu tinha uma lanchonete e certa vez observei três rapazes andando do outro lado da rua. Eles disseram que estavam fugindo da cadeia. Um deles atravessou e se aproximou, perguntando se eu estaria com medo. Disse que não. Indaguei-o se tinha mãe, filhos. A resposta foi afirmativa. Queria lhe dar um abraço. Disse que esse abraço não era meu, mas de Cristo. Dali em diante muita coisa mudou. Ele começou a frequentar o estabelecimento e arrumei emprego para ele. São exemplos de atitudes que nós cristãos devemos praticar no dia a dia”, conta.
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Pequenos gestos

Da Paróquia Santa Teresinha, o casal Renato dos Santos Fonseca, 46 anos, e Adriana Mira Fonseca, 43 anos, elogiou o conteúdo da palestra proferida por Jerry Adriano e destacou que a santidade deve ser praticada nos pequenos gestos na sociedade.

“Ser santo, de acordo com o que o Jerry colocou para nós está nas pequenas coisas. E muitas vezes não percebemos isso. Observamos, por exemplo, na televisão uma notícia que um religioso se tornou santo. E pensamos como algo muito distante. Mas a primeira coisa que precisamos é caminhar para tornar essa distância menor”, pondera o eletricista.

“Acho que podemos exercer nossa santidade mediante as boas ações que praticamos no dia a dia. Talvez convidando as pessoas para virem a igreja sentirem essa força de Deus em nossas vidas”, complementa a professora.
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Fé e perseverança

A Paróquia Santa Gemma Galgani esteve representada por várias leigas que fizeram questão de deixar uma palavra sobre a avaliação da abertura do encontro.
Trabalhando na alfabetização de adultos da 1ª a 4ª série, Antônia Pinheiro Ferreira, 68 anos, enfatiza que um dos principais benefícios deste tipo de atividade é fortalecer sua fé diante da ausência do marido. “Hoje foi uma experiência nova e muito importante. O Papa Francisco sempre passa uma mensagem muito bonita de amor, confiança e perseverança. Fazem dois meses que perdi meu esposo, ainda estou de luto, mas reencontrando forças para seguir na caminhada”, reitera.

“É a primeira vez que estou participando e é maravilhoso. Muito gratificante aprender cada dia mais”, frisa Evanir Antônia Rodrigues, 61 anos.

“O que aprendemos e tiramos de proveito desta excelente palestra é um ajudar o outro, sempre, e não ficar apenas na teoria, mas praticar a ação”, sintetiza Maria de Lurdes Carreiras Azevedo, 52 anos.

“Me ajuda a melhorar meu trabalho como vice-coordenadora da acolhida na paróquia e buscar uma vida com mais santidade”, emenda Sueli Moreira de Matos, 57 anos.
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Solidariedade ao próximo

Maria José Lopes Rossi, 70 anos, frequenta a Paróquia Santo Antônio e compreende que toda ação dos cristãos deve priorizar, principalmente, os marginalizados e carentes que vivem, sobretudo, necessitando da ajuda do poder público e das pessoas de bom coração. “Foi muito boa a palestra. O que aprendi hoje é que precisamos cultivar mais a espiritualidade como irmãos. Se respeitando, principalmente dentro das comunidades e também ajudando o povo mais sofrido. Acredito que esse encontro é um despertar para nós”, salienta.

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