Com o lema “Todos Somos Discípulos Missionários em Saída”, a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe foi realizada de 21 a 28 de novembro de 2021, presencialmente no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, e de forma remota em outros lugares da América Latina e do Caribe. Uma convocação do Papa Francisco para que todo o povo de Deus participasse da construção dos caminhos para o presente e futuro da Igreja na região latino-americana e caribenha.
A Diocese de Santo André participou ativamente de toda a fase do processo de diálogo e escuta do clero, leigos e religiosos, entre junho e agosto deste ano, a fim de discernir juntos a vontade de Deus e o apelo que Ele nos faz como Igreja, em comunhão com o Papa Francisco. Foi a primeira vez que essa consulta se realizou com todos os membros da Igreja, numa perspectiva sinodal, como o próprio Santo Padre prega: uma Igreja que acolha e ouça a todos!
A experiência da sinodalidade já havia sido vivenciada pela Igreja Particular de Santo André, por meio do primeiro Sínodo Diocesano (2016-2017), originando a Constituição Sinodal (2018), que contém o 8º Plano Diocesano de Pastoral e seus oito itinerários norteados pelas prioridades acolhida e missão.
Todas as contribuições dos diocesanos durante o processo de escuta da Assembleia Eclesial foram de fundamental importância para a elaboração dos desafios pastorais refletidos durante a semana de trabalho. Os delegados da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe construíram juntos, através das apresentações e, sobretudo, diálogos em grupo, os 12 pontos que podem orientar e motivar a vida pastoral do povo latino-americano. Vamos conhecê-los?
1. Reconhecer e valorizar o papel dos jovens na comunidade eclesial e na sociedade como agentes de transformação.
2. Acompanhar as vítimas de injustiças sociais e eclesiais com processos de reconhecimento e reparação.
3. Promover a participação ativa das mulheres em ministérios, órgãos governamentais, discernimento e tomada de decisões eclesiais.
4. Promover e defender a dignidade da vida e da pessoa humana desde a sua concepção até o seu fim natural.
5. Aumentar a formação da sinodalidade para erradicar o clericalismo.
6. Promover a participação dos leigos em espaços de transformação cultural, política, social e eclesial.
7. Ouvir o grito dos pobres, excluídos e descartados.
8. Reformar os itinerários formativos dos seminários, incluindo temas como ecologia integral, povos nativos, inculturação e interculturalidade e pensamento social da Igreja.
9. Renovar, à luz da Palavra de Deus e do Vaticano II, nosso conceito e experiência da Igreja do Povo de DEUS, em comunhão com a riqueza de sua ministerialidade, que evita o clericalismo e favorece a conversão pastoral.
10. Reafirmar e dar prioridade a uma ecologia integral em nossas comunidades a partir dos quatro sonhos da Querida Amazônia.
11. Promover um encontro pessoal com Jesus Cristo encarnado na realidade do continente.
12. Acompanhar os povos nativos e afrodescendentes na defesa da vida, da terra e das culturas.
Fonte: Diocese de Santo André com informações do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano)
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