A manhã de 12 de outubro foi marcada por uma grande manifestação de fé no Santuário Nossa Senhora Aparecida, em São Bernardo do Campo. Milhares de devotos e devotas se reuniram diante da imagem da Padroeira do Brasil para celebrar a Santa Missa campal presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André, e concelebrada pelo reitor, Padre Guilherme Franco.
Entre cânticos marianos e gestos de devoção, o povo expressava a alegria de estar novamente aos pés da Mãe Aparecida. A fé simples e confiante de tantas famílias — que chegavam com terços nas mãos e o coração agradecido — refletia o amor de um Brasil que se reconhece no olhar da Padroeira.
A imagem da Mãe Aparecida, encontrada há mais de trezentos anos nas águas do Rio Paraíba do Sul, continua sendo sinal do cuidado de Deus nas pequenas coisas. Aos seus pés, o povo deposita promessas, lágrimas e gratidão. Cada 12 de outubro é mais que uma data: é o renascer da fé de um povo que aprendeu com Maria a confiar mesmo quando o milagre ainda não se vê.
Na homilia, Dom Pedro falou sobre a presença materna de Maria e sua importância na história da salvação. “Aparecida é o coração do Brasil”, afirmou. “É a Mãe que acolhe as dores, intercede pelos filhos e aponta o caminho de Jesus. A fé do nosso povo é profundamente mariana porque Maria é a mulher que acreditou, mesmo quando tudo parecia impossível.”
O bispo convidou os fiéis a viverem a devoção com coerência e compromisso cristão. “Não basta dizer que amamos Nossa Senhora se nossa vida não reflete o Evangelho que ela seguiu”, disse. Em tom firme, completou: “A fé verdadeira não combina com corrupção, injustiça e egoísmo. Ser devoto é viver com honestidade, compaixão e solidariedade, como Maria viveu.”
Dom Pedro também destacou que a Mãe Aparecida continua sendo farol de esperança para o povo brasileiro. “Ela não fica distante, ela caminha conosco. Sua presença é consolo nas dores e força nos recomeços. O Brasil tem em Aparecida um coração que reza e acredita”, expressou o bispo, ressaltando que a devoção mariana deve nos tornar mais humanos e comprometidos com a vida do outro.
Ao final da celebração, Padre Guilherme expressou gratidão ao bispo e o parabenizou pelos 15 anos de ordenação episcopal, comemorados neste mesmo dia. “É uma graça celebrar a Padroeira junto de nosso pastor, que conduz com sabedoria e amor a nossa diocese”, disse o sacerdote, sendo acompanhado por uma longa salva de palmas.
Encerrando o dia festivo, Dom Pedro presidiu também a Santa Missa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Mauá, unindo novamente o povo de Deus em oração e reafirmando que a fé mariana é fonte de esperança e compromisso com o bem comum.





