Diocese de Santo André

Dom Pedro, um pastor com cheiro de suas ovelhas, celebra 15 anos de episcopado

Na manhã do sábado, 4 de outubro, a Paróquia São José, no Baeta Neves, em São Bernardo do Campo, foi envolvida por um clima de gratidão. Ali, o Povo de Deus se reuniu para celebrar os 15 anos de ordenação episcopal de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André. Com a presença do clero, seminaristas, familiares, religiosos, religiosas e leigos que, com o coração agradecido, participaram da Santa Eucaristia presidida por Dom Pedro, em concelebração com seu irmão, Dom Luiz Antônio Cipollini, bispo de Marília.

Logo no início da celebração, conduzida com ternura, foi recordada a trajetória de Dom Pedro. Natural de Caconde (SP), ele foi ordenado diácono e padre na Diocese de Franca, onde iniciou seu ministério sacerdotal. Serviu por muitos anos na Arquidiocese de Campinas como pároco e professor de teologia na PUC-Campinas, até ser eleito bispo de Amparo, em 2010, pelo Papa Bento XVI, e, posteriormente, transferido à Diocese de Santo André pelo Papa Francisco, em 2015. Ao longo dessa caminhada, Dom Pedro foi presença firme e próxima: visitou comunidades, promoveu o Sínodo Diocesano, criou os vicariatos episcopais, erigiu novas paróquias, ordenou padres e diáconos e deixou um rastro de comunhão e cuidado com o povo de Deus.

Durante a homilia, a partir da liturgia do dia — memória de São Francisco de Assis —, o bispo refletiu sobre o chamado à fraternidade e ao amor, pilares do Reino de Deus. “Deus não desiste do ser humano, não desiste de nós”, disse. “Ele sempre coloca esperança em nós e espera de nós a colaboração, não porque precise, mas porque quer nos dar a graça de colaborar na construção do seu Reino.” Dom Pedro convidou os fiéis a entrarem nesse “modo de vida do Reino”, marcado pela paz e pela solidariedade. “São Francisco viveu o Evangelho com alegria. Ele entendeu que um só é o nosso Pai, o Pai do Céu. Esse é o sonho de Deus, mas também o sonho da humanidade”, afirmou.

Entre lembranças e gratidão, o bispo falou também do sentido profundo de seu ministério. “Esta missa é uma grande ação de graças. Há 15 anos, Deus foi me buscar para ser bispo — sem mérito algum. Tudo é graça. E, quando a graça é muito grande, quem a recebe chama os outros para agradecer junto.” E completou, com humildade e serenidade: “Deus dá a missão, mas também dá a condição de realizá-la. Ele dá o frio, mas dá o cobertor. Tudo é graça de Deus e ajuda dos irmãos.”

As preces universais, rezadas por representantes da comunidade, elevaram a Deus o louvor pela vida do bispo, pela Igreja e pelos pais de Dom Pedro — João Cipollini e Alzira Carneiro Cipollini — e por seu irmão José Ricardo, já falecidos.

Ao término da celebração, o Padre Joel Nery, vigário geral da diocese e pároco anfitrião, tomou a palavra para expressar a gratidão do clero e da Igreja de Santo André. Em tom afetuoso, ele leu mensagens enviadas de diferentes partes do Brasil, endereçadas a Dom Pedro por ocasião do jubileu episcopal.

Entre as mensagens, destacou-se a do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, que escreveu: “Esta significativa ocasião é motivo de sincera alegria para toda a comunidade diocesana. A memória agradecida de 15 anos de serviço confirma o quanto é valioso o testemunho de fidelidade e amor pastoral de Dom Pedro, sinal vivo da solicitude de Cristo por sua Igreja.” O Núncio ainda assegurou sua proximidade espiritual e orações, desejando que a celebração “produza abundantes frutos de graça e edificação para a Igreja que está em Santo André”.

Outra mensagem veio do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo: “Parabenizo de coração Dom Pedro por seus 15 anos de episcopado, exercido com sabedoria, firmeza e total dedicação. Que Deus o conserve e lhe conceda renovadas alegrias no pastoreio de seu povo.”

E com palavras de amizade e afeto, o Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, também se fez presente: “Como não exultar de alegria pelo seu ministério episcopal. Bispo humano, teólogo, pastor aberto às questões sociais, escritor e, principalmente, irmão. Obrigado por tudo.”

Padre Joel concluiu dizendo: “Dez desses quinze anos são nossos, Dom Pedro. Agradecemos a Deus por seu ministério entre nós — por seu pastoreio, por seu ir e vir pelas comunidades, por conduzir este rebanho com firmeza e ternura.” Em seguida, entregou a palavra aos leigos, representados por Fernanda Minichello, coordenadora diocesana da Pascom e jornalista da diocese, que acompanha Dom Pedro desde sua chegada em 2015.

Com emoção, ela falou sobre a trajetória vocacional e o testemunho de fé do bispo: “Desde menino, em Caconde, o senhor trazia no coração um chamado que parecia maior do que o mundo podia compreender. E esse sim ecoou pela vida inteira. O episcopado, o senhor sempre entendeu, não é honra, mas cruz; não é privilégio, mas serviço; não é glória, mas missão.” Em suas palavras, recordou o bispo próximo, o pastor que conhece o nome dos seus padres e seminaristas, que escuta o povo, que toma café nas casas e caminha com as comunidades.

Ela completou dizendo: “Nestes 15 anos, vimos um homem de profundo conhecimento da Igreja, mas que nunca separou o saber da vida. O senhor tem sido para nós um missionário da esperança entre os povos, conduzindo-nos sempre em nome de Jesus.”

O momento final das homenagens foi conduzido por Dom Luiz Antônio Cipollini, irmão de Dom Pedro. Com o coração visivelmente emocionado, ele recordou a infância vivida em uma família de fé e a presença dos pais, hoje junto de Deus: “Deus foi muito bom conosco. Desde pequenos aprendemos, em casa, como Ele nos ama e nos acolhe. Hoje agradecemos a graça de termos entre nós alguém escolhido para este ministério tão bonito e exigente.” Ao lado de familiares, convidou os presentes a olharem para a vida de Dom Pedro como um testemunho de fidelidade e entrega.

Antes da bênção final, as crianças da catequese da Paróquia São José entraram no presbitério levando pequenas cartas e um presente simbólico em nome de toda a diocese. Dom Pedro, visivelmente tocado, agradeceu: “Sou agradecido a Deus por tudo e só posso dizer que continuaremos, com a Sua graça, enquanto Ele nos der vida. Tudo é graça. Nada é mérito meu, mas dom de Deus e ajuda dos irmãos.”

A celebração encerrou-se com o canto “Santa Mãe Maria”, em honra a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e a quem Dom Pedro sempre confiou seu ministério. Entre aplausos e sorrisos, ficou no coração dos presentes a certeza de que o bispo de Santo André é, verdadeiramente, um pastor com cheiro de ovelha, que há 15 anos se deixa conduzir por Deus e serve com generosidade ao povo que lhe foi confiado.

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