A Comissão Diocesana em Defesa da Vida da Diocese de Santo André promoveu no dia 2, sábado, na Mitra, em Santo André, encontro com os representantes paroquiais para aprofundar em temas relacionados à defesa da vida, desde a concepção à morte natural. Participaram como palestrantes o bispo Dom Nelson Westrupp, scj, e a professora Fernanda Takitani, especialista em ‘família’ e ‘ideologia de gênero’, e também observadora interamericana de biopolítica.
Dom Nelson lembrou que a vida está se tornando descartável nos dias atuais. “A vida humana não é nossa produção. Ela é dada. Não podemos produzir a vida. Ela é um dom, sem merecimento de nossa parte. Tudo é graça de Deus e ninguém pode tirar a vida”, alertou o bispo. “Os programas científicos e técnicos aumentam as chances para as curas físicas. Por outro lado, também diminui a vontade de cuidar da pessoa, sobretudo, quando é frágil ou indefesa”, completou.
Além de destacar as conquistas no Congresso Federal sobre leis que abordam os temas, a professora falou sobre a ideologia de gênero. “É uma revolta da pessoa contra o próprio autor da vida por que está negando o que o Criador fez”, criticou Fernanda, que lembrou as palavras de Papa Bento XVI. “Nosso Papa nos disse que o católico não pode negociar três valores fundamentais: o direto à vida, desde a concepção até à morte; que o Matrimônio seja união entre um homem e uma mulher; e o direito dos pais educarem seus filhos, e não o Estado”, recordou.
Para o coordenador Roberto Vertematti, o encontro serviu para que os representantes conhecessem pouco mais sobre as ameaças à família e à vida do ser humano. “Temos que respeitar e cuidar dos mais frágeis, das ameaças ao aborto, como Dom Nelson lembrou. Também recordo o que a professora Fernanda bem lembrou o Papa Bento, do tripé que não podemos negociar”, frisou.