Diocese de Santo André

Dom Nelson preside missa pelos 65 anos da Paróquia N. S. da Candelária

A comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Candelária se reuniu para celebrar os 65 anos de criação desta paróquia que tem sua sede na Região Pastoral São Caetano do Sul. A missa em Ação de Graças foi presidida pelo bispo emérito da Diocese de Santo André, Dom Nelson Westrupp, scj, na noite de 29 de junho.

                Na oportunidade, o pároco local, Padre Felipe Cosme falou de sua alegria em ter a presença de Dom Nelson na Solene Celebração Eucarística e por ver o grande número de fiéis presentes na missa. “Hoje rendemos ação de graças a Deus por seus inúmeros benefícios em favor da nossa missão evangelizadora. É um momento oportuno para renovarmos o nosso sim a Ele e à nossa comunidade”.

65 anos de louvor

                A história desta paróquia começa com uma pequena imagem de barro trazida por um caçador de pássaros que costumava caçar por ali. Ele colocou a imagem entre as pedras que ficavam sobre uma bica, perto da Cruz dos Beneditinos, para marcar a divisa das terras da então, Fazenda São Caetano e o então, Bairro São Caetano, no século XVIII. Era comum as pessoas ali pararem para rezar para a santa, antes de seguir sua viagem.

                Na década de 1920, o então Bairro Monte Alegre estava se formando, quando os irmãos Bento José Gonzaga Franco e José Gonzaga Filho deram início ao loteamento das terras de sua fazenda, formando assim o antigo Bairro Gonzaga, hoje, Oswaldo Cruz. As famílias ali residentes, como os: Benedetti, Ferrero, Carraro, Milani, Linhares, Santi, Aggio, entre outras, sonhavam com a construção de uma capela, e assim Bartolomeu Ferrero Filho e Hermínio Moura conseguiram dos irmãos Gonzaga a doação do terreno onde foi construída a capela para abrigar a imagem da santa.

                Inicialmente a capela era bastante rústica, toda de tijolos doados pela família Benedetti. Nela cabiam apenas meia dúzia de pessoas. Logo os irmãos Gonzaga trouxeram uma imagem maior da santa, vinda do Rio de Janeiro, onde moravam. Esta capela pertencia à igreja Sagrada Família.

                No dia 31 de janeiro de 1927, foi dada permissão pela Cúria Metropolitana de São Paulo para serem celebradas missas na Capela de Nossa Senhora da Candelária, que eram rezadas uma vez por mês, aos domingos, às nove horas da manhã. Os celebrantes eram os sacerdotes, Padre Alexandre Grigolli, então vigário da Matriz Sagrada Família, e seu coadjutor, Padre Ezio Gislimberti.

                No dia 16 de fevereiro de 1928, a Cúria Metropolitana de São Paulo nomeou como zelador o Sr. José Benedetti, (cf. Livro de Tombo I, da Matriz Sagrada Família). A Capela Nossa Senhora da Candelária passou a ser ponto de referência religiosa de vários bairros ao seu redor. Em 27 de maio do mesmo ano foi fundada a Congregação Nossa Senhora da Candelária.

                A partir de 1937, quando Padre Alexandre retorna para a Itália, fica em seu lugar, Padre Ézio, que se torna vigário ecônomo e o responsável pelas celebrações religiosas e pela assistência espiritual da capela.

                As missas passam a ser quinzenais. O número de fiéis aumenta, deixando a capela ainda mais pequena.  A construção da nova capela foi iniciada em maio de 1949, sob a responsabilidade do novo zelador nomeado, Sr. Giaccomo Benedetti, filho do antigo zelador. O pedreiro e mestre de obras era Elviro Caperutto. A construção demorou nove meses, e foi inaugurada no dia 2 de fevereiro de 1950.

                Em 29 de junho de 1953, atendendo a antigo pedido dos moradores e das Irmãs Clarissas Franciscanas, a Cúria Metropolitana concordou em transformar a capela em paróquia.

Fotos da agente da PasCom Elaine Venciguerra

 

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