Na conclusão do nosso retiro espiritual, Dom Luiz Cáppio continuou apresentando Jesus, o homem pobre, obediente e possuidor de um grande amor.
A partir de três textos bíblicos, Dom Luiz descreveu o amor de Jesus. Na cena da viúva de Naim (Lc 7,11-17), Jesus tem uma atitude simples, espontânea e solidária. Ninguém havia lhe pedido nada. Ele percebeu a tragédia daquela mãe viúva e agiu com solidariedade e compaixão. Quando temos consciência da nossa vocação, nos ocupamos com as dores e os sofrimentos das pessoas nas nossas comunidades, na prática deste amor solidário e compassivo. Padre, você está atento à dor do irmão que está sofrendo? Você se coloca à disposição quando ele precisa?
Na cena da mulher adúltera jogada diante de Jesus (Jo 8, 1-11), dom Luiz pediu que entrássemos na tragédia daquela mulher humilhada, que estava diante da morte violenta. Nesse amor, Jesus acolhe aqueles que vêm ao seu encontro; é sóbrio, inteligente, isento, reflexivo e tem saídas simples e práticas. Jesus não é um piedoso inconsequente. Jesus é verdadeiro com aquela mulher: eu não te condeno, mas você deve mudar de vida, vai e de agora em diante não peques mais (cfr. Jo 8, 11).
Na cena em que Pedro nega Jesus três vezes (Jo 18, 15ss), dom Luiz refletiu sobre o longo processo de conversão que Pedro viveu. A conversão de Pedro teve o seu ponto mais alto naquele olhar misericordioso de Jesus quando o galo cantou pela terceira vez e ele chorou amargamente. Jesus é o possuidor do amor que perdoa.
Padre, não vale a pena alimentar mágoas. Liberte-se delas! Cultive a alegria no seu coração! Volte a sorrir de uma alma limpa! Deixa Jesus te olhar nos olhos como ele olhou misericordiosamente nos olhos de Pedro e concluiu no coração dele o processo de conversão. Padre, você se converteu? Qual é a sua relação com Jesus e qual é a sua relação com os irmãos?
Jesus é possuidor de um grande amor simples e espontâneo que vai ao encontro dos que sofrem; é possuidor de um grande amor acolhedor que não condena, mas aponta o caminho; é possuidor de um grande amor que vai às últimas consequências e perdoa. Que ele nos ajude a amar como ele amou, concluiu dom Luiz Cáppio.
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O Senhor está conosco todos os dias
Nestes dias de retiro espiritual nós rezamos, meditamos, trocamos ideias, partilhamos experiências e vida e, agora, voltamos absolutamente conscientes de que não estamos sozinhos. O Senhor está conosco. Ele nos chamou, escolheu, ungiu e nos está enviando. Ele mesmo nos diz que está conosco todos os dias, até o fim dos tempos (cfr. Mt 28, 20). Entregamos a ele nossas mãos e nosso coração e ele nos utiliza para exercer o seu sacerdócio em favor do povo.
Na celebração eucarística, Dom Luiz Cáppio sugeriu que os padres cultivem três devoções importantes. Padres sejam devotos do Divino Espírito Santo! Nós somos o que somos pela graça de Deus! O Divino Espírito Santo atua em nós e nós somos o que somos pela sua ação na nossa vida. Ele é para a Igreja o que o sangue é para o corpo.
Padres cultivem uma saudável devoção a Nossa Senhora! Os sacerdotes são os filhos prediletos de Nossa Senhora. Ela é a mais interessada no êxito da sua vocação presbiteral. Ensine o povo a cultivar a saudável devoção a Nossa Senhora.
Padres sejam devotos da Eucaristia! A eucaristia é o ponto de chegada e o ponto de partida do nosso ministério presbiteral. O padre que celebra com unção edifica o seu povo. Padre celebre esta missa como se fosse a sua primeira missa! Padre celebre esta como se fosse a sua última missa! Padre celebre esta missa como se fosse a única missa!