Diocese de Santo André

Padres se reúnem para a última Reunião Geral do Clero de Santo André deste ano

Na manhã desta quinta-feira, 08 de novembro, o clero da diocese de Santo André se encontrou para a última reunião geral no ano 2018, na Sociedade São Miguel Arcanjo. Após a oração inicial, na acolhida, o bispo diocesano Pedro Carlos Cipolini lembrou que a presença e a participação de todos expressa o sagrado valor de ser uma Igreja discípula e seguidora de Jesus que se encontra para caminhar em comunhão e responder com fé, à luz da Palavra de Deus, os desafios na evangelização. Dom Pedro Cipolini apresentou ao clero a Carta Apostólica em forma de Motu PróprioComo uma Mãe amorosa, do Papa Francisco, expressando a mudança de postura da Igreja em relação aos casos que provocam danos graves a outros, seja tratando-se de pessoas físicas, seja tratando-se de uma comunidade no seu conjunto. O dano pode ser físico, moral, espiritual ou patrimonial. A Carta do Papa Francisco destaca a grave responsabilidade pessoal do bispo diocesano que deve empregar uma diligência especial em proteger aqueles que são os mais frágeis entre as pessoas que lhe são confiadas. O último encontro geral do clero no ano 2018 ganhou um destaque especial pela importância dos temas abordados.

O coordenador diocesano de pastoral, padre Joel Nery, fez uma retrospectiva dos últimos três anos da pastoral diocesana e destacou o longo, árduo e frutífero trabalho de preparação e execução do primeiro Sínodo Diocesano de Santo André. As visitas pastorais missionárias, a partir de 2015, possibilitaram a Dom Pedro Cipolini, que estava chegando, tomar conhecimento da dimensão geográfica, dos contrastes sociais e das várias realidades pastorais presentes nas sete cidades que compõe a Diocese de Santo André. Foram reorganizados os Conselhos Paroquiais, Regionais e Diocesano de Pastoral para uma participação mais efetiva e frutífera de todos nas atividades pastorais paroquiais, regionais e diocesanas. Foi restaurada e reconfigurada a Região Pastoral Rudge Ramos em São Bernardo do Campo e criada a Região Pastoral Ribeirão Pires-Rio Grande da Serra para um atendimento pastoral mais abrangente e próximo das comunidades mais distantes.

Foi revitalizada a Escola Diocesana de Teologia, instrumento útil no serviço de formação dos leigos e agentes de pastorais. Os encontros diocesanos para a instituição e renovação dos ministérios conferidos aos leigos exprimiram a comunhão fraterna e afirmação do compromisso pessoal e comunitário de serviço ao povo de Deus. A implantação do itinerário de Iniciação a Vida Cristã nos processos de catequese com crianças, adolescentes, adultos e com pais e padrinhos revitalizou o trabalho de milhares de catequistas que se dedicam no serviço da educação da fé nas paróquias e comunidades. O festival vocacional é um esforço para a promoção de uma cultura vocacional na Diocese.

Enfim, várias atividades que prepararam o terreno para a convocação e envolvimento do clero e de todas as pastorais na execução do Sínodo Diocesano e na articulação do 8º Plano Diocesano de Pastoral. O caminho foi longo, o trabalho foi intenso e árduo, os desafios foram muitos, os frutos demoraram para aparecer, mas o clero e os leigos se envolveram, com zelo e dedicação, desenvolvendo a corresponsabilidade no testemunho da Igreja particular de Santo André, servidora do reino de vida plena para todos.

Na dimensão econômica foi reforçada a exigência de ter um zelo profético e uma transparência profissional na administração dos bens econômicos comuns. Assumir com a máxima responsabilidade a administração dos bens comuns e dos direitos e deveres de funcionários e colaboradores na paróquia é compromisso com a justiça do Reino de Deus e um testemunho maduro da fé. Administração arruinada e injustiças corrompem a qualidade do testemunho de fé e do serviço pastoral da paróquia. Nós somos um corpo eclesial e a negligência administrativa de uns destrói a dedicação dos outros.

encontro geral do clero é um gesto de fraternidade eclesial e comunhão pastoral que ressalta o valor da reflexão comunitária, reergue, reanima e exercita a esperança para a caminhada. O discernimento comunitário continua sendo mais eficaz e mais forte do que atitudes de individualismo, isolamento e indiferença. O discernimento comunitário é um instrumento precioso e indispensável para a vida da Igreja e para a comunhão presbiteral e pastoral. Discernindo comunitariamente, a Igreja se esforça para caminhar no mesmo Espírito, para recuperar o frescor original do Evangelho, seguir com fidelidade o projeto de Jesus e testemunhar com coerência a sua fé; trabalha de maneira mais responsável, solidária e organizada para a construir o Reino de Deus, aproveitando mais as oportunidades da Graça de Deus. No encontro fraterno e no discernimento comunitário, a Igreja processa as suas energias e os seus talentos e consegue motivar, cultivar e orientar melhor o crescimento das comunidades e dos fiéis. O discernimento revigora a vida espiritual e fraterna, promove consenso e harmonia nas atividades e dá mais qualidade à vida da comunidade eclesial. A Igreja caminha com mais esperança, percebe e responde aos desafios da evangelização com mais entusiasmo e leva a Jesus. Quando uma paróquia não leva a Jesus, é uma paróquia morta. Discernindo comunitariamente, a Igreja supera o individualismo e isolamento, vive a comunhão e é sinal de unidade e comunhão fraterna no meio desta geração dilacerada por discórdias.

mística do encontro facilita uma consciência madura dos grandes desafios de anunciar o Reino de Deus e abrir-lhe caminhos no mundo atual. Vistos à luz da Palavra de Deus, os desafios exigem que coloquemos em jogo os melhores talentos e recursos para continuar caminhando e testemunhando uma fé autêntica que nunca é cômoda e nem individualista. A Igreja não pode e nem deve ficar à margem da luta pela justiça. Os desafios são provocações que nos convidam a lutar, exigindo a revisão do nosso modo de ser, pensar, agir,tomar decisões e dar respostas imediatas. Eles nos ajudam a desenvolver a indignação profética e a difundir a esperança em Deus, caminhando com olhos abertos para ver com atenção os feridos. Os desafios nos inserem na realidade concreta em que vivemos e nos arrancam do comodismo e da indiferença individualista e aproximam paróquias e comunidades do sofrimento das pessoas para escutar os que ninguém ouve, acolher os isolados, acompanhar os que vivem perdidos, defender os mais fracos, partilhar mais de perto a vida dos casais e famílias nos seus problemas, sofrimentos e alegrias, cuidar sempre do acolhimento evangélico dos que sofrem as consequências de uma ruptura familiar. Os desafios permitem a Igreja ser protagonista da história.

Por fim, os seminaristas que estão cursando teologia foram acolhidos cordialmente para compartilhar o almoço com os padres, nesta última reunião geral do clero do ano 2018.

Texto: Padre Clemilson Pereira Teodoro

Fotos: Padre Marcos Vinicius

 

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