“O Seminário é a pupila dos olhos não apenas do bispo, como dizia o Papa São João Paulo II, mas de todo o clero e de todos os fiéis”. O encerramento da homilia do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini reproduz a alegria de todos na entrega das obras do Seminário de Teologia da Diocese de Santo André, que foi reinaugurado na manhã desta quinta-feira (21/03).
Através do simbolismo da Missa Votiva pelas Vocações Sacerdotais, Dom Pedro, que presidiu a celebração, agradeceu aos envolvidos na reforma e disse que o novo ambiente “é um sinal de amor” para a formação dos futuros presbíteros da Igreja no ABC
“O Seminário é um local onde acolhemos os escolhidos por Deus, os vocacionados para o sacerdócio, chamados pelo coração e pela graça divina neste lugar muito bonito”, elucida Dom Pedro. Localizada na Avenida Tibiriçá, 58, na Vila Homero Thon, na cidade de Santo André, a casa necessitava de reforma geral, uma vez que neste ano completará 23 anos da primeira inauguração, quando Dom Claudio Hummes encerrava o episcopado como bispo diocesano na região. Os dois outros seminários (Propedêutico e Filosofia) receberam obras de reforma e revitalização, respectivamente em 2016 e 2017.
“Enfim, Deus seja louvado por mais essa conquista da Diocese de Santo André, que ao reformar essas três casas, dá continuidade ao esforço dos bispos e reitores que nos precederam e se preocuparam em construir o que hoje conservamos, reformando”, atesta Dom Pedro. Ao final, alguns padres que passaram pela casa como seminaristas e reitores apresentaram testemunhos aos futuros presbíteros. O bispo diocesano também abençoou os cômodos e corredores do Seminário de Teologia.
A Casa de Formação de Teologia tem capacidade para 22 seminaristas. Atualmente, a equipe de Formadores é composta por Dom Pedro Carlos Cipollini, Pe.Ademir Santos de Oliveira, Pe.Joel Nery, Pe.José Aparecido Cassiano, Pe.Dayvid da Silva, Pe.Vagner Franzini e Pe. Hamilton Gomes do Nascimento.
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Renascer da espiritualidade
Reitor do Seminário de Teologia, padre José Aparecido Cassiano afirma que a reforma e a reinauguração do espaço apontam um renascer da espiritualidade diocesana para prosseguir no caminho de fé.
“Nessa casa os seminaristas passam quatro anos e vamos crescendo em torno do convívio fraterno. Como nesta linda capela, que é o coração da nossa casa. Ali nos alimentamos através da palavra e da eucaristia. Então, reformar o espaço físico também significa para nós esse reencontro com Cristo. O espaço também é importante para alimentar a espiritualidade”, analisa padre Cassiano.
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Zelo vocacional
Cursando o segundo ano de teologia no Seminário, Jorge Luís Gomes Bonfim, 23 anos, destaca que a experiência de passar por esse período de reforma é boa para o coração dos seminaristas e para uma caminhada formativa com mais determinação.
“Porque a gente se sente valorizado e cuidado, também. Logicamente tem algumas dificuldades durante a reforma, mas o zelo vocacional está acontecendo e nos sentimos mais dispostos para servir. Com mais ardor no coração, trabalhar pela messe e nossas comunidades. Sem eles e os padres nada disso teria sido efetivado”, avalia um dos quatro seminaristas na Casa. Completam o time de futuros sacerdotes, Cauê Ribeiro Fogaça, Douglas Colácio e Eduardo Coelho Lima.
O responsável pelo gerenciamento da obra, José Alves, 59 anos, nasceu em Condeúba, na Bahia, e veio para São Paulo ainda na década de 1970. O baiano trabalha no ramo da construção civil há 40 anos, de acordo com ele, com ‘a cara e a coragem’ para se estabelecer na área. “Fiz alguns cursos. A teoria é importante, mas a gente aprende muito na prática, mesmo. É muito gratificante ver o resultado final e trabalhar numa obra que é da Igreja”, agradece o profissional, que também é evangelizador, como paroquiano da Igreja Santa Luzia Virgem e Mártir, em São Bernardo do Campo.