Hoje, 22 de outubro, a Igreja em todo o mundo celebra a memória litúrgica de São João Paulo II, o papa que teve o terceiro maior pontificado da história, e que com sua vida e doação deixou ao mundo sinais de amor e entrega por onde passou. É importante ressaltar que até hoje, João Paulo II foi o papa que mais viajou, sendo possível assim conhecer as alegrias e angústias de diferentes povos e culturas, sempre possuindo uma palavra amiga de encorajamento e solidariedade. Nas duas vezes que visitou o Brasil, o papa polonês não deixou de tocar nas feridas do povo brasileiro, de fazer a experiência junto às distintas culturas que esse país continental abriga. No Sul tomou chimarrão, no Sudeste bateu uma bolinha, com os índios usou o cocar e dançou, mas uma de suas maiores características como peregrino do amor era de se inclinar para beijar o solo do local onde acabara de chegar.
Há na vida de João Paulo II, Karol Wojtyla, um amplo amor pela pessoa humana. O que poucos sabem é que o papa da juventude tem uma ampla contribuição no campo da filosofia contemporânea quando o assunto é personalismo, corrente filosófica que estuda a pessoa humana em sua integralidade. Tal estudo, sem dúvida alguma, foi motivado já em sua juventude. Wojtyla e sua família foram afetados diretamente por ideologias extremistas, o comunismo de Stalin e o nazismo de Hitler, que feriram diversos homens e mulheres de boa vontade amparados no abuso de poder e no discurso de soberania política. Por isso sua paixão em promover o bem comum e a dignidade da pessoa humana, ele sabia o quão ferida se encontrava a humanidade.
Durante seu pontificado, muitas foram as marcas históricas celebradas, e um de seus maiores legados nosso povo brasileiro já foi convidado a fazer a experiência, estamos falando da Jornada Mundial da Juventude, que tem São João Paulo II como pai fundador. Nosso país teve a graça de acolher o evento na cidade maravilhosa no ano de 2013, muitos jovens de nossa diocese, hoje já casados ou vivendo a maturidade de suas vidas, puderam fazer a experiência desse magnífico evento celebrativo, levando no peito e na vida a Cruz do Senhor, fazendo discípulos entre todas as nações. Não é só pela juventude que nosso querido santo é recordado, muitas congregações, grupos e movimentos puderam celebrar seu nascimento ao longo de seu pontificado, o que mostra por exemplo o quão aberto a diversidade carismática seu coração se encontrava.
Que possamos, especialmente no dia de hoje, olharmos para a vida deste celestial amigo e rogarmos por sua intercessão, sempre amparados em seu testemunho e fidelidade a Cristo e sua Igreja. Que ele nos ajude, assim como disse na homilia de início do seu pontificado, a abrirmos, ou melhor, escancaramos nosso coração a Cristo e sua Igreja. A santidade é o rosto mais belo da Igreja. Viva São João Paulo II!
* Artigo por Jorge Luis, seminarista diocesano