Enfatizando as relações humanas e a Campanha da Fraternidade 2020, a Pastoral da Educação da Diocese de Santo André realizou na manhã de quarta-feira (22/01), a Abertura do Ano Letivo 2020 com o “Momento Formativo e de Espiritualidade” que reuniu professores e profissionais da educação de todos os colégios católicos e escolas públicas do Grande ABC.
Ocorrido no Instituto Sagrada Família, no Jardim Paraíso, em Santo André, o encontro teve contou com palestras, reflexões, orações, música e dramatização. “Ao final do encontro, os professores contaram que se sentiram preenchidos com a espiritualidade para começar bem o ano letivo. Espero que esse ano seja frutífero. Um futuro melhor passa pela educação. Sem educação, não há evangelização. Resumindo numa palavra, evangelizar para um professor é humanização”, conta o coordenador diocesano da Pastoral da Educação, Renan Evangelista Souza.
Importância da espiritualidade
Após a acolhida, animação musical e oração inicial, os participantes presenciaram a primeira palestra do dia com o professor Paulo Aquino, da Fraternidade Divino Mestre (grupo de leigos para educação católica), que apresentou o tema “A importância da espiritualidade na vida do educador cristão católico”. “Nosso convite foi fazer pensar sobre a educação e a espiritualidade, no contexto de sermos de alguma forma uma resposta da Igreja e do evangelho para as contradições do mundo que vivemos hoje. O mundo dos invisíveis, onde percebemos as intolerâncias e as polarizações. Na direção oposta, nós como educadores e professores somos convidados a luz do evangelho construir o Reino de Deus nesses ambientes, o que é extremamente desafiador”, explica Paulo.
Educar na sociedade
Depois de um intervalo para o café, o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini aprofundou o debate sobre a atuação dos profissionais da educação, na exposição “Como educador na solidez do evangelho diante de uma sociedade líquida?”. O pastor da Igreja Católica no Grande ABC frisou a solidariedade e acolhida como pontos fundamentais na relação com os alunos, num mundo cada vez mais tecnológico e que prega muitas vezes o distanciamento das relações humanas. “Para isso é necessário colocar no centro de tudo, a pessoa humana. Fazer uma aliança global por uma educação baseada no diálogo e no cuidado pela vida. Formar uma mentalidade de cuidar da vida. Formar pessoas com a capacidade de servir. Descobrir que servir é um pilar de sustentação da cultura do encontro e espírito de acolhida, justiça e paz”, sintetiza Dom Pedro, ao afirmar que os professores têm o grande dom de transmitir conhecimento. Ele também destacou a importância do pacto global pela educação, iniciativa do Papa Francisco, que busca convergir grandes efeitos educacionais no cuidado com a casa comum.
Vida e compromisso
O tema da Campanha da Fraternidade 2020 “Fraternidade e vida: dom e compromisso” com o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34) também foi objeto de estudo durante o evento, na apresentação do coordenador diocesano da Pastoral da Educação, Renan Evangelista Souza. Por fim, a Irmandade do Servo Sofredor, um grande legado do Pe. Alfredinho (1920-2000), da Congregação dos Filhos da Caridade, promoveu uma dramatização destacando o cuidado com a vida no planeta e refletindo sobre a humanidade. Anfitriã do encontro no Instituto Sagrada Família, Irmã Tânia Lucia Ferreira, da Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, agradeceu a presença dos profissionais da educação e deixou uma mensagem como inspiração para os trabalhos em 2020. “Que sejamos sempre acolhedores, educadores e pessoas que tragam o rosto de Cristo para os alunos e alunas. Encontrar Cristo no acolher, no assistir e no educar”, comenta.
Já a catequista Vera do Carmo aprovou a manhã de formação e espiritualidade e destacou uma frase dita durante a reflexão de Dom Pedro “A era do vazio, perde a capacidade de se relacionar e se basta em si mesmo” para refletirmos sobre a necessidade de priorizarmos o trabalho em conjunto em detrimento da individualidade.