Diocese de Santo André

Vivamos bem a quaresma. Como?

A quaresma é tempo de conversão, combate espiritual, jejum medicinal e caritativo, mas é sobretudo tempo de escuta da Palavra de Deus. Convertei-vos e crede no Evangelho! Estas são palavras que ouvimos ao receber as cinzas, cujo significado é chamar-nos à realidade de nossa vida concreta: quais os caminhos que estou percorrendo? O que estou fazendo da vida? Como está meu relacionamento com Deus e os irmãos?

Temos, não raro, separado este convite em duas partes: Convertei-vos de um lado, e crede no Evangelho de outro. Pregamos uma conversão intimista, na linha da moral, de cumprir as obrigações para com Deus e o próximo. Não temos bem presente a segunda parte que é crer na Palavra de Deus com toda força. Existem infelizmente, católicos “convertidos” que não creem plenamente no Evangelho. O Evangelho não nos fala somente de uma conversão moral e pessoal, mas de um modo novo de viver. Qual é este modo novo de viver? É o Reino de Deus, que é um reino de relações novas com Deus e com os irmãos. É uma sociedade onde não basta você ser justo e bom, mas é necessário que você promova e se comprometa com a justiça, a bondade e a fraternidade. É a dimensão profética do nosso batismo.

Por tudo isto a quaresma, mais que preparação para a Páscoa, é oportunidade de refazer com Jesus os passos de sua missão, paixão, morte e ressurreição a partir de seu batismo no rio Jordão e, a partir de nosso próprio batismo: refazer o seu programa batismal que é o nosso, escutando, anunciando e fazendo intensamente cada vez mais, as obras do Reino, passando pela cruz e ressureição que são a consumação do batismo. O Evangelho (cf. Mt 6,1-6.16 – 18), nos propõe renovar nossas relações com Deus (sinceridade e não hipocrisia, orar em segredo e não de forma vaidosa, esperar a recompensa somente em Deus); nossas relações com os irmãos (esmola como partilha, ter a todos como irmãos (as) vivendo a fraternidade universal), nossas relações conosco mesmo (praticar o jejum e o silêncio como escuta). Quando estas três relações, com Deus, com os irmãos e comigo mesmo, forem purificadas e sinceras, alcançaremos a paz – Shalom – que é o fruto maior da ressureição de Cristo que celebraremos na grande festa Pascal.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através da Campanha da Fraternidade, nos propõe um itinerário de conversão a Deus que seja conversão aos irmãos. A CF quer ajudar-nos a assumir a dimensão comunitária e social da quaresma. Ela ilumina os temas fundamentais da quaresma ou seja: oração, jejum e esmola. Neste ano o tema da CF é “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Tema baseado na parábola do bom samaritano (cf. Lc 10, 25 – Deus deseja introduzir no mundo uma nova dinâmica que tem na compaixão e na misericórdia o princípio do agir cristão.

* Dom Pedro Carlos Cipollini, para o Jornal A Boa Notícia

Compartilhe:

“A paz começa na justiça e na fraternidade”, afirma Dom Pedro na primeira missa do ano

nomeacoes

Nomeações – 01/01/2025

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: Esperança e Fé na Véspera de Ano Novo

Paróquia Santo Antônio é dedicada a Deus

Diocese de Santo André inicia Jubileu Ordinário com celebração e peregrinação

De onde vem a paz?

Missa do Dia de Natal reafirma o convite à alegria e fé em Jesus Cristo

Homilia da Noite de Natal

Na Noite de Natal, Dom Pedro destaca a pobreza e humildade do Menino que salva o mundo

Jubileu de Ouro: 50 anos da Paróquia Santo Antônio celebrados com gratidão