Diocese de Santo André

São Carlos Borromeu e os Scalabrinianos

No dia 04 de novembro, a Igreja celebra a memória de São Carlos Borromeu, bispo da Igreja que viveu no século XVI. Carlos nasceu em 1538, em Arona, e era filho do Conde Gilberto e de Margherita de Medici. Sua educação humana e cristã desde muito novo fizeram com que tivesse uma inclinação para a vida religiosa. Na Universidade de Pavia, onde estudou, mostrou grande inteligência e facilidade para tratar as pessoas. Lá, recebeu o título de Doutor em Direito Civil e Direito Canônico

Pouco depois de seu nascimento, a Igreja convocou o Concílio de Trento (1545-1563), responsável por promover uma reforma dentro de algumas estruturas eclesiásticas, além de reafirmar sua doutrina, que estava sendo colocada em questionamento pela Reforma Protestante. O Concílio de Trento foi importante por promover uma renovação interna, situando a Igreja diante das inúmeras mudanças que o mundo passava, como o advento do Renascimento e a chegada nas Américas.

Recebeu de seu tio, Papa Pio IV, a missão de ser Arcebispo de Milão e foi nomeado Cardeal, encargo que deveria estar em comunhão com os ecos da reunião conciliar. Ele até chegou a participar das últimas sessões tridentinas. São Carlos é o grande bispo da Reforma Católica, pois colocou em prática, de forma exemplar, as decisões conciliares, entre as quais destaca-se a fundação de seminários, para a formação dos futuros padres. Dentro de sua diocese, organizou diversos sínodos locais, para guiar o caminho pastoral de sua Igreja Particular.  Visitou, por diversas vezes, todos os cantos de sua diocese, onde desenvolvia intensa atividade, sempre na busca da salvação das almas e na promoção da vida humana, através do cuidado com os pobres. Seu ministério era inspirado por seu lema: “Humilitas”, humildade, que se expressou em todo seu cuidado pastoral. Em 1584, São Carlos Borromeu, acometido por uma febre, falece e em 1610, apenas 26 depois de sua morte, é proclamado santo da Igreja, sendo modelo de pastoreio e zelo apostólico.

Seu ministério foi tão fecundo que João Batista Scalabrini, bispo de Piacenza, ao receber a inspiração de fundar uma ordem religiosa, submete-a aos cuidados de São Carlos, fundando em 1887 a Congregação dos Missionários de São Carlos. Seus membros são conhecidos como escalabrinianos, por conta de seu fundador, ou ainda como carlistas, por conta de seu patrono. A missão particular desta congregação é o cuidado com os imigrantes, inspirados por seu fundador, que desenvolveu grande trabalho na assistência destes irmãos que, muitas vezes, são deixados de lado nos países que os acolhem. Seu lema é inspirado numa frase de Jesus: “Eu era estrangeiro e me acolheste” (Mt 25, 35), vendo nos imigrantes a presença do próprio Cristo. Esta atividade é exercida com a mesma inspiração de São Carlos, já que a congregação tem estampada em seu brasão o lema Humilitas.

Celebrando o dia de São Carlos Borromeu, rendemos graças a Deus por sua vida doada em favor do Reino de Deus, exemplo que continua a ecoar na vida da Igreja nos tempos atuais. Que seu modelo inspire a todos nós e, de maneira especial, a paróquia de nossa diocese que o tem como padroeiro e missionários escalabrinianos presentes em Igreja Particular, renovando nosso ardor missionário, fazendo com que o anúncio do Evangelho chegue a todos.

São Carlos Borromeu, rogai por nós.

* Artigo por Gustavo Laureano Pinto
 Seminarista da Teologia

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