Diocese de Santo André

25 anos das Casas de Teologia e Filosofia: o legado de dois reitores que se tornaram bispos da Igreja

Você sabia que um arcebispo e um bispo já atuaram como reitores das Casas de Teologia e de Filosofia do Seminário da Diocese de Santo André, quando ainda eram padres no final da década de 1980 e durante a década de 1990? Neste ano em que os locais para formação de futuros sacerdotes completam 25 anos de inauguração, a reportagem da Diocese de Santo André conversou com o arcebispo da Arquidiocese de Mariana (MG), Dom Airton José dos Santos, e o bispo de São Miguel Paulista (SP), Dom Manuel Parrado Carral, para relembrar histórias e experiências na convivência com os seminaristas e a importância das duas casas para os diocesanos.
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O chamado para nova missão

“Eu estava como missionário na Diocese de Santarém e quando retornei à Diocese de Santo André (em 1988), a primeira notícia que tive de Dom Cláudio (Hummes, bispo diocesano entre 1975 e 1996) foi a de que precisaria de mim para assumir à formação na Casa de Teologia. Nunca pensei em ser formador, mas se o bispo estava me chamando eu deveria aceitar. Foi o que eu fiz, de modo alegre, durante dez anos dedicados à Casa de Teologia”, conta Dom Manuel, conhecido como Pe. Manolo à época, ao recordar o período em que esteve à frente do seminário, entre 1989 e 1998.

Vale ressaltar que antes da solene inauguração das duas casas em 1996, os seminaristas residiam nas casas paroquiais de algumas igrejas do Grande ABC que acolhiam os candidatos ao sacerdócio.

Filho da Diocese de Santo André
Ordenado padre em 1985 pela imposição das mãos de Dom Cláudio Hummes, e bispo no ano de 2002, na cerimônia presidida pelo saudoso Dom Décio Pereira, Dom Airton atuou como reitor do Seminário de Filosofia entre os anos de 1986 e 1997. “Quero agradecer a vocês pela lembrança, e fazer mesmo uma memória aqui.

Naquele tempo tínhamos pouquíssimos seminaristas, estávamos começando, e a Casa de Filosofia foi construída justamente para abrigar os seminaristas que estavam começando a aumentar. Hoje, a diocese tem duas casas boas, bem constituídas, para acolher os seminaristas, os jovens que querem fazer o caminhar do discernimento vocacional”, elogia Dom Airton, ao falar sobre os avanços na formação e acompanhamento dos futuros presbíteros pela Diocese de Santo André nas últimas duas décadas e meia.
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Inauguração debaixo d’água
Naquele 22 de março de 1996, as Casas de Filosofia, em Diadema, e a de Teologia, em Santo André, seriam solenemente inauguradas com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Alfio Rapisarda,  e do bispo diocesano Dom Cláudio Hummes, bem como vários bispos do Regional Sul 1 da CNBB, o clero, seminaristas, funcionários da Mitra e representantes das paróquias da Diocese. “Um fato marcante é que caiu água a rodo naquele dia, mas o Dom Raspisarda fazia questão de descerrar a placa de inauguração, mesmo debaixo d’água”, relembra Dom Manuel, ao destacar que algo sempre está presente em sua memória dos tempos de reitor no Seminário Maior.
“O seminário me deixou lembranças boas. Uma das coisas que mais me recordo é a reunião que fazíamos todas as sextas, na parte da noite, momento forte de confraternização para nos prepararmos para o ritmo do fim de semana, na pastoral, na participação nas missas. Tivemos dificuldades, sim. Mas penso que as coisas boas sempre foram maiores que as dificuldades. Me sentia muito feliz sendo formador”, confidencia Dom Manuel.
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Sementeira de vocações para a Igreja
Sacerdote incardinado em 1972 na Diocese de Santo André e ordenado bispo em 2001 pelo até então arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes,, Dom Manuel deixou uma mensagem de ânimo e coragem aos seminaristas e aos vocacionados que estão na fase do discernimento.  “Quero dizer o seguinte: em todas dificuldades que possam existir, vale a pena ser padre, vale a pena se doar e se entregar para a causa da Igreja, para a  causa de Jesus Cristo”, ressalta.
Dom Airton complementa: “Parabenizo vocês todos por esses 25 anos das Casas de Teologia e de Filosofia para que a Diocese de Santo André continue sendo essa sementeira de vocações para a Igreja de Cristo.”

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