A acolhida resgata a esperança. A missão promove a reinserção na sociedade. As prioridades do 8º Plano Diocesano de Pastoral são vivenciadas por muitas casas de acolhimento e restauração da dignidade dos prediletos de Deus na Diocese de Santo André.
Nestes tempos de pandemia, o GEV (Grupo Esperança Viva), que apresentou o trabalho realizado em Live do Vicariato Episcopal para a Caridade Social (assista aqui), é um instrumento de evangelização, sendo uma extensão da Fazenda da Esperança na sociedade.
Fruto dessa missão restauradora de vidas, temos duas histórias marcantes contadas pelo coordenador do GEV, Eduardo Correia Miranda, daqueles que vivenciaram situações difíceis e hoje, renovados em Cristo e voluntários na obra, cuidam dos irmãos resgatados das ruas. Acompanhe:
Cuidar do próximo, assim como foi cuidado um dia
De São Bernardo do Campo, Fernando Henrique Ferreira da Silva, 32 anos, se encontrava embaixo de uma passarela em Mauá, onde dormia e fazia uso das drogas. Entendemos que, mesmo em situação de rua, ele poderia acessar a família. Então, dissemos que a data do acolhimento seria em dez dias. Fernando nos questionou e disse: “Se vocês quisessem ajudar, ajudaria já” Mas aceitou a proposta de voltar à sua casa e pedi para ficar uns dias lá para ver se daria certo o acolhimento. Então, foi para a Fazenda da Esperança e concluiu o seu ano de recuperação. Sentiu no coração, um desejo muito forte de se doar. Junto aos responsáveis, fez o pedido para continuar sendo voluntário da obra. Foi aceito e hoje ajuda a tomar conta dos novos acolhidos, assim como foi cuidado um dia.
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Resgatado das ruas para se doar aos irmãos
De Mauá, Edmar de Oliveira Dias, 38 anos, encontrava-se em uma passarela no Jardim Zaíra, onde recebia alimentos de uma pastoral e ali mesmo consumia drogas e álcool. Certo dia, o GEV se aproximou e ofereceu ajuda. Edmar é da primeira turma de acolhidos. Quando começou a pandemia, com muito esforço concluiu seu ano de recuperação na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, recebendo a graça de ser trazido para casa pelo nosso fundador Frei Hans Stapel. Edmar sentiu também no coração de se doar para a obra. Então, a pedido da fazenda, ficou em casa por 30 dias para discernir se era mesmo a vontade de Deus. O desejo permaneceu no seu coração e Edmar hoje é um missionário dentro da comunidade Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, cuidando, assim como Fernando, dos novos acolhidos.
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Sobre o GEV/ Fazenda Esperança
As principais atividades desenvolvidas pelo GEV são o acolhimento de pessoas em situação de rua decorrentes do uso abusivo de álcool e drogas ou mesmo aqueles que não se encontram na dependência química. Para que isso aconteça, o GEV conta com unidades em quatro paróquias da Diocese de Santo André. Realiza todos os meses, a exemplo do Dia do Pobre, acolhimento para banho, refeição, corte de cabelo, doação de roupas, palestra motivacional embasada em espiritualidade e acolhimento nas unidades da Fazenda da Esperança em São Paulo e outros estados.
O GEV promove a busca dos parentes dos acolhidos, acompanhamentos nas reuniões virtuais e presenciais na vida das pessoas mais carentes, na doação de cestas básicas, móveis, valores financeiros e espiritualidade. Também realiza o acompanhamento dos internos nas fazendas, com visitas e necessidades da obra, organizada junto às famílias, o dia de visitas para aqueles que não tem condições de realizá-las. Articula atenção especial às necessidades das unidades da Fazenda da Esperança, ajudando na venda dos produtos institucionais da obra, bem como orienta e encaminha pedidos de acolhida na Fazenda da Esperança, tendo como algumas das ações, reuniões semanais com familiares dos acolhidos e de ex-acolhidos para vivência da pedagogia aplicada na recuperação (espiritualidade; convivência social e trabalho; atendimento assistencial a familiares de acolhidos que estejam em situação de vulnerabilidade; participação nas atividades paroquiais, como festas, campanhas; membro do CPP; dizimista da paróquia).
“Em tempos de pandemia, o GEV tem se adaptado virtualmente às reuniões chamadas de encontros (10 a 25 pessoas por reunião, com mais participantes em dias formativos), pois trata-se do encontro de Jesus no outro, para orientar sobre o acolhimento dos seus parentes, como anda a recuperação. Também rezamos juntos por toda causa e necessidade ,em especial, pela perseverança dos acolhidos”, afirma o coordenador Eduardo. Nestes tempos de Covid-19, cerca de 450 pessoas foram acolhidas pelas unidades do GEV na Diocese de Santo André.
Conheça as unidades do GEV na Diocese de Santo André, saiba como ajudar e entre em contato para montar um grupo em sua paróquia:
GEV Mauá – Paróquia São Pedro Apóstolo
Iniciou no dia 12/04/2012
Contato: (11) 957885564 (Eduardo)
GEV Santo André – Paróquia São Camilo de Lélis
Iniciou na Paróquia Jesus Bom Pastor. Em 2013 transferiu -se para a Paróquia São Camilo de Lellis.
Contato: (11) 98105-8025 (Telma)
GEV São Caetano do Sul – Paróquia Nossa Senhora da Candelária
Iniciou em Abril de 2021, de forma virtual
Contato: (11) 98240-8320 (Andrea)
GEV Ribeirão Pires – Paróquia São José
Iniciou no ano de 2017
Contato: (11) 99639-3736 (Sandro)
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