A 38ª Semana do Migrante iniciou-se no domingo, 18 de junho, com a celebração da Missa na Paróquia Sagrada Família, em São Bernardo do Campo, tendo como tema “Migração e Soberania Alimentar”, o evento continuará até o dia 25 de junho. O lema da semana é “Para o Migrante, Pátria é a terra que lhe dá o Pão”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, que abordou o tema “Fraternidade e Fome”.

A Celebração Eucarística foi conduzida pelo pároco e vigário pastoral, Padre Everton Gonçalves, e contou com a presença do assessor da Pastoral do Migrante, Padre Pierre Dieucel, CS, bem como agentes pastorais atuantes nas paróquias da Diocese de Santo André.

Na homilia, Padre Everton destacou a liturgia da palavra, proclamada pelo assessor diocesano. Ele enfatizou que ser Igreja é ser o povo e o rebanho escolhido por Deus, caminhando juntos e cumprindo a missão. Jesus é apresentado como o pastor do rebanho, presente no meio deles e chamando-os a serem uma presença viva na vida dos irmãos. Assim como Deus libertou o povo no Egito, Ele continua buscando salvá-los e libertá-los das dificuldades impostas pela vida. Deus escolheu-os como Seu povo, não para excluir os outros, mas para demonstrar Seu amor e permitir que outros também experimentem Sua graça.

O vigário pastoral também ressaltou que Deus encarnou, viveu entre eles e compartilhou suas dores e angústias. Ele se fez migrante, olhou para a multidão e viu um rebanho disperso e sem pastor. Um rebanho sem pastor está vulnerável ao mal, assim como estava o povo de Deus. Por estar cansado de ver Seu povo sem orientação, Deus desceu e encheu-se de compaixão, trazendo uma nova dinâmica. Ele escolheu doze entre eles, assim como nos escolheu também. Ele nos envia com autoridade para sermos a presença de Deus no meio de todos e anunciarmos a esperança.

Desafiou os presentes a refletirem sobre o trabalho da Pastoral do Migrante:

“Nós, que fomos batizados e enviados, também temos essa missão. Devemos nos questionar: estamos proclamando o amor de Deus? Somos uma única nação, filhos de Deus, sem fronteiras. Assim como São João Scalabrini, que testemunhou o sofrimento e cuidou de todos, em nossa diocese temos a Pastoral do Migrante, que possui esse carisma. Na região do Grande ABC, nossa realidade é acolher e ser a presença de Jesus que acolhe, pois somos o rebanho de Deus.”

No final da celebração, Padre Pierre convidou os agentes para se apresentarem e falarem sobre seus trabalhos nas paróquias, incluindo alguns de outras nacionalidades que atuam acolhendo os irmãos migrantes.

O assessor diocesano agradeceu ao Padre Everton por acolher a Pastoral do Migrante em sua paróquia e por todo o apoio pastoral oferecido.