Em resposta ao crescente conflito entre o Hamas e Israel, o Papa Francisco declarou dia 27 de outubro, sexta-feira como um dia de jejum, penitência e oração mundial pela paz. O momento de oração ocorreu às 18h na Praça São Pedro, no Vaticano, e foi aberta a fiéis de todas as denominações religiosas.
O pontífice pediu a participação ativa das igrejas de todo o mundo:
“Peço a todas as Igrejas particulares que participem, predispondo iniciativas similares que envolvam o Povo de Deus”.
O chamado foi dirigido especialmente a todas as dioceses do mundo, e em nossa diocese, a Santa Missa foi presidida pelo Padre Fernando Valadares, assessor diocesano da Divina Misericórdia, na Catedral Nossa Senhora do Carmo.
Em sua homilia, o padre trouxe à luz os ensinamentos do Evangelho, incentivando os fiéis a refletirem sobre sua posição diante da liberdade e evidenciou que a verdadeira liberdade não se baseia apenas em escolhas pessoais, mas em um chamado sincero do coração, ressaltando a importância da misericórdia e do compromisso divino em nossas vidas.
O assessor diocesano também mencionou os desafios cotidianos e as batalhas espirituais enfrentadas por muitos, afirmando que, apesar das distrações mundanas e dos obstáculos, os sinais de Deus estão sempre presentes. Citando o apóstolo Paulo, lembrou a congregação da constante luta interna entre o bem e o mal, e da necessidade de reconciliação, concluindo com um apelo:
“É fundamental que permitamos que o Espírito Santo nos guie e que busquemos a conexão não só com o coração de Deus, mas também com nosso próprio coração”.
Após a missa, com a catedral cheia, o Santíssimo Sacramento foi exposto para adoração. Durante duas horas, orações clamaram pela paz mundial, em especial para aqueles sob ameaça constante. Foi um momento de reflexão sobre reconciliação, perdão e diálogo.
O dia 27 de outubro foi escolhido para marcar o 37.º aniversário do “Espírito de Assis”, um histórico encontro inter-religioso em 1986, em Assis, Itália, convocado por João Paulo II. Na ocasião, líderes de diversas religiões uniram-se em oração pela primeira vez, visando uma vida fraterna global.