Diocese de Santo André

Formação do Clero reflete sobre o Reino de Deus e os riscos do poder

Dos dias 1º a 3 de julho, o clero da Diocese de Santo André esteve reunido para o seu momento anual de Formação Permanente, realizado na cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo.

Os momentos formativos foram conduzidos pelo Prof. Dr. Pe. Donizete José Xavier, presbítero incardinado na Arquidiocese de São Paulo e Diretor Adjunto da faculdade de Teologia da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo. A reflexão teve por tema “A Teologia do Domínio”. Em suas falas, o padre buscou apresentar como os tempos atuais apresentam o emergir de uma nova forma de reflexão e de experiência religiosas, a partir de diversas teologias do domínio. Para muitos grupos, é a experiência exclusivamente da fé cristã que deve reger todos os campos da esfera humana, dominando a família, religião, educação, mídia, governo, economia, artes.

Uma das principais marcas das teologias do domínio é a influência da fé cristã na política. Alguns cristãos entendem-se como divinamente chamados a desenvolver a influência, liderança e controle sobre todas as esferas da sociedade, para estabelecer o Reino de Deus aqui e agora, um Reino que vai ser entregue a Cristo pronto e acabado na sua segunda vinda, entendido muito mais como uma construção humana do que como dom e como presença seminal, sem nenhum tipo de reserva escatológica.

O Reino de Deus foi iniciado por Cristo, mas será plenamente manifestado na segunda vinda de Cristo. A Teologia da Esperança cristã fala de uma transformação profunda do mundo, mas não baseada no domínio e na força, mas sim no amor encarnado de Deus, buscando melhorar as condições da humanidade como manifestação da bondade divina e a revelação do seu rosto misericordioso. A referência última de toda a ação humana não pode ser os parâmetros humanos, mas deve ser Jesus Cristo, chave hermenêutica da antropologia e da esperança cristãs.

Além dos períodos de formação, este momento também foi marcado pela oração, com a celebração da Eucaristia, e pela convivência fraterna entre os presbíteros nos demais horários e atividades.

Texto: Padre Gustavo Laureano

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