Na tarde de domingo, 21 de setembro, o Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André, foi tomado pela presença de centenas de fiéis para a peregrinação diocesana dos agentes de pastoral, realizada dentro do Ano Jubilar da Esperança. A celebração, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, reuniu representantes de todas as foranias da Diocese e foi marcada pelo Sacramento da Crisma de 210 agentes, fortalecendo o envio missionário daqueles que servem diariamente nas comunidades.
A programação da peregrinação começou às 13h, em clima de festa e oração, com a animação conduzida por Paulo Escudeiro e Geanne. Logo depois, a Comissão Diocesana de Catequese conduziu um momento formativo sobre o Sacramento da Confirmação e a responsabilidade dos padrinhos e madrinhas. Em seguida, Pe. Carlos Alberto de Queiroz, OFM Conv, pároco e reitor do Santuário, apresentou a história deste espaço sagrado, lembrando sua importância como casa de oração e de peregrinação do povo de Deus. Ao longo da tarde, diversos sacerdotes atenderam confissões, ajudando os fiéis a se prepararem espiritualmente para alcançar a indulgência plenária, em comunhão com toda a Igreja e em oração pelo Papa Leão XIV.
O momento formativo teve continuidade com a reflexão de José Ricardo sobre o Documento 105 da CNBB. Ele destacou que os leigos e leigas são chamados a ser “fermento do Reino, glória do Evangelho e perfume de Cristo”. Recordou que a missão do laicato se enraíza no Concílio Vaticano II, no Documento de Aparecida e na Evangelii Gaudium do Papa Francisco, convidando todos a testemunharem com coragem o Evangelho no mundo de hoje.
Às 15h, teve início a Santa Missa jubilar, presidida por Dom Pedro e concelebrada por diversos sacerdotes. Na homilia, Dom Pedro convidou a assembleia a refletir sobre a essência do Jubileu da Esperança. Ele recordou que, mesmo em tempos de conflitos e divisões, “o motivo da nossa esperança é o próprio Jesus, que veio não pela força do medo, mas para curar, libertar e instaurar um mundo novo onde a Lei maior é o amor”.
O bispo destacou ainda a dimensão comunitária da fé, lembrando que a vida cristã não se sustenta no isolamento. “Jesus nos chama a guardar a sua Palavra e a viver em comunhão, porque o amor só é possível no relacionamento entre nós”, afirmou. Para Dom Pedro, é na fraternidade e na partilha que os discípulos tornam visível o Reino de Deus no mundo.
Por fim, falou sobre a ação do Espírito Santo, comparando-o ao vento invisível, mas indispensável para a vida. “Esse vento que não vemos, mas que dá vida à Igreja e faz arder o coração dos discípulos”, disse o bispo. Ele concluiu exortando os novos crismados a colocarem seus dons a serviço da comunidade, tornando-se missionários da esperança.
Após a homilia, seguiu-se o rito sacramental da Crisma. Dom Pedro, junto de outros quatro sacerdotes, invocou o Espírito Santo sobre os crismandos e ungiu a fronte de cada um com o Santo Óleo do Crisma, confirmando-os na fé.
A liturgia contou ainda com uma bênção especial para todos os agentes de pastoral, pedindo que, renovados pelo Espírito, retornem às suas comunidades fortalecidos na missão. Em seguida, como pede a Igreja no Ano Santo, todos se uniram em oração pelo Papa Leão XIV, sucessor de Pedro, fortalecendo a comunhão com a Igreja universal e cumprindo as condições para a indulgência plenária.
Ao final, Padre Everton Gonçalves Costa, vigário episcopal para a pastoral, agradeceu o testemunho e a dedicação dos agentes. Ele recordou que esta foi a última das grandes peregrinações jubilares com Dom Pedro, que ao longo do ano reuniu crianças, jovens, famílias, idosos, enfermos e, agora, os trabalhadores da messe. Ressaltou ainda que os locais santos da Diocese continuam a acolher paróquias e comunidades em peregrinação, como expressão de fé e unidade. Por fim, convidou todos para o encerramento oficial do Ano Jubilar da Esperança, que acontecerá em dezembro, na Catedral Nossa Senhora do Carmo.