O Santuário Nacional de Aparecida, no dia 27 de setembro, recebeu os diáconos permanentes do Estado de São Paulo, entre eles os da Diocese de Santo André, que se uniram em peregrinação para celebrar o Jubileu Ordinário de 2025. O encontro reuniu cerca de 620 pessoas, sendo 318 diáconos, 41 alunos das escolas diaconais e 260 esposas. Foi um dia marcado pela partilha, pela espiritualidade e pela certeza de que o ministério diaconal floresce quando vivido em comunhão.
A programação teve início às 10h, diante da Tribuna Bento XVI. Ali, o Diácono João Lázaro da Silva, da Diocese de Santo André e vice-presidente da Comissão Regional dos Diáconos (CRD-Sul 1), conduziu a abertura do Jubileu. Em seguida, o Santo Terço foi rezado de forma especial: as esposas dos diáconos assumiram o protagonismo da oração, recordando que a vida diaconal é testemunho que envolve toda a família, unindo o sacramento da Ordem à sacralidade da vida matrimonial.
Após esse momento de fé, Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto e Bispo Referencial da CRD Sul 1, acolheu todos os participantes. Inspirado pela Bula do Papa Francisco, Spes non confundit, ressaltou que o Jubileu é tempo de esperança e conversão, e que a peregrinação até a Casa da Mãe Aparecida fortalece a missão dos diáconos de serem servidores da Palavra, da Caridade e da Liturgia em todo o Estado de São Paulo.
A manhã seguiu com três fortes testemunhos que revelaram a riqueza do ministério diaconal. O diácono Edson da Silva Medeiros, da Diocese de Mogi das Cruzes, partilhou sua experiência com os irmãos em situação de rua, mostrando que o diácono é chamado a ser sinal da ternura de Deus para aqueles que vivem à margem da sociedade. O diácono José Benedito dos Santos, de São José dos Campos, trouxe sua vivência na Pastoral Carcerária, relatando histórias de transformação de ex-presidiários que, como São Dimas, encontraram no encontro pessoal com Cristo a possibilidade de uma vida nova. Por fim, o diácono Paulo César Nascimento, da Arquidiocese de Ribeirão Preto, falou sobre a missão junto às juventudes, lembrando as palavras de Puebla que convidam os jovens a serem protagonistas da evangelização, desde que acolhidos e acompanhados pela Igreja.
Encerrando os testemunhos, o diácono José Silva, presidente da CRD-Sul 1, agradeceu a presença de representantes de 29 dioceses do Regional e destacou o cuidado e a dedicação de dois anos na preparação desse encontro. Para ele, a peregrinação foi sinal de unidade e comunhão entre as dioceses, fortalecendo a missão que cada diácono leva adiante em sua Igreja particular.
À tarde, a grande procissão marcou a caminhada até a Basílica. Guiados pela Cruz de Cristo e pela imagem de Nossa Senhora Aparecida, conduzida por Dom Moacir, os diáconos e suas famílias seguiram entoando cânticos de louvor. Muitos romeiros que estavam no Santuário se emocionaram ao testemunhar aquela procissão tão expressiva, em que a Cruz brilhou como sinal de esperança e Maria apareceu como Mãe e companheira de caminho.
Ao entrar pela Porta Santa, todos se dirigiram ao presbitério da Basílica, onde a peregrinação foi coroada com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Moacir e concelebrada por diversos padres. A Eucaristia, ápice da fé cristã, reuniu diáconos, esposas, familiares e romeiros de todo o Brasil em um só louvor. Foi o momento em que cada diácono renovou sua entrega e reafirmou seu chamado a servir com alegria, sustentado pela esperança que vem de Cristo.
Assim, os diáconos da Diocese de Santo André, em unidade com todo o Regional Sul 1, viveram um dia de profunda fé, devoção e comunhão em Aparecida, confiando à Mãe do Senhor a missão de continuar sendo, no coração da Igreja, sinais vivos da esperança que não decepciona.




