Diocese de Santo André

Missa Crismal renova amizade profunda de todo o clero com Jesus

“Hoje (sexta) é dia de renovar esta amizade profunda com Jesus. Amizade cultivada na oração e espiritualidade. Amizade é a palavra-chave deste dia. Podemos ler toda a história da salvação a partir desta palavra-chave: amizade. Nosso relacionamento com Jesus deve estar fundado numa amizade profunda com Ele e, a partir daí, com os irmãos, principalmente os irmãos presbíteros”, destaca o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, durante a homilia da Missa Crismal, também conhecida como a Missa dos Santos Óleos, ocorrida nesta sexta-feira (28/08), na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Santo André.

A missa conta tradicionalmente com dois atos fundamentais como a bênção dos Santos Óleos do Crisma, dos Enfermos e do Batismo; e a renovação das promessas sacerdotais.

Sentido da amizade

Uma celebração diferente, sem a presença de público, mas que enfatizou a unidade diocesana, por meio dos inúmeros fiéis de mais de 80 paróquias que acompanharam a transmissão pelas mídias sociais, e dos sacerdotes, diáconos e seminaristas que simbolizaram essa amizade tão valorizada por Jesus Cristo.

“Meus queridos presbíteros, Jesus quer ter esta amizade profunda, pura, cheia de ternura para com cada um de nós. Mas nós queremos, uma amizade assim, com Ele? Estamos sabendo dizer sim a esta oferta maravilhosa de amizade? Ou achamos que é muito para nós o que Ele oferece? Que não daremos conta de termos um amigo assim? Exigente?”, questiona Dom Pedro.

“Talvez meus caros padres, seja necessário experimentar uma amizade humana, entre nós, ter um amigo de verdade, fazer uma experiência de amizade profunda, com um colega presbítero de preferência, para, a partir desta experiência, assumir a amizade com Cristo. Viver a amizade com nosso amigo, colocando Jesus como paradigma e meta a ser alcançada juntos, na amizade. Em um mundo individualista, isto é, um testemunho e profecia do Reino”, medita o bispo.

Conceitos de amizade

Em sua homilia do Evangelho, o bispo indica alguns caminhos baseados nos conceitos de amizade previstos nas Sagradas Escrituras; citações como a de Frei Luiz de León “A amizade faz de duas almas uma única alma (É o sentimento mais profundo do ser humano, o único que pertence absolutamente à alma”, ou mesmo de alguns autores medievais que chegaram a referir à amizade, o discurso de São João sobre o amor: “Quem permanece na amizade permanece em Deus e Deus nele”; (cf. Alredo di Rievaulx, L ‘Amicizia spirituale, Milão, 1996, 130).

“A amizade, portanto, não é egoísmo a dois, mas remete a comunhão trinitária. A amizade pura é uma imagem da amizade original e perfeita, aquela da Trindade, essência mesmo de Deus. “Pode-se pensar que a amizade pura, de intimidade e ternura, contenha como a caridade, algo similar a um sacramento” (Simone Weil, Láttesa di Dio, Milão, 1996, 155 – 156). A felicidade está articulada com aquilo que o dinheiro não compra, e a amizade é uma delas”, sintetiza.

Dom Pedro complementa em sua reflexão final aos sacerdotes: “Exorto vocês a serem amigos entre vocês, mas também a terem um amigo de verdade. Uma amizade profunda, espiritual, íntima e terna, com outro colega presbítero. Só um padre entende outro padre. Esta será certamente uma experiência que abrirá as portas para a união com Cristo”, finaliza.

Leia aqui a homilia na íntegra

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