Diocese de Santo André

Homenagem a Dom Décio

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”  Antoine de Saint-Exupery

Por Osmarina Pazin Baldon

Dom Décio Pereira, terceiro bispo de nossa Diocese de Santo André, nasceu em 15/04/1940 e faleceu no dia 05/02/2003.

Sua vida foi como que delineada pelo lema escolhido para sua Ordenação Episcopal  –  UT VITAM HABEANT – Para que todos tenham vida.

Como nos esquecermos daquele pastor carinhoso de olhar sorridente, de voz macia a nos dizer “Coragem, minha santa! Coragem,  meu santo! Daquele “vovozão” que tinha sempre sob sua mesa, um pote com balas para  adoçar nossas vidas e fornercer-nos energia para continuássemos  nossa caminhada num contexto em que todos deveríamos fazer pastoral, ir até as ovelhas desgarradas, como nos propõe, hoje, nosso querido Papa Francisco.

Um jovem bispo, um grande pastor… uma estrela de tanta luz própria que iluminava a todos que estavam ao seu redor. Um homem, cuja vida, foi pura doação para que todos tivessem vida, e vida em abundância, fazendo justiça ao lema de sua ordenção episcopal e seguindo os passos do grande pastor e senhor da messe, o próprio Jesus. (Jo 10,11)

 – Menina! Menina! Sempre brincando! –  disse-me certa vez. Mas, se brincávamos com ele é porque, em sua presença, nos sentíamos acolhidos como filhos e filhas … como netos e netas …. à espera de um afago aconchegante de alguém tão especial que acolhia a todos indistintamente.

Na galeria de fotos do saguão do Edifício Sede de nossa Mitra Diocesana, lá está sua foto… Sorrindo e nos acolhendo calorosamente como sempre fez.

Completaria 75 anos no próximo dia 15 de abril de 2015. Foi arrebatado enquanto dormia aos 63 anos de idade, recem chegado de Roma, de sua Visita Ad Limina Apostolorum.

Muito ainda para viver? Muito cedo para finalizar sua missão aqui na terra?  Não sabemos, mas dele, tranquilamente, podemos nos expressar como São Paulo, no versículo 4 da segunda carta a Timóteo: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei  a fé. Para mim já está reservada a coroa da justiça, que certamente me reservou o Senhor.”

Partiu há 12 anos, mas queremos celebrar, in memorian , a vida de Dom Décio Pereira, que deixou tantas saudades e tantas marcas profundas na história de nossa Diocese e em  nossos corações.

Um testemunho, uma saudade:

 No dia 20 de janeiro de 2003, nós estávamos em Roma para o Encontro Internacional dos Casais Regionais das Equipes de Nossa Senhora.

Neste dia, tivemos uma audiência com nosso saudoso Papa João Paulo II, hoje São João Paulo II. Estávamos na Sala São Clementino, onde o papa viria nos acolher e nos falar, quando Dom Airton José dos Santos (hoje Arcebispo de Campinas, na época, Bispo Auxiliar em nossa Diocese) e Dom Décio Pereira vieram até nós, um pouco antes do Papa chegar, pois sabiam que estávamos lá pelas Equipes de Nossa Senhora. Eles,  pela Visita Ad Limina Apostolorum.

Dom Décio, sempre brincalhão, nos disse: – Então é só seus bispos saírem  da Diocese, e vocês correm passear?  E eu lhe disse: Tem um ditado que diz que “Se os gatos saem, os ratos tomam conta… Pois é…. Vocês viajaram, e nós viemos atrás de vocês.

Foi aí que ele disse: Menina, Menina… sempre brincando…. E deu uma bela gargalhada.

Despediu-se de nós, e antes de cruzar aquela alta porta, voltou-se para nós e nos acenou.

Aquela imagem de nosso pastor nos acenando, mão direita erguida, lá naquela porta, nunca mais se apagará de nossa memória….

Os demais casais que lá se encontravam nos disseram sermos muito privilegiados, pois além da audiência com nosso querido Papa ainda tínhamos ganhado a bênção de nossos dois bispos.

Nós chegamos ao Brasil no dia 02 de fevereiro; Dom Décio chegou no dia 1º de fevereiro… quatro dias antes de sua partida para a Casa do Pai.

Estar naquela sala… aguardando nosso Papa…. recebermos, inesperadamente, a visita e a bênção de nossos bispos, não dá para explicar….  são lembranças que aquecem nossos corações e nos dão muita força para continuar nossa missão pastoral pela Vida e pela Família.

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