A instalação da décima Região Pastoral da Diocese de Santo André aconteceu durante a missa celebrada na noite de 21 de julho, na Paróquia São José em Ribeirão Pires. Ali Dom Pedro Cipollini oficializou a Região Pastoral Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que foram desmembradas de Mauá. O Coordenador desta Região é o Padre José Silva e o Secretário é o Padre Rogério Duarte.
Em um profundo trabalho de pesquisa elaborado pelo seminarista Hamilton Gomes do Nascimento e lido pelo Vigário Episcopal para a Pastoral, Padre Joel Nery, ficamos sabendo que A região pastoral Ribeirão Pires – Rio Grande da Serra compreende uma população de 160.138 habitantes.
A paróquia São José, criada em 1911 e com onze comunidades, possui 50.636 habitantes, compreendendo parte do distrito-sede do município de Ribeirão Pires.
A paróquia Senhor Bom Jesus, criada em 1956, possui 921 habitantes, no extremo leste do distrito de Paranapiacaba, município de Santo André.
A paróquia São Sebastião, criada em 1960 e com catorze comunidades, possui 44.910 habitantes, compreendendo todo o município de Rio Grande da Serra e parte do distrito de Paranapiacaba, em Santo André.
A paróquia Sant’Ana, criada em 1966 e com cinco comunidades, possui 20.662 habitantes, compreendendo parte do distrito-Sede do município de Ribeirão Pires.
A paróquia Santa Luzia, criada em 1999 e com oito comunidades, possui 35.082 habitantes, compreendendo os distritos de Jardim Santa Luzia e Ouro Fino Paulista, no município de Ribeirão Pires.
A paróquia São Judas Tadeu, criada em 2008 e com cinco comunidades, possui 7.927 habitantes, compreendendo o sul dos distritos-Sedes dos municípios de Ribeirão Pires e Santo André e parte do distrito de Paranapiacaba, também em Santo André.
Histórico
A região possui origens muito antigas remetendo às primeiras povoações da Diocese. O primeiro núcleo de povoamento remete ao povoado de Geribatiba, citado pelo Pe. Manoel da Nóbrega em 26 de maio de 1560 em carta a Santo Inácio de Loyola, este núcleo, após muitas transformações, corresponde à atual cidade de Rio Grande da Serra.
Já Ribeirão Pires teve seu povoamento iniciado com a atual capela do Pilar, que data de 25 de março de 1714. A origem de Paranapiacaba corresponde ao principal elo da região, a ferrovia, que teve sua construção iniciada em 1860.
As comunidades mais antigas da Diocese estão aqui: a capela de Nossa Senhora do Pilar, que data de 1714 e a Capela Santa Cruz ou São Sebastião do Rio Grande, cuja data de construção é atribuída a 1611.
A espiritualidade da região tem origens bastante diversas, em geral fruto da contribuição dos memoráveis padres, religiosos, religiosas e um grande exército de leigos que imprimiu suas marcas no propagar da fé. Recordamos com grande alegria e entusiasmo dos escalabrinianos, em especial o Pe. Luiz Capra, que ajudou muito na construção das matrizes de Ribeirão Pires e Paranapiacaba. Também do Pe. José Pisoni, apóstolo dos pobres de Rio Grande da Serra, de padres estrangeiros das missões Fidei Donum como Pe. José Raschele e Pe. Erwin Kaufmann, dos franciscanos, dos redentoristas, dos padres do Verbo Encarnado, dos padres de Santa Cruz, dos padres Filhos da Caridade e dos padres diocesanos.
Hoje, com a graça de Deus, entre nós, continuam os padres escalabrinianos e diocesanos, bem como diversas congregações religiosas, em especial as femininas, que nos ajudam a viver a fé nestas comunidades que preservaram suas matas, suas águas, seu ar e o seu frio. Estes mesmos, nos ajudam a perceber as grandes mazelas sociais que existem nas nossas periferias e nas zonas rurais.