Diocese de Santo André

Educar na Alegria transformadora do Evangelho

O Santo Padre Francisco em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium “Alegria do Evangelho” apresenta muitas reflexões importantes para a vivência do Evangelho no cotidiano, então neste texto será destacado um aspecto relacionado aos desafios do mundo atual.

A entrada ao tema colocada pelo Papa é muito profunda, pois ele sinaliza que a humanidade contemporânea, embora, em meio a progressos em vários campos, sendo louvável, por exemplo, os avanços que contribuem para o bem-estar das pessoas nos âmbitos da saúde, educação e comunicação, deve questionar: esses progressos atingem a todos? A resposta parece simples, não atinge. E o Papa sobre isso adverte que “não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres de nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências” (EG. nº 52).

As consequências dessa negação de igual acesso aos bens contemporâneos são: aumento de doenças, medo e desespero, o enfraquecimento da alegria de viver, cresce a falta de respeito e a violência. Por tudo isso, torna-se necessário lutar para viver e, por vezes, viver com pouca dignidade.

Viver com dignidade exige uma superação da lógica do consumismo e das desigualdades sociais. Essas duas dimensões, alerta o Papa, são daninhas para o tecido social gerando, por exemplo, a violência. Diante das violências, há grupos que procuram culpar as próprias vítimas, os pobres ou mesmo os países pobres dos seus males. O mecanismo de alienação dos vitimados é encontrado numa “educação” que tranquiliza e domestifica, pontua o Papa, tornando inofensivos os oprimidos. À luz dessa colocação do Papa, é salutar pensar em Paulo Freire quando afirma que se faz uma educação bancária que gera o ser menos, ou seja, limita a formação do outro para que ele continue domesticado. Muitas vezes todo esse processo esconde a lógica da corrupção, seja qual for a ideologia política.

Tudo isso, somado à negação da transcendência, ao aumento do relativismo – producente de uma deformação ética – atinge, sobretudo, a adolescência e a juventude sufocada por uma sociedade das muitas informações que não passam da superficialidade. Nesse sentido o Papa aponta ser “necessária uma educação que ensine a pensar criticamente e ofereça um caminho de amadurecimento nos valores” (EG, nº 64).

Esse movimento educativo requer conhecimento cultural, sendo assim é possível um diálogo com o mundo – arte, filosofia, ciências… – para a consolidação de uma educação crítica e libertadora. Em linhas gerais, o Papa defende que a educação deve potencializar a conscientização dos excluídos com o objetivo de lutarem contra a “globalização da indiferença”.

Escrito por Jerry Adriano Villanova Chacon, filósofo e educador, membro da Pascom da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Santo André.

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