Evento com o escritor e jornalista aconteceu no domingo (17/12), após a missa em italiano, na Matriz Nossa Senhora da Boa Viagem – Basílica Menor, em São Bernardo do Campo, e também teve a presença do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini
Esse terceiro livro finaliza a história da Igreja no Grande ABC nos últimos 300 anos, através dos monumentos mais antigos. A atividade foi organizada pelo casal Roberto e Miriam Vertamatti (coordenadores da Comissão Diocesana em Defesa da Vida). A celebração foi presidida pelo pároco da Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, Giuseppe Bortolatto.
Após o atendimento ao público presente com dedicatórias nos exemplares, Ademir Medici, que também é colunista do Diário do Grande ABC, conversou exclusivamente com a reportagem da Diocese de Santo André sobre detalhes da obra. Confira!
1) Quais as principais motivações e inspirações para a elaboração deste terceiro livro da série dos 300 anos da presença da Igreja no Grande ABC?
Primeiramente, fomos conversar com Dom Pedro. Eu, o padre Giuseppe (Bortolatto, pároco da Matriz SBC) e o Roberto Vertamatti para falar da importância dos 300 anos do batismo da Borda do Campo, que hoje é São Bernardo do Campo, e Tijucuçu, que hoje é São Caetano. Porque a Igreja não tinha essas informações. Então nós passamos esses dados.
Naquela audiência, ele (Dom Pedro) sugeriu que fizesse um livro focalizando as capelas antigas. Dali em diante, passamos a pesquisar e fizemos o complemento dos dois livros anteriores, ou seja, a trilogia: o primeiro, que trata dos cem anos da presença dos scalabrinianos (missionários carlistas), aqui em São Bernardo; o segundo livro, que trata da criação da primeira paróquia (1812-2012), que é a própria Matriz são bernardense e durante cem anos foi a única paróquia na região; e essa edição que trata dos 300 anos do batismo (da Igreja no Grande ABC).
Até 1717 não havia São Bernardo, nem São Caetano. Eram nomes antigos. Então, marca-se o início da construção de duas capelas: uma onde é hoje o Bairro Fundação, em São Caetano; e outra onde é o Supermercado Carrefour, em São Bernardo, ambas fazendas dos beneditinos à época.
2) Como foi o processo criativo para a produção do material?
A medida que os livros anteriores eram lançados, nós recebíamos mais informações. Então, a gente entendeu que dava para fazer um livro complementando os anteriores.
Contamos com ajuda de várias pessoas. Por exemplo, tem um capítulo do professor José de Souza Martins dizendo que, realmente, são 300 anos o início da construção da capela que não existe mais em São Caetano, mas que os beneditinos já tinham terras por aqui até antes da construção. O Vicente D’Angelo descobriu um mapa de 1815, onde aparece São Bernardo e São Caetano. O João Nascimento encontrou um pergaminho falando sobre as terras de São Bernardo velho. Fizemos questão de dar os créditos a todos eles.
3) Quanto tempo para organização e finalização deste terceiro livro?
Dois meses. Porque nós tínhamos material. O trabalho foi sentar e organizar as ideias.
4) Qual o principal destaque desta publicação?
Acredito que é a capa. Somos sete municípios. Cada um com a sua padroeira global e depois subdivide nas várias outras paróquias. Então, qual foi a ideia? De reunir pela primeira vez na capa e na contracapa, as imagens dos santos padroeiros. Santo André, que está na Cúria (Diocesana); o São Bernardo, imagem do século XVIII, que está no saguão de entrada dos beneditinos em São Paulo; o São Caetano de Thiene, que está no Bairro Fundação; e os quatro demais santos, a Imaculada Conceição de Diadema; a Imaculada Conceição de Mauá; São José, em Ribeirão Pires, e São Sebastião, em Rio Grande da Serra.
E na capa já colocamos essas informações. Pela primeira vez aparece um documento com as imagens dos sete santos (que representam cada município do Grande ABC).
Reportagem e fotos: Fábio Sales