Diocese de Santo André

Sub-Região Pastoral SP II promove Manhã de Formação

Como tradicionalmente acontece a cada início de ano, liderança das 8 dioceses que compõe a Sub-Região Pastoral SP II, da CNBB participaram do 23º Encontro Ampliado, na manhã de sábado, (24/02), no Auditório da Cúria Diocesana de Santo Amaro. Além da presença dos representantes da Diocese de Santo André, que ali esteve com sacerdotes, diáconos e coordenadores de algumas das nossas pastorais, também estavam as Dioceses de Santo Amaro, São Miguel Paulista, Campo Limpo, Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes e Santos.

A temática escolhida para este ano enfocou o Itinerário à Vida Cristã, e foi elucidada por Dom Leomar Antônio Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre e membro da comissão episcopal da Doutrina da Fé da CNBB.

O bispo delineou o contexto cultural atual, globalizado, internético e multirreligioso e as plurais dimensões desta cultura e o ser humano circundado por esta realidade. Também explanou sobre a complexidade do ser humano contemporâneo e como ir ao seu encontro. Neste parâmetro reforçou que urge a necessidade, antes de olhar para frente, conhecer bem o passado, a história, para darmos um sentido de continuidade e para o próprio futuro.

Conhecer a realidade para encontrar caminhos de ação

Dom Leomar deixou claro em sua palestra, que não se trata de ser negativista, e só ver as dificuldades, mas sim dialogar com esta realidade, a fim de encontrar as respostas que nos indiquem o caminho a ser trilhado. Aqui os pontos que apontou:

– Vivemos uma “pastoral de eventos”, que gasta muita energia, mas onde não existe um processo consciente, forte e lento de evangelização.

– Perguntemos: Qual a grande causa dos jovens não vivenciarem a vida cristã na comunidade da Igreja?

– A sociedade não está formando cidadãos. O humanismo ateu vai se provar como um grande tiro no pé. Isso não é humanismo.

– Os novos casais dizem: “Não quero ter filhos num mundo que está por se autodestruir”. E “Se não se crê nesta vida, como acreditar em uma outra vida futura”.

– Não pode existir cristianismo, se o católico não vive em uma comunidade cristã.

– Hoje estão querendo ser mais católico que o Papa e mais cristão do que Cristo.

– Interioridade – Fecha-se em si mesmo. Gerando individualismo, querem o conforto material. “Eu e eu”, “Eu e meu Jesus”, “Eu e minha fé”. Não se vive mais de forma comunitária.

– Orfandade – Nos tornamos órfãos. Existem progenitores, mas não pais. São “paitrocinadores”. A experiência nada vale. O idoso é discriminado. Os jovens casam-se tarde e ao separarem voltam à casa dos pais. Levam os filhos para os avos cuidarem. E na próxima geração. Como isso será feito?

– Convulsidade – As pessoas vivem inquietas, convencidas de que há algo errado no mundo em que vivemos. Cresce o sentimento depressivo e que atinge a todos de uma forma geral. Não escapa ninguém. Uma população que precisa desesperadamente de uma visão, um ideal a qual possam se dedicar. E sem dúvida de uma fé.

– A nova geração não quer a casa de grande proporção como a de seus pais. Não querem pensar em comprar um vaso para por num canto da sala. Querem sair. Querem conhecer outros lugares. Viajar, ver o diferente.

– É nesta realidade social que a Igreja precisa evangelizar. A pergunta é para descobrir a melhor forma de agir. A catequese do tipo didático escolar não serve mais.

A Iniciação à Vida Cristã possui três aspectos implicados:

1 – Um modo concreto de fazer esta caminhada

2 – O entendimento é de que todos precisamos estudar. A iniciação à vida cristã é algo que não compreendemos direito. Todos precisamos ficar abertos para esta novidade. Aqui um lembrete: Padres além de darem santinhos, presenteiem os catequistas com livros…

3 – Um certo modelo de paróquia. Mais acolhedora, Mais humanizada, Mais participativa, identificada com uma família cristã.

– A catequese é mais uma atividade para as crianças. E não é a principal.

– Afinal onde está o problema. Papa Bento XVI tratou desta questão ao afirmar que estamos vivendo uma crise de fé. E que ela acontece dentro da própria Igreja. Não temos mais Jesus Cristo como pressuposto de nossas ações. Não me parece que estamos sendo Cristo em nossas atitudes. Assim como testemunhar, como ensinar os catequizandos?

– Estamos formando adeptos e isto significa fãs. Não estamos formando discípulos, que significa seguir até na cruz. Hoje temos muita crença e pouca fé.

– Não serve buscar culpados. Nem entre padres e catequistas e nem entre os pais e padrinhos.

– Nova evangelização. Novo modo de estar no mundo. Novo modo de ser, agir e comunicar a fé.

 

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