“Por uma igreja participativa, que também promova a justiça e a fraternidade”. As palavras do padre Roberto Alves Marangon, o padre Beto, demonstram o caminho que pretende seguir em sua nova casa, a Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, ao ser acolhido com aplausos dos inúmeros paroquianos, durante a solenidade de posse como pároco, realizada na noite de domingo (10/02), na cidade de Diadema.
A missa presidida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, também contou com as participações do coordenador da Região Pastoral Diadema, padre George Fernandes; dos sacerdotes Leandro Alves de Figueredo (pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia – Diadema); Adriano Pereira da Silva (pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo – São Bernardo); Júlio Rodrigues Neves Jr. (pároco da Maria Mãe dos Pobres- Diadema), Flávio José dos Santos (vigário na Catedral Nossa Senhora do Carmo – Santo André), pelo secretário episcopal, padre Camilo Gonçalves de Lima, além do diácono Marcos Diones.
“Aqui chega um bom padre, o padre Beto. Que tem a missão de ser esse bom pastor, como ele tem sido. Esse Bom Jesus. Padre Beto vai ser o Bom Jesus para todos que aqui chegaram, acolhendo e abençoando. Que todos possam unidos a ele, como rebanho cheio de fé, de esperança e também vocacionado a essa caridade, continuar vivendo aqui esse testemunho do qual o mundo precisa”, conclama Dom Pedro.
Padre Beto sucede o padre Dayvid da Silva, que assumiu no sábado (09/02), a Paróquia Imaculada Conceição, a Matriz de Diadema.
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Participação e fraternidade
Momentos após a solenidade de posse como pároco, padre Beto recebeu a reportagem da Diocese de Santo André para um bate-papo sobre as iniciativas e atuação da Igreja na sociedade.
“O desafio maior é termos uma igreja participativa, uma igreja que também promova a justiça, a fraternidade, especialmente agora sob o impulso da Campanha da Fraternidade. Mas penso que é um momento muito forte onde devemos nos empenhar para a coerência naquilo que nós pregamos, naquilo que nós propomos a nossos fiéis e aquilo que estamos vivenciando”, elucida.
O sacerdote expressa certa preocupação em relação aos rumos do país. “É um momento frágil que estamos vivendo no Brasil, de estrutura econômica, política e religiosa. Penso que é um empenho que todos nós devemos empreender. Ouvindo também o apelo do Papa Francisco que constantemente nos pede coerência naquilo que é ser cristão, naquilo que é levar o evangelho encarnado, que seja possível viver plenamente”, analisa.
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Trabalho e integração
Sobre sua atuação sacerdotal pela primeira vez numa igreja do município diademense, padre Beto acredita que a realidade não seja diferente de boa parte das paróquias da região.
“Minha proposta é conhecer e amar, sobretudo, a paróquia e a cidade. Ajudar não somente no aspecto religioso, que é o nosso próprio, mas que também possamos estar inseridos nos desafios sociais, aquilo que humanamente possamos trabalhar”, pensa o sacerdote.
Padre Roberto Alves Marangon nasceu em 14 de novembro de 1955 (63 anos). É natural de São Caetano do Sul. Sua ordenação presbiteral ocorreu no dia 5 de dezembro de 1992 (26 anos de sacerdócio). Passou pelas paróquias Nossa Senhora de Guadalupe (São Bernardo do Campo), São Bento (São Caetano do Sul) e São João Batista (São Bernardo do Campo), onde permaneceu por uma década (2008-2018).
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Caridade pastoral
Dom Pedro escolheu um tema especial para oficializar padre Beto como pároco da Paróquia Bom Jesus de Piraporinha: a caridade pastoral.
“O amor a Deus ocupa o primeiro lugar na ordem dos preceitos. Mas o amor ao próximo ocupa o primeiro lugar, na ordem da execução de Santo Agostinho. Enfim, a caridade pastoral orienta o padre a lidar com bondade, generosidade, paciência. A acolhida e missão são características da comunidade e do pároco que ama. Que amam Jesus”, sintetiza o bispo diocesano.
Dom Pedro fez questão de elogiar a dedicação dos paroquianos na condução da evangelização na região e o carinho com que recepcionaram o novo pastor.
“Uma comunidade que realmente não perde tempo em coisas menores, mas que procura evangelizar, viver a fé, acolher, ser missionário é uma grande luz, é a luz pascal de Cristo no local. Luz que ninguém pode apagar. Que hoje (10/02), com o início do ministério do padre Beto, essa luz possa brilhar com mais intensidade, pela experiência dele, pelo amor com quem ele vem até vocês e com esse amor estou vendo, vocês estão o recebendo”, salienta.
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Rito da posse
A leitura da provisão de posse do padre Beto foi realizada pelo coordenador da Região Pastoral – Diadema, padre George Fernandes. Em seguida, o novo pároco recebeu o livro das sagradas escrituras das mãos de Dom Pedro, sendo interrogado momentos depois, a fim de manifestar a disposição de cooperar com o bispo, trabalhando em comunhão e cuidando com zelo da paróquia que está sendo entregue a ele.
Recebeu objetos entregues pela comunidade, as chaves da igreja e do sacrário, a jarra com água batismal e a estola roxa. Antes de ser empossado, fez o juramento de fidelidade e foi aclamado pelos paroquianos locais, além dos amigos e amigas da Paróquia São João Batista, que prestigiaram o ato religioso.
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Leia na íntegra a homilia de Dom Pedro.