Diocese de Santo André

Abertura da Semana Bíblico-Catequética prega cultura da acolhida e Igreja em saída

Palestras de formação continuam nesta terça e prosseguem até a próxima sexta, em cinco locais das regiões da Diocese de Santo André

Priorizando os itinerários do 8º Plano Diocesano de Pastoral e em sintonia com o discurso do Papa Francisco por uma “Igreja em Saída”, a abertura da Semana Diocesana Bíblico-Catequética aconteceu na noite de segunda-feira (01/07), simultaneamente em cinco locais das regiões pastorais da Diocese de Santo André.

Os encontros formativos prosseguem até 5 de julho e são destinados aos catequistas paroquiais da Animação Bíblico-Catequética que atuam em todas as idades à luz da 4ª Semana Brasileira de Catequese, “A Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”.

No evento ocorrido no salão paroquial da Igreja Matriz de São Bernardo – Basílica Menor da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, cerca de 350 catequistas das regiões Centro, Anchieta e Rudge Ramos de SBC lotaram o espaço para assistirem a exposição do coordenador diocesano da Pastoral Catequética, Pe. Eduardo Calandro, que apresentou o tema “Anunciar e Testemunhar Jesus Cristo num Mundo Plural – Novos Interlocutores”.

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8º Plano de Pastoral

O sacerdote explica que a proposta dessa temática está totalmente de acordo com o 8º Plano Diocesano de Pastoral, ao propor uma cultura e espiritualidade da acolhida dos novos interlocutores.

“Temos uma diversidade de novos interlocutores. Temos pessoas que vem ao nosso encontro com toda uma cultura religiosa já pré-estabelecida. Temos pessoas que estão por aí e são indiferentes. Temos pessoas que são transformadas por essas novas tecnologias. Temos pessoas necessitadas de afeto, de estima e de acolhida. Temos pessoas de uma pobreza. O que temos que abraçar como proposta de iniciação à vida cristã desses novos interlocutores é a proposta da acolhida, totalmente em comunhão com o plano de pastoral”, elucida.

Ainda segundo Pe. Eduardo, a iniciativa em descentralizar a semana catequética para mais praças tem atingido o objetivo de possibilitar a mesma formação para catequistas de todas as dez regiões pastorais.

“Há uns três anos fazíamos na Cúria. Somente aqui em São Bernardo temos 350 pessoas. Tenho certeza que tivemos mais de mil pessoas neste primeiro dia em todos os cinco locais de formação. A proposta desta ação é sensibilizar os catequistas para esse novo paradigma de iniciação à vida cristã, com temáticas como Querigma, a formação da comunidade, novas tecnologias, a liturgia e os novos interlocutores”, comenta.

Confira a programação da Semana Bíblico-Catequética: https://www.diocesesa.org.br/2019/06/semana-diocesana-biblico-catequetica-acontece-entre-os-dias-1o-e-5-de-julho/

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Desafios

De acordo com o coordenador da Pastoral Catequética, os grandes desafios de sermos cristãos no mundo atual e formar cristãos adultos na fé estão aliados a metodologia para uma atuação coerente com os debates iniciados, a partir do Sínodo Diocesano.

“Ir ao encontro das pessoas que estão chegando. Ou fazemos isso, ou parafraseando aquilo que Dom Pedro (Carlos Cipollini, bispo da Diocese de Santo André) tem nos alertado, vamos nos tornar uma ilha de católicos. Esse é o grande risco”, frisa Pe. Eduardo.

Para ele, a iniciação à vida cristã rompe com esse cenário, ao trabalhar um novo jeito de anunciar Jesus Cristo para os novos interlocutores.

“Como fazemos isso? A partir do encantamento. Temos que nos encantar para poder encantar os outros. Quanto mais fazermos isso, mais vamos evangelizar”, garante.

Neste sentido, o administrador Vladinilson da Silva, 44 anos, considera que a preparação para uma melhor acolhida é fundamental para manter e resgatar ‘ovelhas desgarradas e perdidas’.

“Muitos irmãos também têm mudado de igreja, justamente pela falta da acolhida. Nossa igreja está concentrada nos grandes centros e a periferia sente falta da nossa acolhida. Então, o caminho é descentralizar. Sairmos do nosso muro e ir atrás deles, ou seja, praticar a Igreja em Saída, como pede o Papa Francisco”, constata o catequista de pais e padrinhos, há três anos no Santuário Nossa Senhora de Aparecida, no Bairro Paulicéia.

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Novo jeito

Na opinião de catequistas que participaram da palestra com Pe. Eduardo, um dos pontos que chamaram a atenção foi a orientação sobre a forma de promover a Boa Nova nos tempos atuais.

“Essa palestra fez a gente repensar a mudança de um conceito antigo e tentar falar de Jesus, não falando propriamente de religião, mas falando de Jesus como uma pessoa, humanizando para se aproximar mais do outro. Sem ser algo burocrático, mas agradável e acessível para todos”, avalia a catequista de crianças, Kátia Baldin, 49 anos, que exerce a função há dois anos na Paróquia Santíssima Virgem.

“Gostei bastante do conteúdo, principalmente em relação ao trabalho que devemos reforçar nesta evangelização com os mais pobres”, completa o bancário Jonathan Nobre Rocha, 30 anos, e há 12 anos como catequista de crianças na Paróquia Nossa Senhora Aparecida,  do Bairro Alves Dias.

 

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