Bispo da Diocese de Santo André celebrou a primeira missa do ano, na Catedral do Carmo, refletindo sobre o mundo globalizado e Maria como o maior exemplo de fidelidade a Deus
Na celebração do Dia Mundial da Paz e do Ano Novo, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu a primeira missa de 2020 na manhã de quarta-feira (1º/01), na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense.
Neste dia em que também se celebra a Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus, fiéis participaram deste momento em que renovam a fé e reforçam as orações por um mundo melhor. O vigário da Catedral, Pe. Flávio José dos Santos, participou como concelebrante, e o secretário episcopal Pe. Camilo Gonçalves de Lima também auxiliou na celebração.
Dom Pedro iniciou a homilia explicando que o primeiro dia do ano intitulado como Dia Mundial da Paz foi implementado pelo Papa Paulo VI, no dia 8 de dezembro de 1967, sendo celebrado pela primeira vez há 52 anos.
A paz é fruto da fé em Jesus Cristo
O bispo prosseguiu a reflexão aos fiéis, meditando sobre o Jesus ressuscitado quando os anjos anunciam paz na terra a quem tem boa vontade, no dia do nascimento do Salvador.
“O que é essa paz? A paz não é ausência de dificuldades, de conflitos. A paz é Deus quem habita em nós. Pela vida da graça que Jesus trouxe para nós. E isto é capaz de superar todos os conflitos, evitar tudo aquilo que nos divide”, sintetiza.
A solidariedade num mundo globalizado
Segundo Dom Pedro, a população vive uma realidade maravilhosa, diante da globalização, onde se cria muitas facilidades de comunicação e encontros. “Você recebe um produto do outro lado do mundo, você fica sabendo o que está acontecendo na hora. Porém, nós vemos que isso não é capaz de nos trazer a paz. Por que? Porque essa globalização dos meios de comunicação, do comércio, de todas as áreas da vida não atingiu a solidariedade. Não é uma globalização da solidariedade. Ou seja, países que tem demais jogam fora, mas não distribuem para aquele que está longe e que não tem. E assim por diante”, elucida.
Para Dom Pedro, a solidariedade precisa ser praticada como expressão do mandamento do amor que Jesus ensinou para a humanidade e indicando o caminho para a salvação.
Fé praticada no dia a dia
O bispo da Diocese de Santo André também mencionou que Jesus é um programa de vida para afastar pensamentos negativos e acolher a salvação, por meio da vivencia do evangelho.
“Porque a nossa fé não se passa apenas no cérebro. Do cérebro tem que ir para o coração e depois para as mãos. Tem que amar com sua inteligência, com seus sentimentos e com a sua ação. Do contrario é uma fé morta”, reitera.
Maria, o maior exemplo
Concluindo a homilia, Dom Pedro citou Maria Santíssima, como maior modelo daquela que praticou a fé, acolheu e colaborou com o plano de Deus.
“Ouviu e praticou a palavra de Deus, colocando-se a serviço do plano de Deus, dos irmãos. Como foi servir Isabel. E ela que mostra Jesus para nós. O evangelho diz que os pastores, os magos, todos encontraram o menino no colo de sua mãe”, frisa, ao dizer que não há outro caminho para encontrar a felicidade, a não ser Jesus Cristo.
O bispo também pediu orações pela Igreja Diocesana no Grande ABC, a fim de que a comunhão se faça presente nos trabalhos comunitários, pastorais, na busca de receber as bençãos e salvação do Pai.