Desde o início da quarentena na segunda quinzena de março, em decorrência da pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, a Diocese de Santo André já realizou uma série de matérias e reportagens com 40 pastorais, movimentos e grupos diocesanos (dados contabilizados até o dia 3 de junho).

Essa é uma iniciativa para demonstrar que, mesmo com a ausência de atividades com presença de público, a Igreja Católica no Grande ABC tem procurado incentivar a realização de transmissões online, telefonemas e bate-papos por vídeos como forma de adaptar as ações e demonstrar unidade diocesana. Nesta quarta-feira (03/06), o convidado é o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. José Aparecido de Sousa, que analisa o período de isolamento social e os desafios para os jovens, deixando uma mensagem de fé, esperança e caridade. Acompanhe o bate-papo:

Quais atividades do Setor Juventude têm ocorrido durante o isolamento social, bem como as adaptações na quarentena?

O Setor Juventude vem articulando várias atividades durante esse tempo da quarentena. Obviamente que os grupos de jovens de nossas paróquias têm se reunido de maneira online. Isso facilita o contato com a juventude. Isso facilita o diálogo. Isso facilita com que os jovens não percam o ânimo. Essa coragem de testemunhar a sua fé, mesmo através do isolamento social.

Para isso, os grupos de jovens estão usando os recursos que eles mesmos sabem interagir, promovendo reuniões e rezando juntos. A maioria dos grupos se reúnem aos sábados e domingos nas redes sociais, realizando os encontros na medida do possível. Tenho observado com bons olhos. Alguns jovens se colocando à disposição para ajudar outras pessoas.

Quais as orientações para os jovens em tempos de pandemia?

Primeiro lugar é ficar em casa. É tempo de se cuidar. É tempo de se organizar. Muitos jovens que trabalham estão em home office, muitos jovens que estão na faculdade estudam em casa. Claro, se precisar sair, que o faça com todos os cuidados, precauções e orientações, sobretudo, usando máscaras, álcool gel, lavando as mãos, mantendo o distanciamento social neste momento que vivemos de pandemia.

Como avalia os desafios da juventude diocesana pós-pandemia?

Os desafios que encontraremos pós-pandemia, sobretudo, serão a partir dos jovens que tem gás, que tem força e já querem sair para as atividades. Isso é positivo. Mas vamos realizar de maneira gradual, sensata e com discernimento.

A cada momento, com as orientações do nosso bispo e do Ministério da Saúde, vamos criando momentos para que possamos voltar ao normal aos poucos, nas atividades, nos encontros, nas reuniões, nas celebrações litúrgicas. De maneira prudente, fazer com que os jovens retomem suas atividades, seja na igreja, na faculdade, na sociedade de maneira geral, no trabalho, de forma coerente e responsável.

Observamos que os jovens são capazes de superar esses desafios, de maneira saudável para todos, cuidando de si e do outro, também.

Deixe uma mensagem de fé e esperança aos jovens?

Deixo para os jovens de nossa Diocese uma mensagem de alegria. O jovem não pode perder a alegria. O jovem tem que ter esperança, ter fé, que tudo isso vai passar, a partir da alegria e do ânimo de cada um. Mesmo em quarentena, em isolamento social, nós cristãos católicos não podemos perder a esperança, a fé e caridade. E de uma maneira especial, os jovens sabem cuidar disso, mesmo.

Desta maneira é importante que os jovens se alegrem, para que também possam contagiar nesta mesma alegria, nesta mesma caminhada, os outros jovens. Fica aqui essa mensagem de fé, esperança e caridade para os nossos jovens. Fé porque temos de alimentá-la, a partir de cada dia que vamos vivenciando. A esperança é justamente colocar em Deus que tudo é possível. Vamos superando tudo. E a caridade é colocar-se a serviço do outro. Para que nos possamos ajudar a nós mesmos e ao próximo. Desejo a benção para cada jovem de nossa Diocese. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!