Decretado em 31 de maio de 1970 por Paulo VI, por meio da Sagrada Congregação para o Culto Divino, o Rito de Consagração da Ordem das Virgens completou 50 anos no domingo (31/05). Em tempos de pandemia em que não é possível a realização de grandes eventos presenciais, Papa Francisco enviou uma mensagem para recordar a data, a qual estava previsto um Encontro Internacional convocado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Em sua manifestação, o sumo pontífice exalta as mulheres consagradas, cheias de esperança, de alegria, de ternura, de misericórdia, capazes de viver o dom da “sororidade” – relação de irmandade, união e amizade – e reafirma que essa vocação “evidencia a riqueza inexaurível e multiforme dos dons do Espírito do Ressuscitado, que renova todas as coisas (cf. Ap 21, 5). Ao mesmo tempo, é um sinal de esperança”, evidencia.
O Papa prossegue: “A fidelidade do Pai continua ainda hoje a colocar no coração de algumas mulheres o desejo de serem consagradas ao Senhor na virgindade, vivida no seu ambiente social e cultural comum, radicadas numa Igreja particular, numa forma de vida antiga e simultaneamente nova e moderna”.
Importância das vocações
Consagrada no dia 28 de novembro de 1993, Irmã Wilma Carvalho faz parte da história de 65 anos da Diocese de Santo André. Prestes a completar 85 anos no mês de junho, ela repercute o Jubileu de Ouro e destaca a importância dessa vocação citando a Instrução Ecclesiae Sponsae Imago – sobre a Ordem das Virgens, “são mulheres que, correspondendo ao carisma nelas suscitado pelo Espírito Santo, com amor esponsal dedicam-se ao Senhor Jesus na virgindade, para experimentar a fecundidade espiritual da relação íntima com Ele e dela oferecer os frutos à Igreja e ao mundo”.
Sobre o Ano Vocacional Diocesano, Irmã Wilma revela que é necessário apresentar às jovens essa vocação, que é o verdadeiro “Tesouro Escondido” da parábola (Mt 13,44).
Vida nova
Consagradas no mesmo dia, em 30 de novembro de 2017, Tânia Alves Bandeira, 54 anos, e Solange dos Santos, 58 anos, acreditam que os 50 anos desse rito representam a comunhão com Cristo e a vivência da experiência do amor em seu mais alto grau.
“A consagração despertou uma vida nova, um olhar diferente, como uma experiência de amor, todos os dias renovada na presença amorosa de Jesus, de Maria”, descreve Tânia.
“Quer na casa familiar, quer sozinhas, quer nos locais onde me exercem as suas profissões, as virgens consagradas dão testemunho do sentido da virgindade consagrada, da plenitude da união com Cristo, centro de toda a nossa vida. Cristo sempre ocupará em primeiro lugar a nossa vida”, analisa Solange.
Sobre a Ordem das Virgens
Diz o Código de Direito Canônico: Cân. 604 – § 1. A estas formas de vida consagrada acresce a ordem das virgens, as quais, emitindo o santo propósito de seguir mais de perto a Cristo, são consagradas a Deus pelo Bispo diocesano segundo o rito litúrgico aprovado, se desposam misticamente com Cristo Filho de Deus e se dedicam ao serviço da Igreja.
- 2. As virgens podem associar-se para observarem mais fielmente o seu propósito e, com auxílio mútuo, realizarem o serviço da Igreja, consentâneo com o seu próprio estado.
Para saber mais sobre o movimento, que tem como diretores espirituais o bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini e Pe. Fernando Valladares da Silva, basta entrar em contato com a coordenadora Alice Rodrigues de Lima nos telefones: 4361-2076 / 94997-3342.