Neste tempo de pandemia ficou mais patente nosso amor à Santa Eucaristia. Ficar privado de receber Jesus neste sacramento não é fácil, custa muito, e sofremos. Pedindo que Deus abrevie o tempo desta provação, temos a viva esperança de que Jesus também nos espera com amor.
Nesta festa de Corpus Christi, celebrada de modo diferente, como foi a celebração da semana santa, queremos redobrar nosso amor à Eucaristia. Ela é fonte cristalina, lugar privilegiado do encontro do discípulo missionário com Jesus Cristo. Nunca é demais recordar que “a Eucaristia é fonte e ápice da vida cristã” (LG 11). É o resumo de nossa fé. Ela nos compromete com a promoção da vida, em especial com aqueles pobres que não têm pão (cf. Catecismo n. 1397).
A Eucaristia é a Palavra que se faz pão, a Palavra encarnada: Jesus. Nós amamos a Palavra de Deus que está na Bíblia Sagrada, mas também a Eucaristia. Por que amamos tanto a Eucaristia? Porque “existe estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo, de tal forma que a existência cristã adquira verdadeiramente forma eucarística” (Doc. de Aparecida n. 251).
A forma eucarística de nossa vida se dá quando descobrimos a gratidão a Deus, o agradecimento contínuo e a espiritualidade da ação de graças. Diz o Apóstolo: em tudo dai graças (cf. Cl 3,17). Tanto na alegria como na tristeza partilhamos o pão da vida, bendizendo a Deus em tudo e por tudo, assim como fez Jesus ao morrer na cruz e entregar toda sua vida nas mãos do Pai (Lc 23,46).
Graças e louvores se deem a todo momento, ao santíssimo e diviníssimo sacramento.
Que Deus abençoe a todos com saúde e paz.
Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André