O Dia de Proteção às Florestas é celebrado todo 17 de julho com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a relevância de preservar o meio ambiente para a atual e futuras gerações.
Essa área com alta densidade de árvores é de fundamental importância para a existência humana, sendo fonte que mantém a biodiversidade do planeta, tanto na questão da água quanto do solo. Conhecida como o “pulmão do mundo”, a Floresta Amazônica com aproximadamente 5,5 milhões de km² cobre 49% do território brasileiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2018.
Professor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (PUC-SP) e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em São Caetano do Sul, Pe. Felipe Cosme Damião Sobrinho inicia uma breve reflexão sobre o tema:
“Quando falamos da proteção das florestas e podemos lembrar sim da Região Amazônica, podemos recordar com toda certeza da Bacia do Congo, também, no continente africano, nós falamos de biodiversidade, mas nós também falamos de um olhar atento à realidade. Olhar a vida com os olhos da fé, com os olhos da liberdade, do amor e do respeito. Olhar para cada pessoa, respeitando a sua dignidade. E olhar para o planeta, Casa Comum, onde todos têm direito à vida e vida plena”, sintetiza o sacerdote.
Conferência Eclesial da Amazônia
Nesse sentido, a Igreja Católica tem manifestado sua preocupação com os fatos da atualidade por meio de iniciativas, como a recém-criada Conferência Eclesial da Amazônia [saiba mais aqui: https://bit.ly/2ZnKi6x ] – com a presidência do Cardeal Cláudio Hummes [bispo da Diocese de Santo André entre os anos de 1975 e 1996] como um novo organismo composto por bispos, religiosos e leigos demonstrado a continuidade do caminho missionário, fruto dos debates do Sínodo para a Amazônia, realizado em outubro de 2019, na Itália.
“Isso denuncia tantas injustiças que são cometidas contra a fauna, contra a flora, contra o meio ambiente e contra a vida humana nestes últimos tempos. E pede para que cada um de nós tenhamos uma atenção especial muito profunda, de acordo com a doutrina e a tradição da Igreja, para sermos defensores do meio ambiente, onde o senhor nos plantou para cultivarmos dons, carismas, alegrias e esperanças”, reflete Pe. Felipe.
Com a celebração do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965, a Teologia da América Latina motivada pelo magistério, principalmente a partir de Paulo VI, tem realizado uma grande reflexão nos últimos 50 anos, a respeito da criação do meio ambiente.
Sínodo da Amazônia
Neste sentido, a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica foi realizada entre os dias 6 e 27 de outubro, manifesta a preocupação da Igreja ser protagonista, juntamente ao Brasil e líderes mundiais, a fim de que se priorize a preservação de um dos maiores patrimônios ecológicos do mundo.
“A Exortação Apostólica Querida Amazônia nos coloca também indícios de uma Igreja de realidade amazônica, uma igreja missionária, de atenção aos povos originários, de atenção às florestas para dar testemunho do evangelho e para evangelizar com renovado ardor missionário”, constata Pe. Felipe.
Leia a Exortação Apostólica Pós-Sinodal aqui: https://bit.ly/3fGBzn4 .
Laudato Si’
Em 2020, a promulgação da Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, sobre o Cuidado da Casa Comum e por uma Ecologia Integral, completa cinco anos.
“Esse documento nos indica que vida é equilíbrio, nos indica que a economia deve estar a serviço da vida, a serviço da pessoa humana, a serviço do equilíbrio ecológico e a serviço do pleno desenvolvimento de toda criação”, resume.
“A ecologia integral se torna símbolo de uma vida integral e de uma vida abundante, como nos indica o evangelho de Jesus, que diz: “Eu vim para que todos tenham vida. E vida em abundância” (Jo 10, 10)”, destaca Pe. Felipe.
Acesse a Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco aqui: https://bit.ly/30jfDYx .
