Nesta terça-feira, 28 de julho, a cidade de São Caetano celebra seu aniversário de 143 anos. No entanto, as comemorações serão diferentes em 2020, em razão da pandemia da Covid-19, e a tradicional missa campal não será realizada nesta data.
Neste sentido, recordaremos a Missa Campal em Ação de Graças na área externa da Paróquia São Caetano, que reuniu cerca de 600 pessoas no ano passado, celebrada pelo pároco anfitrião, Pe. Gilberto Dias Nunes, e concelebrada pelo Pe. Paulo Borges, que é pároco da Igreja Matriz Sagrada Família.
A celebração relembrou boa parte da história de São Caetano, desde a chegada dos beneditinos para a construção da primeira capela, em 1717, até a consolidação da imigração italiana na segunda metade do século XIX, mais precisamente no ano de 1877, quando as primeiras famílias italianas, vindas de Venetto e Treviso, se estabeleceram no próprio bairro onde está localizada a igreja.
Ao final da missa, o tradicional bolo, que foi doado por meio de uma parceria com as padarias, foi abençoado e distribuídos cerca de dois mil pedaços.
A Diocese de Santo André parabeniza a população e todos que ajudaram a construir a história de 143 anos da cidade. Parabéns, São Caetano!
Um pouco da história
Uma cidade com forte ligação com os imigrantes e raízes evangelizadoras no ABC. São Caetano do Sul completa 143 anos nesta terça-feira, dia 28 de julho. Em 1877, chegaram ao local onde hoje está o Bairro Fundação.
No entanto, a emancipação político administrativa ocorre no ano de 1948, através de um plebiscito motivado pelo Movimento Autonomista que lutou para que o até então simples subdistrito se desmembrasse de Santo André e se tornasse um município independente..
Atualmente, a cidade registra aproximadamente 160 mil habitantes, sendo considerado o município com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país. Os valores em renda, educação e longevidade também são altos.
São Caetano conta com diversos parques, shopping, teatros, hotéis e comércios dos mais variados, sendo uma importante cidade do país no ramo da economia e do entretenimento.
Raízes da evangelização
No aspecto religioso, a área territorial hoje denominada São Caetano do Sul recebia os monges beneditinos no século XVII, desde a chegada ao sítio Tijucuçu e posteriormente denominada Fazenda São Caetano, pertencente à Ordem do Mosteiro de São Bento durante 246 anos, local onde seria erguida a primeira capela da cidade – hoje, conhecida como Matriz Velha – e que celebrou o tricentenário da construção da primeira capela na hoje cidade sulsancaetanense , em 2017.
Relatos do escritor e sociólogo José de Souza Martins (professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP – Universidade de São Paulo) sobre os 300 anos da capela destacam, na Revista Raízes (Fundação Pró-Memória) – edição de agosto de 2017, que “a mesma capela situada ao lado das senzalas da antiga fazenda beneditina, foi frequentada pelos escravos até setembro de 1871 e pelos monges e seus hóspedes até o início de 1877. Foi-o pelos colonos italianos, a partir da tarde de 28 de julho de 1877, ainda durante 23 anos. Até que a capela, quase bicentenária, fosse demolida, em 1900, e substituída pela igreja que hoje conhecemos (Paróquia São Caetano).”