Diocese de Santo André

São Maximiliano Maria Kolbe: doar a própria vida para vencer a morte

Caríssimos: Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos. (…) Nisto conhecemos o amor: Ele deu a sua vida por nós e nós devemos também dar a vida pelos nossos irmãos. Se alguém possui bens deste mundo e, ao ver o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como pode estar nele o amor de Deus? Meus filhos, não amemos com palavras e de boca, mas com ações e de verdade.

Ouvindo estas palavras da primeira carta de São João (1 Jo 3, 14.16-18), a Igreja celebra hoje, dia 14 de agosto, a festa de São Maximiliano Maria Kolbe. Hoje, ainda em meio à crise mundial provocada pelo novo coronavírus, a Palavra de Deus nos lembra que o que nos faz passar da morte para vida não é passar ileso por perigos e dificuldades, mas amar o nosso próximo. A verdadeira vida só pode ser alcançada pela comunhão com o Deus da vida – Ele deu sua vida por nós e nós também devemos dar nossa vida pelos irmãos. Nisto se expressa o sentido profundo da própria Eucaristia, a nossa comunhão com o Cristo no pão consagrado nos transforma em pessoas eucarísticas que dão vida ao próximo.  A vida de São Maximiliano Kolbe é uma aventura de amor e doação na vida de oração, na evangelização com os meios de comunicação, na missão aos povos não cristãos, no serviço de animação vocacional, no serviço ao próximo e na construção da comunidade. Ele descobriu muito cedo o dom de Maria, a mãe de Jesus como um presente do próprio Senhor no alto da cruz – “Mulher, eis aí teu filho”, e entrou no que podemos chamar da escola de Maria para aprender dela a fé e a vida vivida como vocação, a comunhão total com Deus e o seu “sim” sem limites.

No entanto, é o final da vida de Padre Kolbe que se tornou a expressão mais eloquente de sua vivência da santidade, pois mostra como amadureceram os frutos da semente da Palavra. Mesmo podendo escapar dos perigos da segunda Guerra Mundial, ele escolheu permanecer com seu povo. Foi preso e enviado ao campo de concentração de Auschwitz onde sofreu torturas, fome e doença. No entanto, não encarou este momento como castigo, mas sim, como uma missão, e procurou ser luz naquele lugar tão escuro. Mostrou a fé e o amor com seus gestos de humanidade em meio a uma situação desumana – partilha do pão, palavras de consolo, pensar primeiro nos outros, mesmo que precisasse também. Quando chegou o dia em que um prisioneiro escapou e 10 foram escolhidos para morrer em seu lugar, ele ofereceu sua vida em troca da vida de um pai de família. Condenado, permaneceu numa cela subterrânea com os outros nove para morrer de fome, onde ainda assim, orou, cantou e consolou os que estavam ao seu redor.

Celebrar esta Festa de São Maximiliano Kolbe é reconhecer a ação de Deus que faz passar da morte para vida, mesmo que aos olhos do mundo, tenha sofrido a morte. É preciosa aos olhos do Senhor, a morte de seus santos, seus amigos! Que neste tempo de pandemia, também nós passemos não apenas longos meses de isolamento e de medo, mas passemos da morte para vida, abrindo o coração diante de nosso próximo para partilhar, deixando que resplandeça em nós o amor de Deus.

 

*Padre Ryan Matthew Holke é vigário episcopal para a Caridade Social e pároco da Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe (Região São Bernardo – Anchieta)

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