Diocese de Santo André

Vocações em tempos de pandemia: famílias fortalecem seminaristas

Neste Mês Vocacional, a Diocese de Santo André recordará toda semana, sempre uma vocação do serviço à Igreja e da doação ao povo de Deus. E nesta quarta-feira (26/08) é a vez dos seminaristas diocesanos.

Acolher o chamado, o tema que norteia o Ano Vocacional Diocesano, é firmar um compromisso em proclamar a Palavra de Deus e viver o Teu Reino aqui. Os desafios foram acentuados durante o distanciamento social imposto pela Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Após cinco meses de pandemia da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os candidatos ao sacerdócio retornaram aos seminários neste mês de agosto.

Vamos conhecer um pouco a realidade e os desafios dos seminaristas nestes tempos de pandemia:

Igreja doméstica

O jovem Alex Jones iniciou o ano letivo no Seminário Propedêutico praticamente semanas antes da OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar a pandemia global da Covid-19, em março de 2020. A adaptação teve que acontecer rapidamente.

“No começo parecia um baque terrível. Porém, aos poucos fui me adaptando e colhendo coisas positivas neste tempo de pandemia. Usava também a palavra para semear esperança no meio do povo que estava sofrendo. Também estive unido com a minha família como igreja doméstica”, relata o propedeuta sobre a importância dos familiares durante a quarentena.

Para ele, um grande desafio é a mudança de formação.

“Porque já estava acostumado com a convivência com meus irmãos de seminário. Também coloco os trabalhos da casa, os estudos, os momentos de oração como desafios. Porém, chegou essa pandemia e tivemos que mudar tudo. Mas graças a Deus conseguimos fazer a formação em casa”, avalia.

O propedeuta se mantém otimista sobre o retorno das atividades.

“Graças a Deus estamos retornando ao seminário firmes e fortes. Será um momento meio diferente, mas a nossa fé sempre vai estar firme. Usei este tempo de pandemia também para crescer a espiritualidade e ter uma intima comunicação com Deus”, confidencia.

Retorno às raízes

“Nós que já começamos a rotina de começo de ano, com estágio pastoral e as formações sofremos uma pausa meio drástica. Fomos enviados de volta para casa dos nossos pais e lá passamos a quarentena, que foi um tempo oportuno, portanto, para retomar as nossas raízes e lembrar do nosso chamado vocacional e os desafios.”

A avaliação do seminarista do 2º ano de Filosofia, Victor Pereira Guimarães, resume o sentimento dos candidatos ao sacerdócio que tiveram mais contato com os familiares e puderam refletir sobre a influência direta de Deus em suas vocações.

“Como São João Clímaco ensinava: “é sempre preciso acrescentar ao homem, o amor”. Então, todo esse tempo a mais que ganhamos, usamos para refletir no crescimento da oração e também na confiança”, medita.

Retornando ao seminário neste mês, Victor destaca que todos estão cientes dos cuidados com os protocolos de saúde para evitar a contaminação pelo coronavírus. Desse período em casa, fica um importante legado.

“As aulas presenciais são desafios na medida que exige mais concentração, mas sabemos que temos de fazer esse esforço para estudar mais. Por outro lado, a criatividade também foi muito importante no estágio pastoral, pois nos ajudou a descobrir novos meios de evangelização, especialmente pelas lives e reuniões online”, sintetiza.

Foco e concentração

Seminarista do 2º Ano de Teologia, Douglas Colácio, explica que um dos maiores desafios nestes tempos de pandemia esteve relacionado à questão da espiritualidade.

“É muito mais complicado quando você está acostumado no seminário com uma certa rotina e você ter que adaptar essa rotina a sua vida em casa, por exemplo”, conta Douglas, que durante a quarentena retornou à casa de sua mãe.

Segundo ele, outra dificuldade encontrada foi a concentração para os estudos. “Organizar a rotina de leitura e análise de textos quando você está na casa da família é muito fácil a gente se distrair. Temos que estabelecer horários em casa, enquanto minha família está assistindo filme, por exemplo, tenho que ler algum material de estudo.  Mas eu procurei em todos os momentos manter uma serenidade. Em minhas orações procurei ser muito paciente comigo. E busquei fazê-las no dia a dia, adaptando um pouco a rotina”, pondera.

Na opinião de Douglas, todos os esforços são válidos quando se tem foco na missão iniciada a partir do discernimento vocacional para o sacerdócio.

“Esses desafios são vencidos quando a gente tem a certeza do que a gente quer, a vocação que nós queremos. Porque depois, também, quando eu for padre, terei a minha rotina própria. Não estarei na casa da minha família, nem no seminário”, complementa.

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