Diocese de Santo André

Instituto Amigos da Beata Catarina e Judite Cittadini celebra 15 anos em Santo André

Neste dia 12 março de 2021, o Instituto Amigos da Beata Catarina e Judite Cittadini completa 15 anos de fundação em Santo André, na Diocese de Santo André. Mantido pelas Irmãs Ursulinas de São Jerônimo de Somasca, a entidade realiza trabalho sócio educativo sem fins lucrativos, com a finalidade de acolher crianças e adolescentes de seis a quinze anos, em situação de risco. Tem como objetivo atingir a família através da dinâmica de trabalho realizada com os filhos.

Atualmente, a instituição atende 325 crianças. O espaço promove a integração social, aprendizado, oferece três refeições diárias (café da manhã, almoço e lanche da tarde), além de aulas de capoeira e balé, bem como informática, artesanato e jogos educativos. O Instituto Amigos da Beata Catarina e Judite Cittadini está localizado na  Rua: Caminho dos Vianas, 1779 A – Vila João Ramalho – Santo André. Mais informações pelo telefone: 4453-6633.

E para conhecer melhor a trajetória dessa obra social ao longo de uma década e meia, a Diocese de Santo André conversou com a responsável pela entidade, Irmã Ângela Pirri, que participou desde o início da construção desse sonho, que se tornou realidade em nossa diocese.

Confira a entrevista:

1 – Como foi a chegada das irmãs ursulinas em Santo André? A escolha para o início dos trabalhos na cidade e a implementação dos valores e da missão em nossa região?

Em 13 de outubro de 2001, chega aqui em Santo André as irmãs Ângela Pellicioli e Amparo Tavares, para uma experiência de 2 meses em uma obra dos padres Somascos e em 07 de maio de 2002 chegaram aqui as irmãs Rita Saccomandi e Amabile Burini, ficaram em uma casa de aluguel nas Ruas dos Cocais na Vila Luzita por uns tempos, e em 04 de agosto chegam uma das Conselheiras Gerais vindo Itália, para acompanhar um pouco o início da comunidade religiosa aqui em Santo André e a irmã Brunilde Colombo, que veio da Bolívia para fazer parte da comunidade.

2 – Nos tempos atuais, como o Instituto Amigos da Beata Catarina e Judite Cittadini tem se adaptado durante a pandemia? Quantas crianças (faixa etária) são atendidas no local? Quantas irmãs atuam na cidade? Quais outras atividades desempenham, além dos compromissos no Instituto (evangelização, caridade, participação nas missas…)?

Hoje, o Instituto atende 325 crianças e adolescentes de 06 a 15 anos. Algumas oficinas foram extintas e nasceram outras: hoje trabalhamos com: capoeira; dança para adolescentes; balé; duas salas de informática (uma para os pequenos e outra para os maiores); futebol; artesanatos; jogos educativos.

Sobre a adaptação na pandemia tem sido um pouco desafiador, pois os nossos atendidos a maioria são de famílias desestruturadas, mas estamos sempre em diálogo através das redes sociais, procurando dar um pouco de atenção e ajuda com alimentos. Somos três irmãs de votos perpétuos e trabalhamos com a catequese, crisma, liturgia, juventude e acompanhamos as comunidades São José Operário e Sagrado Coração de Jesus.

3 – Destaque os principais pontos nesta trajetória de 15 anos (ações marcantes, consolidação do projeto, atuação junto à diocese).

“Quando a vida tem gosto de dom”, assim podemos dizer que nos sentimos  felizes em estarmos aqui e sermos expressão viva do nosso carisma neste pequeno pedacinho do Brasil. É com o coração de Mãe  que abraçamos a nossa missão. Nos sentimos enraizadas na experiência de entrega e serviço que fizeram nossas fundadoras Beata Catarina e Madre Judite Cittadini na contemplação da face de Cristo Crucificado, que se apresenta  com um coração de mãe, terno, doador, entregue e amante da vida em todas as suas expressões.

Um pouco da história do Instituto Amigos da Beata Catarina e Judite Cittadini: Nós Irmãs Ursulinas, de São Jerônimo de Somasca – Bergamo – Itália, desde 2003 que estamos trabalhando neste setor de Vila João Ramalho. Escolhemos este lugar porque vimos que tinha muitas necessidades e trabalho para se fazer em prol dos pobres. Sempre procurando o melhor, para dar uma resposta positiva, a tantos problemas da nossa gente, aí surgiu a ideia de formar um grupo de leigos e leigas para nos ajudar em vários trabalhos que estávamos para iniciar, com as crianças e adolescentes de 5 a 14 anos de idade, retirando-as da rua para aprenderem a ler e a escrever, e evitar a evasão escolar.

Mas, nós irmãs, queríamos que esse trabalho fosse um reflexo do nosso carisma, pelo qual nós fomos enviadas em missão, por isso a primeira iniciativa que fizemos foi estudar, refletir o livrinho da Vida das nossas fundadoras: Beata  Catarina e Madre Judite Cittadini. Portanto, iniciamos as visitas em algumas casas das Comunidades São José Operário, São João Batista e Sagrado Coração de Jesus, para termos uma conversa informal com todos. A irmã Brunilde Colombo ficou responsável de procurar essas pessoas no Jardim Irene II, III, IV e V; e a Irmã Ângela Pirri, ficou responsável em procurar pessoas na Favela dos Eucaliptos, Cata Preta e Vila João Ramalho.  O próximo passo era convidar essas pessoas para uma primeira reunião, com a certeza de conseguir realizar o que estávamos sonhando, e assim, com a graça de Deus o trabalho foi um sucesso. Iniciamos o estudo do livrinho da vida das nossas fundadoras todos os finais de semana, por um semestre. E nos reuníamos mensalmente em encontros formativos acompanhados pelo Padre Enzo, um religioso Somasco. Nesses encontros formativos estudávamos e vivenciávamos o carisma da Congregação das Irmãs Ursulinas.

Logo após nos dedicamos a formular o Estatuto, que devia organizar e dirigir o grupo dos Voluntários que se comprometiam conosco a trabalhar pelo bem do povo, sem recompensa nenhuma. No início, o grupo era mais ou menos 11 pessoas, entre esses cinco casais, e as duas irmãs, Irmã Ângela Pirri e Irmã Brunilde Colombo. Formamos assim a Mesa Diretiva, com duração de 03 anos, conforme a Ata do dia 12 de Março de 2006. Em seguida, começamos a preparar alguns projetos que imediatamente mandamos para o exterior, a fim de ganharmos recursos para iniciarmos o trabalho.

Porém, nos faltava um local próprio para iniciar o laboratório de Informática pelo qual estávamos lutando para realizar neste setor que tanto precisava. Pedimos ao padre responsável nesse período pelo Centro Comunitário Religioso São José Operário, e em primeira instância recebemos um belo “não” do pároco e devido a esse “não”, hoje gozamos de um ambiente com sede própria, na Rua Caminho dos Vianas, nascia assim a “ONG” denominada INSTITUTO: “AMIGOS DA BEATA CATARINA E JUDITE CITTADINI”, em 12 de março de 2006.  No Centro São José havia trabalhos sociais como Manicure, Reforço Escolar, Artesanato, Alfabetização de Adultos, Corte e Costura. Com o sonho de fazer um Laboratório de Informática, e acreditando no Deus Providente, nesse período veio nos visitar o Presidente da ONG “Mehala” de Bergamo, Itália e ouvindo o nosso desejo, ele nos animou a formular um projeto para a sua Entidade, seguros de sermos atendidos, e de fatos fomos.

Em abril do mesmo ano chegou a ajuda por meio dos Padres Somascos, porque nós ainda não tínhamos toda a documentação que a lei exigia. Portanto, o estudo de informática iniciou-se no dia 14 de Fevereiro de 2007 depois de ter regularizado tudo. Nesse mesmo ano, todos os voluntários foram beneficiados com uma bolsa ajuda. Conseguimos fazer isso graças ao projeto que enviamos para a CEI que nos ajudou muito em vários trabalhos.

Reforçamos os cursos que já existiam e aumentamos outros como:

Reforço Escolar: com 6 turmas, 4 no Centro São José, 2 turmas pela manhã e 2 pela tarde e 2 turmas no Jardim Irene IV 1 pela manhã e outra pela tarde;

Balé: 3 turmas de 5 a 10 anos de idade;

Rebatuque: 2 turmas, uma no Jardim Irene IV e outra no centro São José;

Artesanato: Pintura em Tecido e em Madeira; Crochê e Bordado em Ponto cruz;

Violão: uma turma de mais ou menos 15 pessoas aqui na sede; Manicure e Canto, no Salão José Operário.

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