Na Semana Nacional da Vida de 2021, a CDDV (Comissão Diocesana em Defesa da Vida) está completando 15 anos de atuação na Diocese de Santo André. Alinhada ao tema “Família, Santuário da Vida”, a articulação diocesana criada no episcopado de Dom Nelson Westrupp (à época, bispo diocesano e atualmente emérito) é composta de leigos e padres comprometidos com os ideais de preservação da vida, desde a sua concepção até o seu fim natural.

Ao longo de uma década e meia, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida elaborou projetos e campanhas, produziu vários artigos, organizou lives, palestras, cursos, seminários e encontros formativos com temáticas em favor da vida, prestou apoio psicológico, material e espiritual para famílias, integrou atividades estaduais e nacionais, concedeu entrevistas aos veículos de comunicação, promoveu diálogos com os poderes públicos, além das celebrações e missas em prol da dignidade humana e pelo Dia do Nascituro.

Defender a Vida é um dever de todo cristão, no entanto, em função da sofisticação do mundo atual, há necessidade de aprofundamento em muitas questões com relação à vida, para poder argumentar e ajudar o povo de Deus e também a todos os homens de boa vontade, para que defendam a vida e, vida plena. Podemos dizer que a nossa Igreja percebeu esta necessidade em muitos temas como: aborto, eutanásia, ideologia de gênero, drogas, suicídio, etc., e, em função disto, foram criados os movimentos em defesa da vida – CDDV ‘s, em alguns lugares comissões de ética e, ou, bioética.

A defesa da vida implica em três grandes atitudes: a oração, a formação e acolher os necessitados, tendo ênfase na questão da formação. No Brasil, mais recentemente, os movimentos em Defesa da Vida estão atuando bastante próximos da Pastoral Familiar, em verdadeira pastoral de conjunto, isto, sem dúvida, é muito importante, pois vida e família estão intimamente ligados, além do mais, no mundo atual, a vida e a família estão em perigo, cada vez mais, pelo crescimento do desamor, de uma sociedade cada vez mais sem Deus. A questão do aborto para os movimentos em Defesa da Vida é um assunto premente, apesar dos outros assuntos serem também preocupantes: eutanásia, ideologia de gênero, desamparo, miséria, etc., pois, toda a vida importa, no entanto, a questão do aborto por estar em risco o mais indefeso dos seres, o nascituro, merece destaque especial sempre. O próprio Papa Francisco disse recentemente que a questão do aborto é prioritária e, realmente se trata de um assassinato. Recordamos aqui que a cada ano são assassinados em torno de 55 milhões de seres humanos (nascituros), de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), entre os anos de 2010 e 2014, sendo que esse número é superior a 60 milhões/ano, atualmente.
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O que é a Comissão Diocesana em Defesa da Vida?
Trata-se de uma comissão para a promoção da cultura da vida através da formação e evangelização de agentes, ressaltando constantemente a importância do resgate dos valores éticos e cristãos que se refletem na estrutura familiar e na vida humana, desde a concepção até o seu término natural.
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Missão
Promover a cultura da vida e a denúncia da cultura da morte e, assim, agir em defesa do ser humano, ressaltando o valor do direito primário e fundamental à vida e à dignidade como pessoa que, dotada de uma alma espiritual e de responsabilidade moral, é chamada à comunhão beatífica com Deus.
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Objetivo
Proporcionar uma adequada e exaustiva evangelização dos agentes, para que, educados nas leis de Deus, possam ser promotores da vida em todos os segmentos da sociedade, independente de raça, cor, credo, religião e situação social. O trabalho é baseado em três pilares: oração, formação e salvar vidas.
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Atuação
Os membros da CDDV, sempre em espírito de pastoral de conjunto, devem atuar junto às diversas pastorais, movimentos, associações e grupos da Diocese de Santo André, desejando auxiliar na solução e na interação dos mais diversos casos ligados à defesa da vida, em qualquer instância da vida, sempre movidos pelo espírito do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Formação de agentes
Para atuar em favor da vida, é preciso estar preparado. Diante da atual realidade e da diversidade de situações, é imprescindível um investimento bem orientado no estudo e na reflexão para uma atuação eficaz. Os coordenadores diocesanos devem estar preparados para testemunhar a vida com palestras de formação e de orientação para com todos os movimentos diocesanos, bem como em nível regional e paroquial.
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Coordenação da Comissão Diocesana em Defesa da Vida
A atual coordenação da Comissão Diocesana em Defesa da Vida é composta pelo assessor do Setor Vida e Família na Diocese de Santo André, Pe. Flávio Gomes de Alcântara, e pelos casais Roberto e Miriam Vertamatti, e Osmarina de Fátima Pazin Baldon e Benedito Antônio Baldon (Toninho). Também passaram pelas coordenações ao longo de uma década e meia, Nadir Aparecida Pazin, Márcia e Gilberto Monteiro, Vera Lúcia Giroldo e os padres Renato Aparecido Souto, Wanderson Cintra Silva e Roberto Alves Marangon, além do seminarista Jorge Luis Gomes Bonfim, que continua atuando na CDDV atual.

Confira fatos importantes dessa linda trajetória ao longo de 15 anos:
Antes de ser criada em 2006 pelo bispo diocesano à época, Dom Nelson Westrupp, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida ensaiava os primeiros passos de sua atuação em palestras sobre a Defesa da Vida durante encontros da Pastoral do Batismo. Dom Nelson já expressava preocupação com a questão do aborto e o cuidado com a vida. Houve um encontro diocesano da Pastoral do Batismo em outubro de 2004, onde palestrou a Dra. Elizabeth Kipman, uma médica grande defensora da vida; na oportunidade, ela falou exatamente do problema do aborto no Brasil e no mundo.

2006

Então, quatro anos mais tarde, depois de ter fundado a primeira comissão na Diocese de São José dos Campos (quando atuava como bispo na região do Vale do Paraíba, no estado de SP), criou a segunda Comissão Diocesana em Defesa da Vida, na região do Grande ABC.  Desde então, a CDDV participa de todas as edições do Dia do Nascituro e da Semana Nacional da Vida, instituída em 2005, durante a realização dos trabalhos da 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (em agosto do mesmo ano), atuando na organização das celebrações pelo Nascituro e realizando os encontros com os subsídios da “Hora da Vida”. Os membros da Comissão Diocesana em Defesa da Vida também sempre se fizeram presentes nas assembleias anuais das Igrejas particulares.

Na segunda metade dos anos 2000, destaca-se a participação da CDDV nos atos em Defesa da Vida e Contra o Aborto, na Praça da Sé, Centro da capital paulista, nos anos de 2008 e 2009. Em 2008, Dom Nelson, que presidia o Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), convidou o bispo de Jundiaí, Dom Gil Moreira (atual arcebispo de Juiz de Fora, em Minas Gerais), para a presidência da primeira Comissão Regional em Defesa da Vida no estado de São Paulo. Posteriormente, o bispo da Diocese de Assis, Dom José Benedito Simão (1951-2015) seria indicado para presidir a CRDV de 2009 a 2015.

2010-2020

No início da nova década, a Defesa da Vida da Diocese de Santo André marcou mais uma vez presença em atividades contra o aborto, como a Marcha pela Cidadania, no IV Ato Público em Defesa da Vida, reunindo cerca de 15 mil pessoas, que se concentraram em frente a Câmara Municipal dos Vereadores, no Viaduto Jacareí, e em seguida caminharam até a Praça da Sé, num ato ecumnico que uniu pastorais da Igreja Católica e lideranças ecumenicas em favor da vida e contra a lei que regulamenta o aborto em território brasileiro. Recorde a entrevista com Osmarina “Devemos permitir o nascimento de vidas, jamais interferir na natureza humana”, disse Dom Nelson, presente ao ato.

A Comissão Diocesana em Defesa da Vida fortalecia cada vez mais as bandeiras do respeito e direito à vida e repúdio aos atos de violência contra o ser humano, por meio de caminhadas, campanhas de arrecadação de enxoval, apoio às gestantes, palestras sobre adoção, vigílias, orações do santo terço, formações, missas e participações em manifestações a favor da vida nos âmbitos nacional e estadual.

Tem início também os Encontros Diocesanos em Defesa da Vida, que integram a programação anual para formação dos coordenadores e representantes paroquiais através de palestras com especialistas.

Defender a vida é dever de todo cristão (artigo de Roberto Vertamatti)

2015-

Começando a segunda metade da década, a CDDV iniciou debates sobre a questão da ideologia de gênero; a organização do Jogo pela Vida, um dia de práticas esportivas com o objetivo de arrecadar milhares de fraldas; em 2016, a Diocese de Santo André sediou o 3º Encontro da Pastoral Familiar ,em conjunto com o 8º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, com o tema: “Quem pratica a misericórdia, faça-o com alegria” (Rm 12,8).

Artigo Sim à Vida (artigo de Dom Pedro Carlos Cipollini)

Em 2016, o Papa Francisco aprovou a criação de um novo Dicastério da Cúria Romana com três seções dedicadas a Leigos, Família e Vida. Segundo o estatuto aprovado pelo Pontífice, “o dicastério é competente nessas matérias que são de pertença da Sé Apostólica para a promoção da vida e do apostolado dos fiéis leigos, para o cuidado pastoral da família e de sua missão, segundo o projeto de Deus e para a tutela e a ajuda da vida humana.”

No ano seguinte, a CNBB publicou a nota “Pela vida, contra o aborto”, onde reforça o posicionamento da Igreja pelo direito de viver.

Em 2017, a Campanha da Fraternidade foi uma oportunidade de refletir sobre a temática no contexto brasileiro. “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” com o tema e o lema “Cultivar e guardar a Criação”.

Em 2018, o bispo auxiliar da Diocese de São Carlos, Dom Eduardo Malaspina, foi eleito para presidir a Comissão em Defesa da Vida no estado de SP e participou de encontro na Diocese de Santo André, ao lado do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, numa formação para agentes defensores da vida nas sete cidades do Grande ABC e no estado paulista.

Porque celebrar o Dia do Nascituro? (artigo por Gilberto e Márcia Monteiro)

A Defesa da Vida participa de atividades em prol do Setembro Amarelo, com palestras sobre prevenção ao suicídio, e do Outubro Rosa, conscientização do câncer de mama. A Diocese de Santo André também é representada nos atos Marcha pela Vida “Salvem as duas vidas”, no Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo. Ainda promoveu mobilizações no ABC, como a Jornada Sete Dias de Oração pela Vida, em abril de 2019.

Adoção: Um ato de amor (Artigo de Vera Lúcia)

Nos últimos três anos, a CDDV participou ativamente das três edições do Simpósio Diocesano da Família e promoveu lives na luta contra o aborto e na defesa da vida durante a pandemia da Covid-19 (2020-2021).

Você não está Sozinho (Artigo por Osmarina Pazin)

Em julho de 2021, o bispo da Diocese de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, Dom Pedro Carlos Cipollini, apresentou o novo subsídio elaborado pela Comissão para a Doutrina da Fé:  Vida, Dom e Compromisso – Fé cristã e aborto, o 13º volume da Coleção de Subsídios Doutrinais editado pela Edições CNBB, que ajudará os cristãos na defesa e promoção da vida humana, em sintonia com o pensamento do evangelho e da Igreja.

“Nesta semana de preservação à vida, nós queremos rezar para que Deus dê a todos nós, uma consciência grande do valor da vida. Deus é o autor da vida, e Ele entrega à vida a nós, para que nós a preservemos, e não a destruamos como se destrói através do aborto, que é um crime diante de Deus, um pecado, através da fome ou de projetos que estão a favor do lucro acima da vida”, Dom Pedro Carlos Cipollini (Missa do Nascituro – 03/10/2021)