Nesta caminhada dos 60 anos da paróquia São João Batista, nos deparamos que movidos por muita fé, lutas e sacrifícios foi alcançado o objetivo da construção da igreja matriz e de suas comunidades, conforme o crescimento populacional e religioso do riacho grande, contando no início com mão de obra voluntária, doação de terreno, festas beneficentes para adquirir o material, com padres muito empenhados, como também, as irmãs religiosas presentes na administração desta longa caminhada.
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MATRIZ PAROQUIAL, Riacho Grande, Av. Araguaia, n.59
A vida religiosa na região iniciou-se em 1.931, porém sem local definido para a Igreja. Tudo foi difícil, a nomeação dos primeiros padres, a escolha do padroeiro, além das primeiras festas para adquirir material ao início das construções. Cada pároco foi construindo e fazendo um pouco mais pela caminhada histórica da comunidade riachense. A nova Capela foi construída num morro, de frente para a Via Anchieta, a fim de ficar mais visível. O terreno foi doado por Angelo Lingeranoto, um dos fiéis.
A Paróquia teve início em 1.962 com o primeiro Pároco, Padre Francisco Lopes Guerreiro Moreno (dezembro de 1.962 a março de 1.970), oficializando o início de toda a caminhada. São celebradas Missas Campais, enquanto perduravam os trabalhos da construção da Igreja. Sucederam a derrubada da Capela existente no local, aplainamento do terreno, abertura de ruas nas laterais, surgindo assim, a Rua Heinrich Nordhoff. Houve a construção de um barracão de madeira, onde seria a nova Igreja, com um salão anexo, onde se faziam as festas beneficentes durante a construção e as Missas foram celebradas na Escola Antõnio Caputto. Já eram celebradas as festas dos três Santos: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, e da Nossa Senhora, em outubro, ambas as festas tinham Procissão com o Bispo Diocesano para iniciar a quermesse na Paróquia, do bairro Rio Grande, posteriormente alterado para Riacho Grande. Recebiam nos finais de semana, as Irmãs da Congregação Maria Imaculada, do Ipiranga, que vinham para dar assistência espiritual e evangelização por meio da catequese, iniciando então, a catequese na Paróquia São João Batista. A festa de Nossa Senhora dos Navegantes começou em meados de 1.953, no mês de fevereiro, com uma Procissão Náutica com a imagem da Santa, nos arredores do Riacho Grande. Em 1.964 e 1.965 são celebradas as Missas Campais, enquanto perdurassem os trabalhos da remodelação da Igreja Matriz. Em novembro de 1.966, o Padre Guerrero solicitou a mudança do nome da Paróquia para “Cristo dos Viajantes”, para evitar a repetição do título de São João Batista na Diocese.
Em 1.970, o Monsenhor João Beil, assumiu a Paróquia, como o segundo Pároco. Foi derrubada a construção de madeira existente, erguendo uma nova de tijolos, cimento e ferragens, que foram doados, e feita através de “mutirão”, aos finais de semana. E de acabamento, as paredes do Presbitério e o próprio Altar foram revestidos de bambu. Durante a construção, a Prefeitura cedeu um galpão de madeira, onde é a atual secretaria, para a Celebração das Missas. Em 1.978, a Paróquia sendo “Cristo dos Viajantes”, os fiéis ainda se referiam como sendo “São João Batista”, portanto voltou a ter este nome inicial, o Vigário era o Padre João Betsi.
Em março/abril de 1.974, chegaram ao Subdistrito as Irmãs da Congregação Maria Imaculada, sendo: Dolores, Alda, Alexandra, Lourdes, Marta, Placídia e Madalena. Elas contribuíram muito para a grandeza desta Paróquia, em serviço apostólico nas comunidades mais carentes, que na época eram: Tatetos, Finco, Jussara, Parque Rio Grande, Vila Pelé e Estoril. A Irmã Dolores trabalhou na secretaria da Igreja por anos e a Irmã Placídia celebrou diversos casamentos e batizados, durante a ausência de pároco. Deram também, catequeses, aulas de religião nas escolas do bairro. Vários padres e freis vieram para as celebrações: Padre Zbigniew Jerzy Grossman (conhecido Pe. Jorge) em 1.979 e Padre Bernardo Gora e Padre Tadeu Adamezyk, em 1.980.
Terceiro Pároco: Padre Luiz Ródenas Pina (março de 1.983 a outubro de 1.986):sem registro de atividades. Após a sua saída houve a passagem de: Padre Carlos Fabrini, Padre Leo Comissari, Padre Estanislau Gorcerzewiez, Frei Vittorio Valentin, Frei Luiz Favaron(1.989) e Frei Sebastião Quaglio.
Quarto Pároco: Padre José Ferreira (12/08/1990 a 11/03/2001): Promoveu o Curso de Agente de Pastoral preparando 30 pessoas a ministros, catequistas, agentes de pastorais. Murou todo o terreno da Igreja, colocou forro na mesma, tirou o revestimento de bambu e reconstruiu o altar em mármore, entronizando a imagem de Cristo Glorificado, trocou o piso, colocou a porta de vidro jateado na entrada, sempre com a colaboração da comunidade em “campanhas”, e começou a formar as Comunidades nos bairros mais distantes, com suas respectivas Capelas.
Quinto Pároco: Frei Angélico Manenti (setembro de 2002 a janeiro de 2010): Fundou as comunidades Santo Antonio (Bairro Boa Vista) em 10/01/2002, Santa Terezinha do Menino Jesus(Bairro Estoril) em 06/2003(retomou), Rainha da Paz (Cocaia) em 04/2003 e encerrada em 2007, Nossa Senhora das Graças (Parque Rio Grande) em 05/2003,Maria Imaculada (Vila Pelé) em 07/2003 e encerrada em 2009, São José (Jardim Jussara, na sede da Sociedade de Amigos de Bairro) em 09/2003. Construiu o salão de festas e banheiros externos, ampliou a cobertura do páteo. Nas comunidades, Na. Sra. de Fátima(Jardim Tupã) e Santa Terezinha do Menino Jesus(Bairro Estoril) houve estudo de projetos para a construção das Capelas. Em 30/12/2008 foi criada a Paróquia São Maximiliano Kolbe, no bairro Tateto, desmembrando as três comunidades do pós-balsa de nossa Paróquia.
Sexto Pároco: Frei Nilson Antonio Cignachi (17/02/2010 a 2011) e Frei José Hugo S. Santos (Vigário). A maior preocupação foi com a reintegração dos “excluídos”(deficientes, aidéticos e idosos).e reformas nas Igrejas implantando a acessibilidade. Sétimo Pároco: Frei Sérgio Luís Malacarne (2014 a 2020) e Frei Josemar Bertes Machado (Vigário até 2018) Atividades continuadas.
Oitavo Pároco: Frei Rafael Gomes da Silva(21/11/2020 a 24/09/2021) e Frei Diogo Luís Fuitem) Houve retomada aos poucos das missas e atividades pastorais pelo fato da pandemia (covid).
Neste sentido agradecemos aos Párocos que antecederam: Padre Francisco Lopes Guerrero Moreno, Monsenhor João Beil, PadreLuiz Rodenas Pina, Padre José Ferreira (Zezão) e Frei Angélico Manenti, Frei Roberto Tóttoli, Frei Nilso Antonio Cignachi, Frei José Hugo S. Santos, Frei Sérgio Malacarne, Frei Josemar, Frei Diogo Luís Fuitem, Frei Rafael(Ordem dos Frades Menores Conventuais) .
COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA – Bairro Finco, Estr. do Morro Grande, n.08
Em meados de 1.965 houve a celebração da primeira missa na 1ª. Capela Nossa Senhora Aparecida. Promoveram uma campanha para o pagamento do terreno, do qual a Capela fazia parte. Em 1.983 foi construída a 2ª. Capelinha ainda hoje existente. Com o crescimento dos moradores locais, a mesma não comportava, e neste sentido, com fiéis do lado de fora houve a necessidade de construir uma grande Capela, no terreno em frente, que teve início da movimentação da terra em meados de 1995. Teve auxílio da comunidade, de inúmeras festas e campanhas em prol da construção. O projeto arquitetônico foi da Arquiteta Lilian Ansopoli. A imagem de Nossa Senhora Aparecida presente sobre o altar é a mesma de 1.965.
3) COMUNIDADE SÃO JOSÉ – Jardim Jussara, Estr. do Vergueiro, n. 286
Teve início nos anos 70, a história de fé do Jardim Jussara, no qual engloba o Lulaldo, Jurubeba e Santos Dumont. Com a construção da Via Anchieta e posteriormente, o Rodoanel a população que formou foram vindas de várias regiões do Brasil, porém a religiosidade as aproximou. Houve a participação ativa da Irmã Marta com a catequese e os terços nas famílias. As missas dominicais eram mensais com o Pároco João Beil e nos outros domingos, os moradores iam até a Matriz. Nos anos 90, o Padre José Mahon, celebrava na Vila Lulaldo. Em 2002, com a chegada do Frei Angélico que organizou a Comunidade surgindo a dedicação a São José, sendo que desde setembro de 2003, ocorre a Festa do Padroeiro, e a catequese e celebração de missas aos domingos na Sede da Sociedade de Amigos de Bairro. O terreno para a Capela foi doado pela moradora da região, a Branca Mancuso. Porém, pelo fato de que a Dersa desapropriou o terreno para a implantação do Rodoanel, a população aguarda a resolução do processo judicial, a fim de realizar o sonho de iniciar a construção da Capela.
4) COMUNIDADE SANTA. TERESINHA DO MENINO JESUS – B. Estoril, Rua Mafra, n. 270
De 1.982 a 1.986, a Sra. Odília iniciou a catequese em sua residência. Por volta de 1.988 com a participação de moradoras locais, decidiram iniciar a recitação do terço, leitura do evangelho, de casa em casa e formaram um grupo de base: Maria Margaria, Solange e Antonio Géa e outros. Com o incentivo do Frei Luiz Favaron em parceria com a Sociedade de Amigos de Bairro, teve início as celebrações no galpão da sede cedido, aos domingos e também, para a catequese de adultos. Vários padres celebraram no bairro. Porém, houve uma fase onde a maioria participava na Matriz. Com a chegada do Frei Angélico, em 2001, sentiram a necessidade de voltar a celebrar no bairro, e iniciaram as celebrações nas casas. Depois, decidiram por espaço maior, na garagem de Maria da Conceição da Silva (Lilia).Em 2006, a comunidade conseguiu comprar o terreno. Houve o incentivo da doação do projeto arquitetônico pela moradora da região, a Arquiteta Sonia M.A. Banhos, o mesmo foi encaminhado a Prefeitura, onde em 2011 teve início a construção da Igreja, tendo João Alves como empreiteiro da construção. Hoje a Igreja encontra-se erguida em um pavimento com a colaboração de inúmeros doadores e colaboradores.
5)COMUNIDADE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS – Parque R. Grande
Em 1992, com a visita do Ministro da Eucaristia da Matriz, o Divino, ao bairro, na intenção de convidar os moradores para a novena de Natal. Todos reuniam-se na casa de um morador do bairro e aí iniciou-se o Grupo de Terço, toda semana. Com esses acontecimentos, as Irmãs ofereceram a Capelinha de Nossa Senhora das Graças para acompanhar as casas, na recitação. Nessa época, o Padre José foi transferido a outra Paróquia, e assume o Frei Angélico. A comunidade queria as celebrações, porém não tinham local e após, conversações conseguiram a Sede da Sociedade Amigos de Bairro. E em 03/03/2003 foi fundada a comunidade, com a primeira missa realizada pelo Frei Angélico, com um grande número de participantes, onde a padroeira é a “Nossa Senhora das Graças. Foram inúmeras as dificuldades, e estão atualmente com um carnê para adquirirem o terreno e construir a Capela.
6)COMUNIDADE S. FRANCISCO DE ASSIS – B. Capelinha, R. Francisco Gava,n.407
Havia uma grande área em fase de reintegração de posse. O Padre José Ferreira conversou na Cúria sobre a possibilidade de compra do terreno e foi aprovado. Em 1.995 através de campanhas de compra aos materiais, iniciou-se a construção de um galpão para atividades da Pastoral da Criança. O Padre José pela amizade com o Padre Manolo e sabendo que na Paróquia São Bento, em São Caetano terminavam obra, e havia sobra de algumas telhas, acabou por pedí-las. Portanto, além de te-las ganho, a comunidade de São Caetano, em atitude de irmandade, construiu todo o galpão e a Capela, onde foi denominada “São Francisco de Assis”.
7)COMUNIDADE Na. Sra. DE FÁTIMA – Jardim Tupã, Rua Antonio Bisognini,n.13
Por volta de 1.994/1.995, o sr. Roberto Junqueira sendo proprietário de uma chácara, onde havia uma capela e em tratativas com o Padre José, foi feito um altar e o dono colocava a Santa, Nossa Senhora de Fátima, pela devoção da família portuguesa. As missas eram dominicais e todos iam a essa chácara. Mas, em 1.997 foi vendida e locaram um salão, que com a vinda do Frei Nilso estendeu-se a locação até 2012 e em 1.998 foi comprado o terreno. Houve um incentivo, a doação do projeto arquitetônico pela moradora da região, a Arquiteta Sonia M.A. Banhos, o mesmo foi encaminhado a Prefeitura, onde em 2012 teve início a construção da Igreja, tendo João Alves como empreiteiro da construção. A comunidade promoveu festas para conseguir fundos para os materiais de construção da Capela. Houveram vários doadores e colaboradores, atualmente, a Capela encontra-se erguida.
8)COMUNIDADE SANTO ANTONIO – Jardim B. Vista, Av. Francisco Finco, n. 479
Em maio de 2000, o Gildo, a Bethe e a Josenice montaram um grupo, onde rezavam o terço. O grupo cresceu e havia a participação de muitas crianças, sentiram a necessidade de catequizá-las e havia a sede da Vila Natanael, pois o Jardim Tupã era distante para a locomoção. Iniciou-se em 10/01/2002, as missas e celebrações nas residencias dos fiéis cedidas nessa intenção, nesta data ocorreu na casa da família Pascoto. Nesse mesmo mês, foi celebrado uma missa na Rua A.Tepentino Guerra, na casa da Silvana, onde o Frei Angélico junto com a comunidade escolheu o nome do padroeiro “Santo Antonio” e Gildo e Bethe, como coordenadores da comunidade. De 2003 a 2004, houve a possibilidade de ocupar o espaço de um Salão, cedido pela sra. Mercedes para as celebrações. Em 2004, mudam-se para o Salão ao lado pertencente a Christina. Em 2010, surgiu a oportunidade da compra deste Salão, onde permanecem atualmente. A comunidade mantém-se em grande parte, do brechó promovido todas as terças-feiras, das 10 ás 16 hs, também por festas e quermesses.
Que novos profetas tenham a coragem de denunciar o que não é correto e mudar os rumos para o novo caminho da nossa história.
São João Batista, “60 anos aplainando e preparando os caminhos do senhor”.
* Artigo por Pe. Rogério Duarte Irmão, pároco