Diocese de Santo André

São José Operário é celebrado na matriz de São Bernardo do Campo

No dia 1º de maio, quando celebramos a Festa de São José Operário, a Pastoral Operária da Diocese de Santo André realizou uma Santa Missa na Paróquia de Nossa Senhora de Boa Viagem – Basílica Menor, matriz de São Bernardo do Campo.

Antes da missa, na praça em frente à igreja matriz, houve um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pelos trabalhadores, destacando-se questões como fome, racismo, desemprego e violência escolar. Mantendo a tradição, a economia solidária foi representada por barracas que vendiam produtos para beneficiar as famílias locais.

A missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, e concelebrada pelo pároco da matriz, Padre Alejandro Cifuentes, CS, Padre Luiz Tofanelli, assessor diocesano da Pastoral Operária, e pelo Pe. Ryan Matthew Holke, Vigário Episcopal para Caridade Social, com a participação de outros membros do clero diocesano.

Em 1º de maio de 1955, a celebração secular foi cristianizada por Papa Pio XII, elevando a honra dos frutos do labor humano por intermédio de São José Operário.Esta data vem reforçar solenemente a honra do trabalho, influenciando as leis sociais para uma distribuição justa de direitos e obrigações. São José é apresentado à humanidade como a representação das perfeições divinas do Pai, servindo de modelo ao Filho de Deus.

Na homilia Dom Pedro refletiu sobre a essência da Celebração Eucarística e o papel de Jesus: 

“Estamos reunidos em torno de Jesus, o filho do carpinteiro, como diz o Evangelho. Se não for esta lembrança e comemoração de Jesus, nossa reunião não tem sentido, porque estamos numa Celebração Eucarística onde, num primeiro momento, a Palavra de Cristo nos é dirigida. E depois esta palavra que se faz pão na Eucaristia, que nos alimenta”. 

Explorando a dimensão do trabalho na vida de Jesus e sua relevância para a fé cristã, o bispo afirmou: 

“A Palavra de Deus hoje, fundamentalmente nos mostra que Jesus foi um trabalhador, o filho do carpinteiro. Quer dizer que Jesus também foi carpinteiro, porque na sociedade da época de Jesus, o pai ensinava ao filho a sua profissão. Portanto, é sem dúvida que Jesus trabalhou. E isto não foi por acaso. É o desígnio de Deus que, ao ter o seu Filho encarnado, Filho de Deus, se fez homem no meio dos pobres e se tornou trabalhador”. 

Ele disse como essa perspectiva de Jesus como trabalhador reforça a dignidade do trabalho e seu papel na colaboração divina para a manutenção do mundo.

Ao abordar os desafios sociais contemporâneos, Dom Pedro criticou a injustiça social e a má distribuição de renda, destacando o papel da conversão e da vivência dos ensinamentos cristãos como caminho para a transformação social:

“E nós nos perguntamos na nossa realidade social, onde 8 milhões ou mais de pessoas no Brasil estão desempregadas? Já foi pior. Mas é muita gente desempregada. E nós nos perguntamos por que uma situação onde tem não só o desemprego, mas o trabalho escravo, que é uma vergonha nacional, também o trabalho indigno de pessoas que devem às vezes fazer coisas indignas para poder se manter vivas. Hoje não podemos negar, existe uma insatisfação muito grande no meio do nosso povo, porque nós percebemos o cansaço que esta situação de injustiça social tão grande no Brasil proporciona a todos. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo, mas mais injusto do mundo na sua distribuição de renda”.

Ao concluir sua homilia, o bispo diocesano com uma mensagem de esperança e renovação espiritual, ressaltou a capacidade transformadora da fé, dizendo que é necessário rezar porque Deus tem poder para mudar os corações e, assim, mudar as pessoas e a sociedade a partir do coração. Ele citou que se a mudança da sociedade não for feita com Deus, a partir de uma conversão ao amor, a sociedade se destroi porque só Deus é vida, que enviou seu Filho que se tornou trabalhador, e encorajou a todos a continuarem cheios de fé, esperança e amor, promovendo uma sociedade mais justa e fraterna.

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